A Polônia, sob a liderança do primeiro-ministro Donald Tusk, intensificou o tom contra a Alemanha em um embate crescente sobre a gestão de imigrantes ilegais na Europa. Em 20 de maio de 2025, Tusk declarou em entrevista à TVP Info que está preparado para fechar a fronteira com a Alemanha caso Berlim continue a devolver migrantes para o território polonês, uma prática que ele considera inaceitável. “Eu disse aos alemães: se vocês tentarem nos enviar migrantes, estarei pronto para fechar a fronteira, utilizando, se necessário, o Artigo 72 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que permite suspender temporariamente obrigações em nome da segurança nacional,” afirmou Tusk. A declaração reflete a crescente frustração da Polônia com o que o governo descreve como uma tentativa de Berlim de transferir a responsabilidade pela crise migratória, enquanto a Polônia já enfrenta desafios significativos em sua fronteira leste com Belarus. A notícia, confirmada por fontes confiáveis como Reuters e Notes from Poland, reacende o debate sobre a soberania nacional e a solidariedade na gestão de fronteiras na União Europeia. A tensão entre Varsóvia e Berlim tem raízes em uma crise migratória que começou em 2021, quando Belarus, com o suposto apoio da Rússia, passou a incentivar migrantes, principalmente do Oriente Médio, Ásia e África, a cruzar ilegalmente a fronteira polonesa. Desde então, a Polônia registrou dezenas de milhares de tentativas de travessia, com mais de 26.000 apenas em 2024, segundo a Politico. Em resposta, o governo polonês implementou medidas drásticas, incluindo a construção de uma cerca de aço de 186 km ao longo da fronteira com Belarus e a suspensão temporária do direito de asilo em áreas específicas, uma política aprovada pelo parlamento polonês em março de 2025. Tusk argumenta que essas medidas são necessárias para proteger a segurança nacional, especialmente considerando que a Polônia já abriga quase um milhão de refugiados ucranianos, o segundo maior número na Europa, atrás apenas da Alemanha. A relação com a Alemanha foi agravada pela decisão de Berlim, em setembro de 2023, de intensificar os controles em suas fronteiras terrestres, incluindo com a Polônia, para conter a imigração irregular. Essas medidas resultaram na devolução de milhares de migrantes à Polônia, muitos dos quais haviam solicitado asilo em outros países da UE, mas foram encontrados em território alemão. Sob o Regulamento de Dublin, a responsabilidade pelo processamento de pedidos de asilo recai sobre o primeiro país da UE onde o migrante é registrado. Tusk, no entanto, anunciou em março de 2025 que a Polônia não cumprirá mais essas regras, alegando que o país já suporta uma carga desproporcional devido à crise na fronteira com Belarus. “A Polônia não será um depósito de migrantes para a Alemanha,” declarou, destacando que o país não aceitará a devolução de requerentes de asilo sob o sistema de Dublin. A ameaça de fechar a fronteira com a Alemanha é vista como uma resposta direta às políticas alemãs, que Tusk critica como uma tentativa de transferir o ônus da imigração para países vizinhos. Em um pronunciamento em Bruxelas, em março de 2025, ele rejeitou a ideia de fechar a fronteira oeste como “brutal e desnecessária,” mas mudou de tom em maio, sinalizando uma postura mais rígida. A decisão de Berlim de abrir um “centro de deportação” na fronteira com a Polônia, anunciado em fevereiro de 2025, intensificou as tensões, com Varsóvia interpretando a medida como uma pressão para que a Polônia receba migrantes rejeitados pela Alemanha. Tusk também criticou o Pacto de Migração e Asilo da UE, que entra em vigor em 2026, prometendo não aceitar cotas obrigatórias de migrantes ou contribuições financeiras em troca, uma posição que ecoa o sentimento de muitos poloneses que valorizam a soberania nacional e a segurança interna.
Robert F. Kennedy Jr. Anuncia Retirada da Vacina contra Covid-19 do Calendário de Imunização Infantil e de Gestantes
O Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., anunciou em 27 de maio de 2025 uma mudança significativa na política de saúde pública do país: a vacina contra Covid-19 foi removida do calendário de imunização recomendado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para crianças e gestantes consideradas saudáveis. A decisão, divulgada por Kennedy em um vídeo nas redes sociais, gerou intensos debates entre especialistas em saúde pública, médicos e a sociedade civil. Acompanhado pelo Comissário da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), Dr. Marty Makary, e pelo Diretor do Instituto Nacional de Saúde (NIH), Dr. Jay Bhattacharya, Kennedy afirmou que a medida é “um passo para tornar a América saudável novamente,” alinhando-se ao lema da administração Trump, Make America Healthy Again (MAHA). A mudança, confirmada por fontes confiáveis como The New York Times e The Washington Post, reflete a visão de Kennedy de priorizar a autonomia na tomada de decisões médicas, mas também levantou preocupações sobre o impacto na saúde pública. Kennedy justificou a decisão argumentando que não há dados clínicos suficientes para sustentar a recomendação de doses de reforço contra Covid-19 para crianças saudáveis. “No último ano, a administração Biden incentivou crianças saudáveis a receberem mais uma dose de Covid, apesar da ausência de evidências clínicas que apoiem a estratégia de reforços repetitivos nesse grupo,” declarou ele no vídeo. A medida também se estende a gestantes saudáveis, com Kennedy e seus aliados, incluindo Makary, que afirmou não haver evidências de que crianças saudáveis necessitem da vacina, citando que muitos países já suspenderam recomendações semelhantes. Bhattacharya reforçou que a decisão é baseada em “bom senso e boa ciência.” No entanto, a ausência de representantes do CDC no anúncio e a falta de consulta ao Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) geraram críticas de especialistas, que apontam que o processo tradicional de revisão científica foi ignorado. O movimento reflete a postura de longa data de Kennedy, que, como fundador da organização Children’s Health Defense, tem questionado a segurança e a eficácia de vacinas, embora negue ser antivacina. Durante sua audiência de confirmação no Senado, ele prometeu não alterar o calendário de imunização para garantir o apoio do senador Bill Cassidy, mas, após assumir o cargo, anunciou uma revisão ampla do calendário vacinal infantil, levantando temores de que outras vacinas possam ser alvos futuros. A decisão ocorre em um contexto de crescente ceticismo em relação às vacinas entre setores da sociedade americana, conforme apontado por pesquisas da Gallup, e em meio a cortes de US$ 2 bilhões em programas de imunização, como relatado pela NBC News, o que pode fragilizar ainda mais o sistema de saúde pública.
Trump Intensifica Críticas a Putin Após Ataques à Ucrânia: Um Alerta Sobre a Escalada do Conflito
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom contra o presidente russo Vladimir Putin, em meio a uma onda de ataques aéreos russos contra cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev. Em uma postagem em sua plataforma Truth Social, no dia 27 de maio de 2025, Trump declarou: “O que Vladimir Putin não percebe é que, se não fosse por mim, muitas coisas realmente ruins já teriam acontecido com a Rússia, e eu quero dizer REALMENTE RUINS. Ele está brincando com fogo!” As palavras refletem uma crescente frustração do líder americano com a resistência de Moscou em avançar nas negociações de paz para o conflito na Ucrânia, que já dura mais de três anos. A declaração, amplamente noticiada por veículos como The Guardian e Reuters, sinaliza uma mudança no discurso de Trump, que historicamente destacou sua relação amigável com Putin, mas agora expressa indignação diante da violência contra civis. Os ataques russos, descritos como alguns dos mais intensos desde o início da guerra em 2022, incluíram um bombardeio massivo com 355 drones e nove mísseis de cruzeiro, segundo a Força Aérea Ucraniana, resultando em pelo menos 13 mortes e dezenas de feridos, incluindo crianças. A ofensiva ocorreu logo após uma conversa telefônica de mais de duas horas entre Trump e Putin, em 19 de maio de 2025, na qual o presidente americano acreditava ter obtido um compromisso para iniciar negociações de cessar-fogo. A continuidade dos ataques, no entanto, levou Trump a questionar as intenções de Putin, acusando-o de “ter enlouquecido completamente” e de matar civis “sem motivo algum”. A retórica acalorada, embora vaga sobre as “coisas ruins” mencionadas, sugere que Trump considera medidas mais duras, como sanções econômicas, embora ainda não tenha confirmado ações concretas. A postura de Trump contrasta com sua abordagem inicial, que enfatizava a diplomacia e sua relação pessoal com Putin como ferramentas para resolver o conflito. Durante a campanha eleitoral de 2024, ele prometeu encerrar a guerra em 24 horas, uma afirmação que mais tarde admitiu ser “um pouco sarcástica”. Apesar de seus esforços, incluindo a pressão por negociações em Istambul e a proposta de um cessar-fogo de 30 dias apoiado por Ucrânia e aliados europeus, a Rússia rejeitou condições como a retirada imediata de tropas e insistiu em demandas como a exclusão da Ucrânia da OTAN. A resposta do Kremlin às críticas de Trump veio por meio de Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, que alertou que a única “coisa realmente ruim” seria uma Terceira Guerra Mundial, sugerindo que as ameaças de Trump poderiam escalar as tensões globais. Enquanto isso, a Ucrânia enfrenta reveses no campo de batalha, com forças russas capturando quatro vilarejos na região de Sumy, no nordeste do país, segundo o governador local Oleh Hryhorov. A pressão militar russa, combinada com a incerteza sobre o apoio contínuo dos EUA – cujo pacote de assistência militar aprovado na gestão Biden está próximo de se esgotar – coloca Kiev em uma posição vulnerável. Trump, por sua vez, mantém todas as opções em aberto, mas enfrenta críticas de analistas e ex-diplomatas, como William Taylor, que argumentam que sua hesitação em impor sanções ou aumentar o apoio militar à Ucrânia pode beneficiar Moscou. A situação expõe o delicado equilíbrio entre a busca por paz e a necessidade de uma postura firme contra a agressão russa, um desafio que testa os valores de soberania e estabilidade que muitos defendem como fundamentais.
Trump Anuncia Medidas para Contrapor Influência Chinesa na América Latina com Foco na Rota da Seda
O governo do presidente Donald Trump intensificou esforços para conter a expansão da Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road Initiative – BRI) da China na América Latina, uma região estratégica onde Pequim tem ampliado sua influência por meio de investimentos em infraestrutura. Em ações anunciadas em maio de 2025, a administração Trump ameaçou impor sanções e pressões econômicas, incluindo bloqueios a financiamentos internacionais, contra países que avançarem em projetos ligados à BRI, como a adesão da Colômbia ao programa, confirmada no mesmo mês. A estratégia, relatada por fontes como Reuters e France24, reflete a prioridade do governo em reafirmar a influência dos EUA no Hemisfério Ocidental, combatendo o que considera uma ameaça à segurança econômica e geopolítica da região, enquanto promove valores de soberania e transparência no comércio. A BRI, lançada em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping, envolve 22 dos 33 países da América Latina e Caribe, que assinaram memorandos de entendimento para projetos de infraestrutura, como portos, ferrovias e energia, segundo a France24. A Colômbia, que se juntou à iniciativa em 14 de maio de 2025 durante o Fórum China-CELAC em Pequim, foi alvo de críticas diretas do governo Trump. O enviado especial para a América Latina alertou que a aproximação com a China poderia levar à suspensão de importações cruciais, enquanto Trump pressionou instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para bloquear financiamentos a projetos chineses, conforme postagens em redes sociais repercutidas pela CNN. O presidente colombiano, Gustavo Petro, defendeu a adesão, argumentando que ela visa reduzir o déficit comercial de US$ 14 bilhões com a China, mas a decisão gerou tensões com Washington, que vê a BRI como uma ferramenta de Pequim para expandir influência política e econômica. Outro ponto de atrito é o Canal do Panamá, onde a presença de empresas chinesas, como a CK Hutchison, que opera portos em ambos os lados do canal, foi criticada por Trump como uma ameaça à segurança dos EUA. Em fevereiro de 2025, o secretário de Estado Marco Rubio negociou com o presidente panamenho José Raúl Mulino, que anunciou a não renovação do memorando com a BRI, segundo a PBS. Mulino destacou a soberania do Panamá sobre o canal, mas prometeu auditorias para reduzir a influência chinesa, atendendo parcialmente às demandas americanas. A pressão dos EUA também se estende a outros países, como o Peru, onde o porto de Chancay, financiado pela estatal chinesa Cosco Shipping e inaugurado em novembro de 2024, é visto como uma porta de entrada para o mercado americano, potencialmente contornando tarifas impostas por Trump, conforme a The Conversation. A administração Trump tem promovido alternativas à BRI, como o programa América Crece, lançado em 2019, que incentiva investimentos do setor privado em infraestrutura na América Latina, segundo a NBC News. Embora menos robusto que a BRI, que investiu US$ 94 bilhões em 138 projetos na região entre 2005 e 2020, conforme a CSIS, o programa busca atrair empresas americanas com garantias de transparência e sustentabilidade. Em janeiro de 2025, o deputado Mark Green (R-TN) propôs a Western Hemisphere Nearshoring Act, que usa recursos de tarifas sobre bens chineses para financiar empréstimos de baixo juros a empresas que realoquem operações da China para a América Latina, conforme a Fox News. A medida visa reduzir a dependência econômica da região em relação à China, que se tornou o maior parceiro comercial de países como Brasil, Peru e Chile, com um comércio de US$ 500 bilhões em 2023, segundo a The Conversation.
Trump Anuncia Proposta Indiana de Zerar Tarifas sobre Produtos Americanos, mas Índia Nega Acordo Final
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em 15 de maio de 2025, durante um fórum de negócios em Doha, no Qatar, que a Índia ofereceu um acordo comercial que eliminaria “literalmente todas as tarifas” sobre bens americanos. A declaração, feita em meio a negociações para reduzir o déficit comercial de US$ 45,7 bilhões dos EUA com a Índia, gerou otimismo nos mercados, com os índices de ações indianos subindo 1,5% para o maior nível em sete meses, segundo a Reuters. No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Índia, S. Jaishankar, rapidamente refutou a afirmação, destacando que as negociações estão “em andamento” e que “nada está decidido até que tudo esteja”, conforme noticiado pela BBC e CNN. A controvérsia reflete a complexidade das relações comerciais bilaterais e a prioridade de ambos os países em proteger interesses econômicos, enquanto reforça a importância de acordos que promovam equilíbrio e segurança no comércio global. As negociações entre os dois países, que movimentaram US$ 129 bilhões em comércio bilateral em 2024, intensificaram-se após Trump anunciar, em abril de 2025, uma pausa de 90 dias em tarifas recíprocas, incluindo uma taxa de 26% sobre produtos indianos, conforme a Reuters. A Índia, conhecida por altas barreiras tarifárias — como 70% sobre veículos e até 150% sobre álcool, segundo a NPR —, teria oferecido zerar tarifas em 60% das importações americanas na primeira fase do acordo, com acesso preferencial para 90% dos bens dos EUA, de acordo com fontes do governo indiano citadas pela Reuters. Setores como joias, têxteis, bananas e uvas poderiam se beneficiar de melhores termos comerciais, enquanto a Índia busca isenções para suas exportações de produtos farmacêuticos e autopeças, que enfrentam a tarifa de 26%, conforme a The Hindu. A proposta indiana, descrita como uma abordagem “zero-por-zero” em setores específicos, exclui áreas sensíveis como agricultura, onde os agricultores temem a concorrência de importações americanas baratas, segundo a Al Jazeera. Trump, que já classificou a Índia como “rei das tarifas”, também criticou a decisão da Apple de expandir a produção de iPhones no país, afirmando que preferiria a manufatura nos EUA. “Eu disse a Tim Cook: ‘Não queremos você construindo na Índia. Queremos produção aqui’”, declarou Trump, conforme a The New York Times. A Índia, por sua vez, tem promovido sua indústria de smartphones, com fornecedores como Foxconn e Tata exportando US$ 2 bilhões em iPhones para os EUA em março de 2025, segundo a ABC News. Apesar do entusiasmo de Trump, a resposta cautelosa de Jaishankar sublinha que o acordo depende de reciprocidade e benefícios mútuos. O ministro do Comércio indiano, Piyush Goyal, liderou uma delegação a Washington em maio para avançar nas negociações, que abrangem 19 capítulos, incluindo tarifas e barreiras não tarifárias, conforme a The Times of India. A Índia já reduziu tarifas sobre produtos como uísque e motocicletas americanas, mas setores como agricultura permanecem protegidos devido a pressões políticas internas. A oposição indiana, incluindo o Congresso, questionou o silêncio do primeiro-ministro Narendra Modi, exigindo clareza sobre as concessões, segundo a India Today. A possibilidade de um acordo comercial é vista como estratégica para ambos os lados, mas enfrenta obstáculos. A Índia busca reduzir o diferencial tarifário com os EUA, atualmente em 13%, para menos de 4%, segundo a Reuters, enquanto Trump pressiona por acesso ao mercado indiano, descrito como “muito difícil de penetrar”. A incerteza sobre as tarifas, que expiram em 9 de julho, mantém os mercados em alerta, com temores de impactos econômicos globais, conforme a The Guardian. A postura de Trump reflete sua agenda de reduzir déficits comerciais e fortalecer a manufatura americana, mas a relutância indiana em confirmar o acordo destaca a necessidade de negociações que respeitem a soberania econômica de ambos os países.
Rússia Usou Brasil como Base para Espiões de Elite, Revela Investigação do The New York Times
Uma investigação publicada pelo The New York Times em 21 de maio de 2025 expôs um esquema audacioso da Rússia, que transformou o Brasil em uma “linha de montagem” para espiões de elite, conhecidos como “ilegais”. Esses agentes, operando sob identidades brasileiras falsas, obtinham documentos autênticos, construíam redes sociais e carreiras para, em seguida, infiltrar-se em países como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio. A operação, desmantelada por agentes federais brasileiros com apoio da CIA, revelou a exploração de vulnerabilidades no sistema de registro civil do Brasil, levantando preocupações sobre segurança nacional e a necessidade de fortalecer a proteção contra ameaças externas. A descoberta, confirmada por fontes como Reuters e Estadão, reforça a importância de salvaguardar a soberania e a ordem em um mundo de crescentes tensões geopolíticas. O relatório do The New York Times, baseado em centenas de documentos e entrevistas, identificou pelo menos nove espiões russos que, por anos, viveram no Brasil sob identidades forjadas. A operação, conduzida pela inteligência militar russa (GRU) e pelo Serviço de Inteligência Estrangeira (SVR), aproveitava uma brecha no sistema brasileiro, que permite registrar certidões de nascimento com apenas duas testemunhas, especialmente em áreas rurais. Isso possibilitava a criação de documentos legítimos, como passaportes e carteiras de identidade, usados para viagens sem visto a diversos países. Um caso emblemático é o de Sergei Cherkasov, que, sob o nome Victor Muller Ferreira, obteve um estágio no Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, mas foi barrado pelas autoridades holandesas em 2022, após alerta da CIA, e preso em São Paulo por falsificação documental, segundo a NPR. Cherkasov, o único condenado até agora, cumpre pena de cinco anos, reduzida de uma sentença inicial de 15 anos. Outro caso destacado é o de Artem Shmyrev, que, como Gerhard Daniel Campos-Vittich, gerenciava um negócio de impressão 3D no Rio de Janeiro. Mensagens recuperadas de seu celular, conforme revelado pelo The New York Times, mostram frustrações com a vida de agente secreto e contatos com sua esposa, Irina, também espiã, que operava na Grécia. Outros agentes, como Vladimir Danilov e Ekaterina Danilova, que se passavam por um casal português, escaparam para Portugal antes de serem identificados, segundo a Euronews. A investigação brasileira, chamada Operação Leste, começou após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e contou com colaboração de agências dos EUA, Israel, Holanda e Uruguai. A Polícia Federal emitiu alertas à Interpol, mas apenas dois agentes foram presos, enquanto outros, como Mikhail Mikushin, retornaram à Rússia em trocas de prisioneiros em 2024, conforme a Newsweek. A operação russa no Brasil, que pode ter raízes na era soviética, explora a diversidade multicultural do país, que facilita a integração de estrangeiros, e a fragilidade de seu sistema de identificação. Um relatório forense, citado pelo The New York Times, sugere que certidões de nascimento registradas nos anos 1980 e 1990 por agentes da KGB podem ter sido plantadas para uso futuro, indicando um planejamento de longo prazo. Essa revelação, conforme noticiado pelo Correio da Manhã, expõe falhas na segurança brasileira, que também favorecem crimes como narcotráfico e terrorismo. A decisão do Brasil de não extraditar Cherkasov para os EUA, conforme relatado pelo The New York Times em 2023, reflete a neutralidade histórica do país, mas a exposição do esquema marca uma mudança, com autoridades afirmando que o Brasil não tolerará espionagem estrangeira. A descoberta da “fábrica de espiões” gerou reações no Brasil. O Estadão destacou que a operação evidencia o custo da proximidade do governo Lula com Moscou, enquanto o comentarista Octavio Guedes, em entrevista à GloboNews, criticou a falta de investimento no serviço de inteligência brasileiro. A investigação, conduzida pelos mesmos agentes que apuraram denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, revelou a extensão da rede, mas autoridades alertam que ela pode ser apenas a ponta de esquemas maiores. A exposição desses agentes, que construíam identidades por meio de negócios, casamentos e amizades, sublinha a complexidade do combate à espionagem e a urgência de reforçar sistemas de identificação e vigilância para proteger a segurança e a estabilidade nacional.
Trump Revoga Certificação de Harvard para Estudantes Estrangeiros, Impactando 6.800 Alunos e Acirrando Conflito com a Universidade
A administração do presidente Donald Trump intensificou seu confronto com a Universidade de Harvard ao revogar, em 22 de maio de 2025, a certificação da instituição para o Student and Exchange Visitor Program (SEVP), essencial para a matrícula de estudantes internacionais. A decisão, anunciada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) e liderada pela secretária Kristi Noem, afeta cerca de 6.800 alunos de mais de 100 países, que agora devem transferir-se para outras universidades ou enfrentar a perda de seu status legal nos Estados Unidos. O DHS acusa Harvard de abrigar “agitadores pró-terrorismo”, permitir antissemitismo no campus e manter laços com o Partido Comunista Chinês (PCC). A revogação do SEVP foi justificada por Noem com base na suposta recusa de Harvard em fornecer registros sobre a conduta de estudantes estrangeiros, solicitados em 16 de abril de 2025. O DHS alega que a universidade criou um “ambiente inseguro” ao tolerar protestos “antiamericanos e pró-terroristas” que teriam resultado em assédio e agressões a estudantes judeus. Além disso, o departamento acusou Harvard de colaborar com o PCC, citando a formação de membros do Xinjiang Production and Construction Corps, um grupo paramilitar chinês sancionado pelos EUA por envolvimento no genocídio uigur, em atividades que teriam ocorrido até 2024. A secretária Noem afirmou em comunicado: “É um privilégio, não um direito, que universidades matriculem estudantes estrangeiros e se beneficiem de suas mensalidades para engordar seus fundos bilionários.” A medida também segue a suspensão de US$ 2,2 bilhões em verbas federais para Harvard em abril, após a instituição rejeitar exigências para eliminar programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). A decisão é parte de uma ofensiva mais ampla da administração Trump contra universidades de elite, vistas como focos de ideologias “radicais de esquerda”. Desde janeiro, o governo cortou bilhões em financiamentos, ameaçou revogar o status de isenção fiscal de Harvard e lançou investigações sobre antissemitismo em mais de 60 instituições, segundo a BBC. A força-tarefa contra antissemitismo, criada por Trump, aponta falhas de Harvard em proteger estudantes judeus durante protestos pró-Palestina, que o governo associa a simpatias pelo Hamas. O conflito com Harvard reflete uma agenda de segurança nacional que prioriza a soberania e a proteção contra influências externas.
Trump Celebra Aprovação da “One Big Beautiful Bill” com Cortes de Impostos e Medidas de Segurança, Enquanto Preços ao Consumidor Caem nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou a aprovação da “One Big Beautiful Bill Act” pela Câmara dos Representantes em 22 de maio de 2025, por uma margem apertada de 215 a 214 votos. A legislação, que agora segue para o Senado, combina cortes significativos de impostos, reforço na segurança de fronteira e medidas controversas, como o desfinanciamento de clínicas de aborto e a proibição de fundos do Medicaid para cirurgias de transição de gênero. Aprovada como parte da agenda “America First”, a lei também destina bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México, atendendo a promessas de campanha de Trump. Paralelamente, o Departamento do Trabalho dos EUA reportou em maio de 2025 a primeira queda nos preços ao consumidor desde maio de 2020, impulsionada pela redução nos custos de gasolina e energia, conforme noticiado pela Reuters e Bloomberg. Essas mudanças reforçam a narrativa do governo de priorizar a prosperidade econômica e a segurança nacional, enquanto geram debates sobre suas implicações sociais e fiscais. A “One Big Beautiful Bill”, com mais de 1.100 páginas, torna permanentes os cortes de impostos de 2017, aprovados no primeiro mandato de Trump, e introduz isenções temporárias até 2028, como a eliminação de impostos sobre gorjetas, horas extras e juros de financiamentos de carros fabricados nos EUA. A legislação destina US$ 46,5 bilhões para a construção do muro na fronteira, US$ 4,1 bilhões para contratar agentes da Patrulha de Fronteira e mais de US$ 2 bilhões em bônus de retenção, além de US$ 45 bilhões para operações de deportação e US$ 14 bilhões para instalações de detenção, segundo a CBS News. A lei também proíbe o uso de fundos do Medicaid para clínicas como a Planned Parenthood, que oferecem serviços de aborto, e bloqueia reembolsos para cirurgias de transição de gênero para menores e adultos, uma medida criticada por democratas como prejudicial a milhões de pacientes que dependem dessas clínicas para exames de câncer e contraceptivos. No âmbito econômico, a queda nos preços ao consumidor, com uma redução de 0,2% em abril de 2025, marca um alívio significativo após anos de inflação elevada. Dados do Departamento do Trabalho, citados pela CNBC, apontam que o recuo foi impulsionado por uma queda de 3,8% nos preços da gasolina e reduções em tarifas de energia, refletindo o aumento da produção doméstica de petróleo e gás, conforme promovido pela nova lei, que elimina incentivos fiscais para energia limpa e facilita a extração em terras públicas. A Forbes destacou que a desregulamentação energética, incluindo a revogação do imposto sobre metano da era Biden, contribuiu para a queda nos custos.
Direita Portuguesa Ganha Força: Chega de André Ventura Consolida-se como Segunda Maior Bancada em 2025
O partido Chega, fundado em 2019 por André Ventura, consolidou-se como a segunda maior força política de Portugal nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio de 2025, alcançando 22,56% dos votos e 58 cadeiras no Parlamento, empatado com o Partido Socialista (PS). Apesar de não vencer o pleito, que foi liderado pela coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD) com 32,72% dos votos e 89 assentos, o crescimento do Chega marca o avanço da ultradireita no país. Ventura, conhecido por discursos nacionalistas e críticas à imigração e à corrupção, celebrou o resultado como o fim do bipartidarismo português. As eleições de 2025, a terceira em três anos, foram convocadas após a rejeição de uma moção de confiança contra o primeiro-ministro Luís Montenegro (AD), suspeito de irregularidades envolvendo uma empresa de consultoria, segundo a Reuters. Embora a AD tenha mantido a liderança, o fortalecimento do Chega complica a formação do novo governo, já que Montenegro descartou alianças com Ventura, a quem classificou como “pouco confiável”. O Chega, que em 2019 obteve apenas 1,3% dos votos, cresceu exponencialmente, capitalizando o descontentamento com escândalos de corrupção, como o que derrubou o ex-premiê socialista António Costa em 2023, e com políticas migratórias de “portas abertas”. Ventura, formado em Direito e ex-comentarista esportivo, tem atraído eleitores jovens por meio de redes sociais, como Instagram e TikTok, e conta com o apoio de figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que gravou mensagens endossando sua campanha em 2024. A polêmica envolvendo Lula remonta a 7 de março de 2024, durante um comício em Olhão, no Algarve, às vésperas das eleições legislativas daquele ano. Ventura declarou que, caso se tornasse primeiro-ministro, impediria a entrada do presidente brasileiro nas comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 2024, afirmando: “Se insistir, vai para uma cadeia, mas ele já sabe o que é isso, não será uma grande novidade para ele.” A fala, que aludia aos 580 dias de prisão de Lula em Curitiba até 2019, foi aplaudida por apoiadores. A ameaça de Ventura reflete sua postura antissistema e anticorrupção, que também incluiu críticas ao primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, cuja entrada em Portugal ele prometeu limitar. Em 2023, durante uma visita de Lula a Lisboa para o 25 de abril, o Chega organizou protestos e tentou atrapalhar o discurso do presidente no Parlamento português. O crescimento do Chega, defende penas mais duras, como castração química para criminosos, e o fim de políticas migratórias liberais.










