A Austrália está lidando com uma onda crescente de extremismo islâmico e antissemitismo, um tema explorado no vídeo “Is Australia Losing Control? Islamist Extremism Sparks National Crisis”, que aponta para uma crise nacional desencadeada desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. O material foca em eventos em Sydney e Melbourne, sugerindo que protestos pró-Palestina evoluíram de manifestações pacíficas para atos violentos, com implicações alarmantes para a comunidade judaica local. A narrativa questiona se o país ainda consegue reverter essa escalada ou se já perdeu o controle da situação.
Incidentes Relevantes
Entre os casos destacados, o vídeo menciona eventos específicos que ilustram a tensão crescente. Em fevereiro de 2025, duas enfermeiras de um hospital em Sydney, New South Wales, foram suspensas após gravarem um vídeo ameaçando matar pacientes israelenses e recusar atendimento a eles, o que viralizou nas redes sociais. O caso, reportado em 12 de fevereiro pelo The Guardian, levou o primeiro-ministro Anthony Albanese a classificá-lo como “enojante e vergonhoso”, desencadeando uma investigação policial. O vídeo apresenta isso como sinal de radicalização infiltrada em profissões essenciais.
Outro incidente marcante foi o incêndio na Sinagoga Adass Israel, em Ripponlea, Melbourne, ocorrido em 6 de dezembro de 2024. Dois homens mascarados usaram acelerante para atear fogo ao prédio às 4h20, enquanto famílias estavam presentes; um congregante sofreu ferimentos leves por inalação de fumaça, e os danos foram estimados em milhões de dólares, conforme relatado pela ABC News em 9 de dezembro de 2024. A polícia de Victoria e a Força-Tarefa Conjunta Antiterrorismo classificaram o ataque como terrorista, reforçando a gravidade do episódio, que o vídeo associa a uma onda de violência antissemita.
Um terceiro caso mencionado é a descoberta de um trailer com explosivos em um subúrbio de Sydney, provavelmente em fevereiro de 2025, embora a data exata e o local permaneçam não confirmados por fontes públicas até 14 de março de 2025. A intervenção policial evitou uma explosão, e o vídeo o cita como prova de ameaças terroristas iminentes, ainda que sem detalhes adicionais verificáveis disponíveis no momento.
Dados e Estatísticas
O vídeo afirma que mais de 2.000 incidentes antissemitas foram registrados na Austrália desde outubro de 2023 até o período atual. Dados verificáveis, como o relatório do The Times of Israel de 2024, confirmam 2.062 incidentes entre outubro de 2023 e setembro de 2024, um aumento de 316% em relação aos 518 incidentes do ano anterior. Esses números incluem vandalismo, assédio, ameaças e ataques físicos, como incêndios em casas, grafites em sinagogas e escolas judaicas, corroborando a percepção de uma escalada significativa.
Protestos e Contexto
Os rallies pró-Palestina em Sydney e Melbourne, iniciados após outubro de 2023, são apontados como catalisadores da crise. O vídeo destaca o uso de slogans como “Allahu Akbar” e apoio ao Hamas, classificado como organização terrorista pela Austrália desde 2003. Ele sugere que esses protestos, que começaram como pacíficos, tornaram-se plataformas de intimidação contra judeus, com incidentes em universidades e ruas. Relatórios da polícia de New South Wales (NSW) indicam um aumento de 300% em crimes de ódio antissemitas desde o ataque de 2023, apoiando a narrativa de radicalização.
Resposta do Governo
Em resposta, o governo australiano aprovou leis contra crimes de ódio em 2024, endurecendo penalidades por discurso de ódio e incitação à violência. Após o incêndio em Melbourne, Albanese condenou o antissemitismo como “inaceitável” em 6 de dezembro de 2024, enquanto Peter Dutton, líder da oposição, chamou a situação de “crise nacional” em discurso parlamentar. No entanto, o vídeo critica a demora na ação governamental, questionando a eficácia dessas medidas diante da magnitude do problema.
A questão central — “A Austrália pode controlar isso, ou já é tarde demais?” — permanece aberta. Os dados indicam uma crise real, mas a capacidade de resposta depende de ações coordenadas e da identificação precisa das fontes da violência, que podem ir além do extremismo islâmico para incluir fatores sociais e políticos mais amplos.