O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou em 1º de julho de 2025 o encerramento oficial das operações da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), marcando uma significativa reorientação na política externa americana. Em um comunicado intitulado “Tornando a Ajuda Externa Grande Novamente”, Rubio declarou que os contribuintes americanos não financiarão mais governos estrangeiros de forma ineficiente, e que os programas de assistência serão agora administrados diretamente pelo Departamento de Estado, com foco primordial nos interesses nacionais dos EUA.
A decisão reflete a determinação de Rubio em alinhar os gastos públicos com a doutrina “America First”. O secretário criticou a USAID, agência criada em 1961, por ter gastado mais de US$ 715 bilhões em seis décadas com resultados aquém das expectativas. Ele acusou a agência de fomentar um “complexo industrial de ONGs” que, em muitos casos, beneficiou executivos de organizações não governamentais em detrimento dos objetivos de desenvolvimento e estabilidade global. Rubio citou o exemplo do Oriente Médio e Norte da África, onde US$ 89 bilhões foram investidos, mas a percepção favorável aos EUA permanece baixa. Ele também mencionou os US$ 9,3 bilhões gastos em Gaza e na Cisjordânia que, segundo ele, geraram críticas em vez de gratidão, incluindo beneficiários ligados ao Hamas.
A nova abordagem do Departamento de Estado priorizará investimentos estratégicos em nações que demonstrem capacidade e disposição para o autodesenvolvimento, com assistência limitada no tempo e focada em resultados concretos. Rubio destacou que líderes de países em desenvolvimento preferem parcerias comerciais e investimento à ajuda paternalista, citando frases como “seria mais útil aprender a pescar do que receber peixes do governo dos EUA”. Essa visão enfatiza o comércio e o investimento privado, incluindo empresas americanas, como os verdadeiros motores do crescimento global.
A extinção da USAID também responde a críticas de longa data sobre a falta de transparência da agência, algo que Rubio havia enfrentado durante seu mandato no Senado. A transferência das funções visa maior responsabilidade e alinhamento com a doutrina “America First”, eliminando programas considerados desalinhados, como iniciativas de diversidade e inclusão (DEI) ou operações que o secretário considera terem promovido “ideais antiamericanos”. A ajuda humanitária vital será mantida, mas sob supervisão mais rigorosa, garantindo que os beneficiários saibam que a assistência provém “do povo americano”.



