Em 10 de junho de 2025, a cidade de Graz, no sudeste da Áustria, foi abalada por uma tragédia que marcou a história do país. Um ataque a tiros na escola secundária BORG Dreierschützengasse, localizada no bairro de Lend, resultou na morte de 10 pessoas, incluindo nove adolescentes e uma professora, além do próprio atirador, um jovem de 21 anos, identificado como Arthur A., ex-aluno da instituição. O incidente, que também deixou 11 feridos, foi descrito como o pior tiroteio escolar da história recente da Áustria, gerando luto nacional e intensificando debates sobre a segurança nas escolas e o controle de armas. A rápida resposta policial, que controlou a situação em 17 minutos, foi amplamente elogiada, mas a ausência de um motivo claro para o ataque mantém a comunidade em busca de respostas. Por volta das 9h57 (horário local), o agressor entrou na escola carregando uma mochila com uma pistola Glock e uma espingarda de cano serrado, ambas legalmente adquiridas com uma licença de posse de armas obtida em abril de 2025. Após se equipar com óculos de tiro e um cinto de armas em um banheiro do terceiro andar, ele abriu fogo indiscriminadamente, atingindo alunos e professores em salas de aula e corredores. Entre as vítimas estavam nove estudantes, com idades entre 14 e 17 anos, incluindo uma cidadã polonesa e outra com dupla cidadania franco-austríaca, além de uma professora de 59 anos que faleceu horas depois no hospital. O atirador, que não concluiu seus estudos na escola após repetir o sexto ano e abandonar os estudos em 2022, cometeu suicídio em um banheiro após sete minutos de violência, deixando cerca de 40 disparos registrados. A polícia encontrou na residência do suspeito, em Kalsdorf, perto de Graz, uma carta de despedida, um vídeo de adeus e uma bomba caseira não funcional, além de planos detalhados para o ataque. Apesar dessas descobertas, as autoridades afirmam que o motivo do crime permanece incerto, descartando, por enquanto, conexões com extremismo ou alvos específicos. O jovem, descrito como um solitário sem histórico criminal, havia sido rejeitado pelo exército austríaco por problemas psicológicos, o que levanta questionamentos sobre como ele conseguiu a licença para possuir armas. A Áustria, com uma taxa de homicídios por armas de fogo de apenas 0,1 por 100 mil habitantes em 2021, segundo o Institute for Health Metrics and Evaluation, tem uma das populações civis mais armadas da Europa, com cerca de 30 armas por 100 pessoas, conforme o Small Arms Survey. O chanceler austríaco, Christian Stocker, declarou três dias de luto nacional, chamando o incidente de “tragédia nacional” que violou o senso de segurança das escolas, vistas como espaços de confiança e aprendizado. Em Graz, milhares se reuniram para uma vigília à luz de velas, e um minuto de silêncio foi observado em todo o país na quarta-feira, 11 de junho, às 10h. A prefeita de Graz, Elke Kahr, descreveu o evento como uma “terrível tragédia”, enquanto o ministro da Educação, Christoph Wiederkehr, anunciou que a escola permanecerá fechada por tempo indeterminado. A comunidade local, ainda em choque, mobilizou-se para apoiar as vítimas, com doações de sangue organizadas pela Cruz Vermelha e o clube de futebol Sturm Graz. O ataque expôs a vulnerabilidade de uma nação que se considerava um “espaço seguro”, como destacou a jornalista Fanny Gasser, do Kronen Zeitung. Embora tiroteios escolares sejam raros na Áustria, o incidente reacendeu discussões sobre a necessidade de medidas preventivas mais robustas, incluindo avaliações psicológicas mais rigorosas para a aquisição de armas e maior preparação das escolas para emergências. A dor das famílias, expressa em depoimentos comoventes, como o de uma tia que lamentou a perda da sobrinha Lea Ilir Bajrami, de 15 anos, reforça a urgência de proteger os jovens e preservar os valores de segurança e coesão social que definem a sociedade austríaca.
Israel Intercepta Embarcação de Ativistas com Greta Thunberg e Reforça Segurança Nacional
Na madrugada de 9 de junho de 2025, a Marinha de Israel interceptou o veleiro Madleen, operado pela Coalizão da Flotilha da Liberdade, em águas internacionais, a caminho da Faixa de Gaza. A bordo estavam 12 ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg, conhecida por seu ativismo climático, mas agora envolvida em uma missão que Israel considera uma provocação política. O navio, que partiu da Sicília em 1º de junho, levava suprimentos simbólicos e buscava desafiar o bloqueio naval imposto por Israel desde 2007, após o Hamas, grupo classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, assumir o controle de Gaza. A embarcação foi escoltada até o porto de Ashdod, onde os ativistas, incluindo o brasileiro Thiago Ávila, foram detidos e serão deportados após exames médicos. O ministro da Defesa, Israel Katz, determinou que, antes da deportação, eles assistam a um vídeo de 43 minutos com imagens do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que matou 1.218 civis, incluindo mulheres e crianças, para expor a brutalidade do grupo e justificar a firmeza de Israel em proteger suas fronteiras. O bloqueio naval, mantido por Israel com apoio do Egito, é uma medida de segurança para impedir que armas cheguem ao Hamas, que mantém 55 reféns desde o ataque de 2023, dos quais 31 estão mortos, segundo autoridades israelenses. O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou a flotilha, chamando-a de “iate de selfies” e acusando os ativistas de encenarem uma provocação midiática em apoio a uma organização terrorista. “Greta Thunberg e seus companheiros devem entender as atrocidades que o Hamas cometeu contra nosso povo”, declarou Katz, reforçando que o vídeo serve para mostrar a realidade de um grupo que sequestrou e assassinou civis indefesos. Imagens divulgadas por Israel mostram soldados oferecendo água e comida aos ativistas, contrastando com as acusações de “sequestro” feitas pela Coalizão, que alega violações do direito internacional. A ação de Thunberg, que nos últimos anos tem se alinhado a causas anti-Israel, é vista como um desvio de sua luta climática original, atraindo críticas por apoiar narrativas que, segundo Israel, legitimam o terrorismo. A interceptação do Madleen ocorre em um contexto de guerra prolongada, iniciada após o ataque do Hamas que desencadeou uma resposta militar israelense, resultando em mais de 54 mil mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Apesar da crise humanitária, Israel argumenta que o bloqueio é essencial para proteger sua população, enquanto canais oficiais, como o porto de Ashdod, são usados para entregar ajuda humanitária sob supervisão. A tentativa da flotilha de furar o bloqueio é considerada por Israel uma afronta à sua soberania e uma ameaça à segurança, especialmente após incidentes como o ataque ao Mavi Marmara em 2010, que terminou com 10 ativistas mortos.
Senador Miguel Uribe, Pré-Candidato à Presidência da Colômbia, É Alvo de Atentado a Tiros em Bogotá
No sábado, 7 de junho de 2025, a capital colombiana, Bogotá, foi cenário de um violento atentado contra o senador Miguel Uribe Turbay, pré-candidato à presidência pelo partido de direita Centro Democrático. Aos 39 anos, Uribe foi baleado durante um comício no bairro Fontibón, zona oeste da cidade, atingido por disparos na nuca e na coxa. O político foi levado às pressas para a Fundação Santa Fé, onde passou por cirurgias de emergência e permanece internado em estado crítico, com prognóstico reservado. Um adolescente de 15 anos, detido no local com uma pistola Glock 9 mm, é o principal suspeito de executar o ataque. O caso, que chocou o país, reacende o spectre da violência política na Colômbia e levanta questões sobre a segurança de lideranças públicas e a estabilidade democrática, valores essenciais para uma sociedade que busca ordem e progresso. Miguel Uribe, neto do ex-presidente Julio César Turbay (1978-1982) e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991 pelo Cartel de Medellín, é uma figura proeminente da direita colombiana. Formado em Direito pela Universidade de Los Andes e com mestrado em Administração Pública por Harvard, Uribe construiu uma carreira marcada por sua oposição ao presidente Gustavo Petro, criticando a deterioração da segurança e propostas de reformas trabalhistas. Eleito senador em 2022 com a maior votação do país, anunciou sua pré-candidatura à Presidência em outubro de 2024, consolidando-se como uma esperança para o Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (sem parentesco). Sua trajetória, marcada por uma tragédia familiar, reflete um compromisso com a luta contra a violência, o que torna o atentado ainda mais emblemático. O ataque ocorreu por volta das 17h, horário local, enquanto Uribe discursava em um parque. Vídeos divulgados mostram o momento em que disparos interrompem o evento, com o senador caindo ensanguentado e sendo socorrido por apoiadores. Segundo a Procuradoria-Geral, Uribe foi atingido por dois tiros, e outras duas pessoas ficaram feridas. O suspeito, um menor de 15 anos, foi baleado na perna por seguranças do senador e está internado sob custódia. Autoridades acreditam que o adolescente pode ter sido instrumentalizado por mandantes, com hipóteses apontando para grupos criminosos ou motivações políticas. O governo colombiano ofereceu uma recompensa de US$ 729 mil (cerca de R$ 4 milhões) por informações sobre os responsáveis intelectuais, e mais de 100 investigadores foram mobilizados para esclarecer o caso. A Colômbia tem um histórico sombrio de violência política, com assassinatos de candidatos presidenciais como Luis Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa e Carlos Pizarro Leongómez (1990). O atentado contra Uribe remete a esses episódios, especialmente o de Galán, alvejado em um comício de forma semelhante. O presidente Petro condenou o ataque, classificando-o como “um atentado contra a democracia” e prometendo investigações rigorosas, incluindo a análise do esquema de segurança do senador. “A Colômbia não pode voltar aos dias de violência política”, afirmou. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também repudiaram o ato, expressando solidariedade à família de Uribe. A esposa do senador, María Claudia Tarazona, pediu orações e descreveu o marido como “lutando por sua vida”. Apoiadores realizaram vigílias em Bogotá, enquanto o ex-presidente Álvaro Uribe chamou o ataque de “um golpe contra uma esperança da pátria”. O caso ocorre em um momento de tensão política, com Uribe criticando abertamente a tentativa de Petro de implementar uma reforma trabalhista por decreto, o que gerou acusações de autoritarismo. Embora não haja evidências públicas de ameaças específicas contra Uribe, sua posição como opositor ferrenho da esquerda e do narcotráfico o colocava em uma posição de destaque em um país onde a segurança permanece frágil. O atentado contra Miguel Uribe Turbay expõe as cicatrizes de um país que, apesar de avanços, ainda enfrenta desafios para garantir a segurança de seus líderes e cidadãos. A rápida detenção do suspeito é um alento, mas a busca pelos mandantes e a recuperação do senador serão determinantes para o futuro político da Colômbia, que se prepara para as eleições de 2026.
Tarcísio de Freitas Sanciona Novo Salário Mínimo Paulista de R$ 1.804, Reforçando Valorização do Trabalhador
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou, em 3 de junho de 2025, a lei que eleva o salário mínimo estadual para R$ 1.804,00, conforme publicado no Diário Oficial do Estado. A medida, que beneficia cerca de 76 categorias profissionais em todo o estado, representa um aumento de 10% em relação ao piso anterior, fixado em R$ 1.640,00 desde maio de 2024. Com esse reajuste, o salário mínimo paulista se consolida como o mais alto do Brasil, superando em 18,84% o mínimo nacional, atualmente em R$ 1.518,00. A iniciativa, que garante ganho real acima da inflação, reflete o compromisso com a valorização do trabalhador e o fortalecimento da economia local, promovendo maior poder de compra e dignidade para milhares de paulistas. A proposta, enviada à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 30 de abril de 2025, foi aprovada em duas sessões extraordinárias em 13 de maio, com amplo apoio dos deputados. O reajuste de 10% supera a inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida em 4,77% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), garantindo um aumento real de 5,23%. Desde 2022, último ano antes da gestão de Tarcísio, o piso estadual acumula uma alta de 40,5%, contra uma inflação de 15,10% no mesmo período, demonstrando uma política consistente de proteção ao poder aquisitivo dos trabalhadores. “Estamos falando de um ganho real da ordem de 27% desde a nossa chegada. É um recurso que chega em boa hora, no momento em que as pessoas estão pressionadas pelo preço dos alimentos. É uma injeção de recursos na nossa economia”, declarou o governador ao encaminhar o projeto à Alesp. O salário mínimo paulista, criado em 2007, beneficia categorias que não possuem pisos salariais definidos por lei federal ou convenções coletivas, como trabalhadores domésticos, serventes, motoboys, cuidadores de idosos e pessoas com deficiência, operadores de telemarketing, entre outros. A lei nº 18.153/2025, sancionada por Tarcísio, também unifica o piso para essas 76 categorias, simplificando a aplicação do reajuste nos 645 municípios do estado. O impacto econômico da medida é significativo: segundo estimativas do governo, o aumento injetará recursos na economia local, estimulando o consumo e apoiando setores como comércio e serviços, especialmente em um contexto de alta nos preços de alimentos e bens essenciais. A decisão de Tarcísio reforça uma visão de gestão que prioriza o equilíbrio entre responsabilidade fiscal e justiça social. A política de reajustes acima da inflação, mantida pelo terceiro ano consecutivo, é vista como um passo para fortalecer a economia do estado mais rico do Brasil, ao mesmo tempo em que promove a dignidade dos trabalhadores e a estabilidade social.
Crise na Holanda: Geert Wilders Derruba Governo por Defesa de Políticas Migratórias Mais Rígidas
A Holanda mergulhou em uma crise política de proporções significativas após o colapso do governo de coalizão liderado pelo primeiro-ministro Dick Schoof, anunciado em 3 de junho de 2025. A ruptura foi desencadeada pela decisão de Geert Wilders, líder do Partido pela Liberdade (PVV), de retirar sua legenda da aliança de quatro partidos, motivado por discordâncias irreconciliáveis sobre a política migratória do país. Wilders, cuja plataforma prioriza a identidade nacional e a redução drástica da imigração, exigiu a implementação imediata de um plano de 10 pontos que incluía o fechamento das fronteiras a requerentes de asilo, a deportação de refugiados sírios e o reforço dos controles fronteiriços. A recusa de seus aliados em endossar integralmente essas medidas levou ao fim do governo, que durou apenas 11 meses, e abriu caminho para eleições antecipadas, previstas para o final de 2025. A decisão de Wilders, embora controversa, reflete uma postura firme em defesa da soberania holandesa e da preservação cultural, ressoando com aqueles que priorizam a segurança e a identidade nacional. O PVV, sob a liderança de Wilders, conquistou 37 dos 150 assentos nas eleições de novembro de 2023, tornando-se o maior partido no Parlamento holandês. Após meses de negociações, a coalizão foi formada em julho de 2024 com o Partido Popular pela Liberdade e Democracia (VVD), o Novo Contrato Social (NSC) e o Movimento Agricultor-Cidadão (BBB), sob a promessa de adotar a política migratória “mais rigorosa da história” do país. No entanto, Wilders, conhecido por suas posições contundentes contra a imigração e o islamismo, expressou crescente frustração com a lentidão na implementação de suas propostas. Seu plano de 10 pontos, apresentado no final de maio de 2025, incluía medidas como o fechamento de centros de acolhimento, o fim da reunificação familiar para refugiados e a deportação de cidadãos com dupla nacionalidade condenados por crimes. A resistência dos parceiros de coalizão, que preferiam discutir as propostas no Parlamento, foi interpretada por Wilders como uma traição ao compromisso original, levando-o a anunciar a saída do PVV em uma publicação nas redes sociais: “Sem assinatura para nossos planos de asilo, o PVV deixa a coalizão.” A decisão de Wilders foi motivada por uma visão clara de colocar a “Holanda em primeiro lugar”, como ele reiterou em diversas ocasiões. Em declarações públicas, o líder do PVV tem enfatizado o impacto da imigração em massa na identidade cultural do país, afirmando que “as ruas da Europa Ocidental parecem cidades árabes medievais, cheias de véus e burcas”, o que, segundo ele, faz os holandeses se sentirem “estrangeiros em seu próprio país”. Essa retórica, embora polêmica, ecoa o sentimento de setores da população que percebem a imigração como uma ameaça à coesão social e aos valores tradicionais holandeses. Dados do Statistics Netherlands mostram que, em 2023, cerca de 21% da população holandesa era composta por imigrantes ou seus descendentes, muitos provenientes do norte da África e do Oriente Médio, um aumento significativo nas últimas décadas. Esse contexto demográfico, aliado a incidentes de criminalidade e tensões culturais, reforça o apelo de Wilders entre eleitores que buscam uma abordagem mais assertiva para proteger a identidade nacional. A crise política atual não é um evento isolado. A questão migratória já havia derrubado o governo anterior, liderado por Mark Rutte, em julho de 2023, evidenciando a dificuldade de alcançar consenso em um país com um sistema político fragmentado. A saída do PVV, que detinha a maior bancada da coalizão, deixou o governo sem maioria, forçando Schoof a renunciar e entregar sua demissão ao rei Willem-Alexander. Os partidos remanescentes podem tentar formar uma coalizão minoritária, mas analistas consideram mais provável a convocação de novas eleições, possivelmente entre outubro e novembro de 2025. Pesquisas recentes indicam que o PVV mantém uma base sólida, com cerca de 20% das intenções de voto, embora enfrente competição crescente de partidos como a aliança Trabalhista/Verde e o VVD. A decisão de Wilders, classificada como “irresponsável” por aliados como Dilan Yesilgoz, líder do VVD, foi defendida por ele como uma necessidade de cumprir as promessas feitas aos eleitores, que exigem ações concretas para conter o “tsunami de imigração”. O colapso do governo ocorre em um momento delicado para a Holanda, que se prepara para sediar uma cúpula da OTAN em junho de 2025. A instabilidade política pode atrasar decisões sobre aumento de gastos com defesa e apoio à Ucrânia, além de enfraquecer a posição do país na União Europeia. No entanto, para Wilders, a prioridade é clara: restaurar o controle das fronteiras e proteger a identidade holandesa. Sua estratégia de abandonar a coalizão parece calculada para capitalizar o apoio popular em uma nova eleição, que ele espera transformar em um referendo sobre a imigração. “Propus um plano para fechar as fronteiras e expulsar requerentes de asilo. Meus parceiros não concordaram, então não me deixaram outra escolha”, declarou Wilders, reforçando sua determinação em liderar um governo que coloque os interesses dos holandeses acima de tudo.
Portugal Notifica 34 Mil Imigrantes para Deixarem o País, mas Ampliação de Regras para Reunião Familiar Gera Alarme entre Portugueses
Em uma decisão que tem gerado intensos debates, o governo português anunciou em 2 de junho de 2025 que 34 mil imigrantes, incluindo 5.386 brasileiros, receberam notificações para deixar o país voluntariamente em um prazo de 20 dias, sob risco de expulsão forçada. A medida, implementada pela Agência para Integração, Migração e Asilo (AIMA), visa abordar um backlog de 184 mil pedidos de residência, dos quais 18,5% foram rejeitados por não atenderem a critérios legais, como falta de documentação ou vínculos com o país. No entanto, a política migratória do governo também inclui a ampliação de regras que permitem a mais de 500 mil imigrantes regularizados trazerem suas famílias, uma decisão que está causando preocupação entre a população portuguesa, que teme impactos na economia, na habitação e nos serviços públicos. A situação reflete a dificuldade de equilibrar a abertura à imigração com a preservação da qualidade de vida e da identidade nacional, valores caros aos portugueses. A notificação de 34 mil imigrantes, sendo brasileiros a segunda maior nacionalidade afetada após indianos (13.466), foi justificada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, como parte de uma política de “imigração regulada”. Segundo ele, os imigrantes notificados violaram regras portuguesas e europeias, e a medida reforça o Estado de Direito. “Quem não cumpre a lei deve enfrentar as consequências”, afirmou Amaro, conforme reportado pelo Portugal Resident. Entre os brasileiros, que formam a maior comunidade estrangeira em Portugal, com cerca de 400 mil residentes legais, a notícia gerou apreensão. Muitos, como a cabeleireira Elaine Miranda, entrevistada pela Euronews, defendem uma imigração controlada que promova integração, mas temem que a rigidez das medidas prejudique aqueles que contribuem para a sociedade portuguesa. A decisão ocorre em um momento político delicado, às vésperas de eleições legislativas em 18 de maio de 2025, o que levou opositores a acusarem o governo de usar a imigração como ferramenta eleitoral para atrair votos do partido de extrema-direita Chega. Enquanto isso, a política de reunião familiar, que permite que imigrantes regularizados tragam cônjuges, filhos e pais, é vista como um agravante para os desafios enfrentados pelo país. Portugal, com uma população de 10,6 milhões, já abriga cerca de 1,6 milhão de estrangeiros, número que dobrou em cinco anos, segundo a AIMA. Em 2023, a pressão sobre serviços públicos, como saúde e educação, e o aumento de 30% nos preços de moradia em Lisboa nos últimos cinco anos, conforme noticiado pelo The Telegraph, intensificam o descontentamento. A Católica Lisbon School of Business & Economics revelou que a maioria dos portugueses agora apoia a redução da imigração, preocupada com o custo de vida e a sobrecarga de infraestrutura. “Queremos um país acolhedor, mas não podemos ignorar que escolas lotadas e hospitais sem médicos afetam a todos”, disse Ana Cristina Pinto, jornalista do The European Conservative, ecoando o sentimento de muitos cidadãos. A ampliação das regras de reunião familiar, embora humanitária, é vista como um risco para a coesão social. A política, alinhada com o Pacto de Migração da União Europeia, permite que os 553 mil homens e 490 mil mulheres estrangeiros residentes em Portugal, muitos de países lusófonos como Brasil, Angola e Cabo Verde, tragam familiares, potencialmente elevando o número de imigrantes para além de 2 milhões em poucos anos. Essa perspectiva alarma portugueses que temem a erosão de sua identidade cultural e a sobrecarga de um sistema já fragilizado por décadas de subinvestimento. Casos de violência, como o assassinato de Odair Moniz por policiais em Amadora em 2023, citado pela Havana Times, e protestos contra a imigração descontrolada organizados pelo Chega, reforçam a percepção de que a imigração, se mal gerida, pode intensificar tensões sociais. A população portuguesa, que historicamente acolheu imigrantes, agora exige políticas que priorizem a estabilidade e a capacidade do país de absorver novos residentes sem comprometer o bem-estar coletivo. A situação exige um equilíbrio delicado. A expulsão de imigrantes irregulares pode ser necessária para manter a ordem, mas a abertura irrestrita a reuniões familiares, sem planejamento adequado, ameaça agravar desigualdades e pressões sobre recursos limitados. Portugal deve buscar uma política migratória que respeite suas tradições de hospitalidade, mas também proteja os interesses de seus cidadãos, garantindo que a nação permaneça um lar seguro e próspero para todos.
Humorista Léo Lins condenado a oito anos de prisão por piadas
Na terça-feira, 3 de junho de 2025, o humorista brasileiro Léo Lins, de 42 anos, foi condenado a oito anos e três meses de prisão em regime fechado pela 3.ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Ele foi considerado culpado por proferir piadas consideradas discriminatórias durante o show de stand-up intitulado “Perturbador”, gravado em 2022 e posteriormente publicado no YouTube. A decisão também impõe multa correspondente a 1.170 salários mínimos de 2022 (aproximadamente R$ 1,4 milhão) e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. O show “Perturbador”, realizado em Curitiba, acumulou mais de 3 milhões de visualizações antes de ter sido removido por ordem judicial em 2023. A defesa de Léo Lins, liderada pelos advogados Carlos Eduardo Ramos e Lucas Gilberti, argumenta que a condenação representa uma restrição à liberdade de expressão no Brasil, já que o conteúdo trataria de humor ficcional e teatral, sem intenção de incitar ódio ou discriminação. Testemunhas, incluindo membros de grupos minoritários, teriam declarado que não se sentiram ofendidas, segundo a tese da defesa. A empresária do humorista, Jacqueline Muniz, considerou a sentença “grave e sem precedentes” para a liberdade artística. A decisão gerou reações divergentes: humoristas como Fábio Porchat, Antônio Tabet e Danilo Gentili expressaram apoio ao humorista, definindo a pena como desproporcional à natureza artística do ato. Juristas como André Marsiglia criticaram a decisão, argumentando que a comédia pode envolver linguagem provocativa e que punir comediantes por falas em contexto performático ameaça a pluralidade democrática. Também foi mencionada a Lei 14.532/23 como ambiente regulatório relevante para o debate. Historicamente, Léo Lins já havia sido alvo de outros processos: em 2022 foi condenado a pagar R$ 44 mil por ofensa à mãe de um jovem autista, e em 2024 enfrentou multa de R$ 100 mil por piadas sobre a comunidade surda. A condenação atual se destaca por sua gravidade e por equiparar penalidade aplicada a falas humorísticas àquelas normalmente reservadas a crimes de maior potencial ofensivo.
Trump Anuncia Proibição de Viagens de 12 Países Após Ataque em Boulder, Reforçando Segurança Nacional
Em resposta a um ataque violento ocorrido em 1º de junho de 2025, em Boulder, Colorado, o presidente Donald Trump assinou, na quarta-feira, 4 de junho, a Ordem Executiva 14161, impondo uma proibição total de entrada nos Estados Unidos para cidadãos de 12 países: Afeganistão, Birmânia (Mianmar), Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A medida, que entra em vigor na segunda-feira, 9 de junho, também inclui restrições parciais para cidadãos de sete outros países, como Burundi e Cuba. A decisão, justificada por preocupações com segurança nacional e terrorismo, foi motivada pelo recente ataque perpetrado por Mohamed Sabry Soliman, um imigrante egípcio em situação irregular, que feriu 12 pessoas durante uma manifestação pró-Israel. O episódio reacendeu debates sobre imigração, segurança nas fronteiras e a necessidade de políticas que priorizem a proteção dos cidadãos americanos. O ataque em Boulder ocorreu durante o evento “Run for Their Lives”, uma marcha pacífica no Pearl Street Mall em apoio aos reféns israelenses mantidos pelo Hamas. Soliman, de 45 anos, lançou coquetéis molotov e usou um lança-chamas improvisado, ferindo gravemente uma sobrevivente do Holocausto, de 88 anos, e outras 11 pessoas, com idades entre 52 e 88 anos. Segundo o FBI, o suspeito, que entrou nos EUA em 2022 com um visto de turista vencido, planejou o ataque por cerca de um ano, motivado por sentimentos antissionistas, gritando frases como “Palestina Livre” durante o ato. A gravidade do incidente, classificado como terrorismo, levou a Casa Branca a destacar a necessidade de medidas preventivas para evitar que “ameaças externas” comprometam a segurança do país. A nova ordem executiva de Trump cita falhas na cooperação de países como Irã, Líbia e Somália em compartilhar informações de segurança, além de altas taxas de overstays (permanência após o vencimento de vistos) em nações como Chade (49,5%) e Guiné Equatorial (22%). O documento também aponta a falta de autoridades centrais confiáveis para emissão de passaportes em países como Eritreia e Iêmen, além de preocupações com o terrorismo em regiões como Afeganistão, controlado pelo Talibã, e Líbia, marcada por presença histórica de grupos terroristas. A inclusão de Haiti, onde 66.563 cidadãos receberam status de proteção temporária nos últimos anos, reflete preocupações com fluxos migratórios descontrolados, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS). Defensores da medida, incluindo setores que valorizam a soberania nacional, veem a iniciativa como um passo necessário para proteger a população e evitar tragédias como a de Boulder. A isenção de vistos especiais para afegãos que colaboraram com os EUA durante a guerra e para minorias perseguidas no Irã demonstra um esforço para equilibrar segurança com obrigações humanitárias. O ataque de Boulder e a subsequente proibição de viagens reforçam a visão de Trump de que políticas de imigração rigorosas são essenciais para prevenir atos de violência e manter a ordem. A memória das vítimas, incluindo membros respeitados da comunidade judaica, continua a mobilizar esforços para fortalecer a segurança em eventos públicos e proteger os valores de liberdade e estabilidade que definem a nação americana.
Influenciador Conservador Victor Ruiz Remove Cartazes Políticos na USP e Gera Novo Debate sobre Neutralidade em Espaços Públicos
Na tarde de 1º de junho de 2025, Victor Ruiz, ex-candidato a vereador de Itapevi (SP) e guarda-civil municipal, voltou à Universidade de São Paulo (USP) para uma nova ação polêmica: a remoção de cartazes e faixas com mensagens políticas no campus da Cidade Universitária, em São Paulo. Acompanhado de apoiadores, Ruiz alegou que o objetivo era combater a presença de propaganda ideológica em um espaço público que, segundo ele, deveria permanecer neutro. O ato, que repetiu uma ação semelhante realizada em 14 de maio de 2025, gerou confrontos verbais com estudantes e reacendeu discussões sobre liberdade de expressão, neutralidade institucional e o papel das universidades públicas no Brasil. Ruiz, que se apresenta como membro do Instituto União Conservadora e colaborador do deputado federal Delegado Palumbo (MDB-SP), justificou a ação afirmando que os cartazes, localizados no vão da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), continham mensagens “antidemocráticas” promovidas por grupos de esquerda. Em vídeos divulgados, Ruiz é visto discutindo com estudantes, que o acusaram de censura e o chamaram de “fascista”. Ele, por sua vez, defendeu que espaços financiados por recursos públicos não devem ser usados para propaganda político-partidária, especialmente de cunho comunista, que ele considera divisiva e contrária aos interesses da sociedade. Ruiz e seus apoiadores sustentam que a presença de mensagens político-partidárias em espaços públicos, financiados por impostos, compromete a imparcialidade da instituição e favorece a doutrinação ideológica. O episódio levanta questões sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e a manutenção de espaços públicos neutros. A legislação brasileira, como o artigo 37 da Constituição Federal, proíbe o uso de bens públicos para promoção de ideologias específicas, o que embasa a argumentação de Ruiz.










