MS possui 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial para recuperação e aumento da produção

Gustavo De Oliveira

Mato Grosso do Sul possui 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas, que representam uma oportunidade significativa para recuperação econômica. Esses dados foram apresentados pelo comitê gestor do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), com a presença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

A importância do PNCPD

O PNCPD, criado pelo Governo Federal em dezembro do ano passado, tem como objetivo central promover a recuperação e conversão de pastagens degradadas em sistemas sustentáveis. O programa visa, além da preservação ambiental, fomentar práticas agropecuárias que capturam carbono, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a conservação dos solos e das águas.

Potencial de recuperação

Em Mato Grosso do Sul, dos 12 milhões de hectares de pastagens degradadas, 4,7 milhões possuem viabilidade econômica para recuperação. Segundo Jaime Verruck, secretário da Semadesc, essas áreas poderão ser convertidas em atividades produtivas como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais e silvicultura.

Desde 1999, o Estado já converteu 4 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas produtivas, e o plano estadual busca recuperar mais 1,167 milhão de hectares até 2030. Verruck enfatiza que o programa federal complementa as ações já em andamento no Estado, ao oferecer alternativas tecnológicas e financeiras para acelerar esse processo.

Estratégias para intensificação da produção

Os estudos indicam que dos 4,7 milhões de hectares, 600 mil poderiam ser convertidos para cultivo de soja; 3,7 milhões para intensificação da pecuária de corte; 1,3 milhão para pecuária leiteira; 1,6 milhão para silvicultura e 26 mil hectares para sistemas agroflorestais (SAF). Esses dados destacam o enorme potencial de crescimento econômico sustentável para Mato Grosso do Sul.

O potencial de conversão dessas áreas também pode beneficiar a agricultura familiar, com 217 mil hectares identificados como aptos para sistemas agroflorestais em assentamentos. Essa iniciativa reforça o Programa de Agricultura de Baixo Carbono, que já está em andamento no Estado.

Desafios e financiamento

Um dos principais desafios para a recuperação das pastagens degradadas é o acesso a financiamentos de longo prazo. Atualmente, o Brasil oferece apenas linhas de crédito para custeio, o que é insuficiente para projetos dessa magnitude. Segundo Verruck, é fundamental que o país busque recursos no mercado internacional com condições mais favoráveis, como juros baixos e prazos maiores, para viabilizar a recuperação em larga escala.

O secretário conclui que o estudo sobre as áreas degradadas é um passo crucial para estabelecer a direção da expansão agrícola e pecuária no Estado, sem a necessidade de novos desmatamentos.

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Foto: Gustavo Moreno/STF

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