Em 9 de julho de 2025, um homem de 68 anos, identificado apenas como Domingo, foi agredido por três jovens nas proximidades de um cemitério em Torre Pacheco, na região de Múrcia, Espanha. O ataque foi filmado e compartilhado nas redes sociais, o que provocou forte repercussão e gerou manifestações em todo o país. A polícia investiga a possibilidade de que o episódio tenha ligação com desafios virtuais em que agressões são registradas para divulgação online. Nos dias seguintes, a cidade, que possui cerca de 42 mil habitantes, registrou confrontos entre moradores locais e grupos de imigrantes, em sua maioria de origem marroquina. De acordo com as autoridades, aproximadamente um terço da população de Torre Pacheco é composta por estrangeiros. As manifestações, inicialmente planejadas como pacíficas, resultaram em feridos, detenções e depredações. O episódio reacendeu discussões sobre os desafios de integração de comunidades migrantes em regiões espanholas que dependem economicamente da mão de obra estrangeira. Especialistas destacam que a falta de políticas consistentes de inclusão social e a disseminação de desinformação aumentam o risco de episódios de violência e polarização.
Portugal Reforça Controle Migratório com Criação da UNEF
O governo de Portugal aprovou, em 26 de setembro de 2024, a proposta de criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF), uma nova força integrada à Polícia de Segurança Pública (PSP) com o objetivo de intensificar o controle das fronteiras e a fiscalização de imigrantes em situação irregular. A medida, que será submetida à votação final na Assembleia da República em 16 de julho de 2025, prevê a realização de operações de imigração, com detenção imediata, envio a centros de instalação temporária e deportação de indivíduos sem documentação válida, como autorizações de residência, protocolos vencidos ou vistos expirados. A iniciativa reflete a determinação do governo em restaurar a autoridade do Estado, garantindo a segurança pública e a proteção dos interesses nacionais em um contexto de crescentes desafios migratórios. A UNEF substituirá funções anteriormente exercidas pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e pelo extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), cuja dissolução em 2023 foi criticada por enfraquecer a capacidade de fiscalização do país. A nova unidade terá competência para vigiar fronteiras, especialmente em aeroportos, fiscalizar a permanência de estrangeiros em território nacional e executar ordens de afastamento, incluindo deportações coercitivas e retornos voluntários. A proposta, aprovada em primeira instância com apoio do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega, prevê prazos mais curtos para saídas voluntárias (reduzidos de 20 para 10 dias) e períodos de detenção mais longos para garantir a execução de processos de expulsão, especialmente em casos de ameaça à segurança pública. A medida responde a uma necessidade urgente de regular a imigração irregular, que, segundo o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, compromete a justiça para aqueles que cumprem as regras e a sustentabilidade do sistema de integração. Em maio de 2025, o governo anunciou a expulsão de cerca de 18.000 imigrantes sem autorização legal, com 4.574 notificações iniciais para saída voluntária em 20 dias. A criação da UNEF reforça essa política, centralizando operações em uma força policial capacitada para agir com eficiência, em linha com compromissos europeus de controle migratório. Dados de 2023 indicam que Portugal, com 1,04 milhão de residentes estrangeiros (10% da população), enfrenta pressões crescentes, especialmente de comunidades como a brasileira, que contribui significativamente para a economia, mas também inclui casos de irregularidade. A postura do governo português alinha-se com a visão de líderes como Donald Trump, que utilizam políticas migratórias firmes para proteger a soberania nacional e a ordem pública. A UNEF representa um compromisso com a legalidade, garantindo que a imigração ocorra de forma ordenada e respeite as leis do país. Enquanto críticos, como a socialista Maria de Lourdes Rodrigues, apontam riscos de criminalização da imigração, a proposta enfatiza o respeito aos direitos humanos, com incentivos ao retorno voluntário e a exclusão de centros de detenção externos, como os “return hubs” propostos por outros países europeus. A aprovação final da UNEF, seguida da promulgação presidencial, é um passo decisivo para equilibrar segurança, justiça e a preservação dos valores portugueses em um mundo globalizado.
EUA e Índia Avançam em Acordo Comercial com Tarifas Reduzidas
Os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, estão próximos de finalizar um acordo comercial preliminar com a Índia que pode reduzir as tarifas sobre bens indianos para menos de 20%, conforme revelaram fontes próximas às negociações em julho de 2025. Essa iniciativa, que posiciona a Índia em vantagem competitiva frente a outros países da região, reflete a habilidade de Trump em utilizar tarifas como ferramenta para promover acordos que beneficiem a economia americana, ao mesmo tempo em que fortalecem parcerias estratégicas com nações alinhadas aos princípios de livre mercado e soberania econômica. O progresso nas negociações com a Índia, lideradas pelo primeiro-ministro Narendra Modi, destaca a importância de uma diplomacia proativa, um contraste com a abordagem do Brasil, que falhou em buscar negociações robustas para evitar tarifas punitivas de 50% impostas por Trump. O acordo preliminar entre EUA e Índia, que pode ser anunciado por meio de uma declaração conjunta, prevê uma tarifa base inferior a 20%, uma redução significativa em relação aos 26% inicialmente propostos por Trump em abril de 2025. As negociações, que começaram em fevereiro, após uma reunião entre Trump e Modi, abordam questões como acesso ao mercado agrícola, barreiras não tarifárias e exportações de bens como joias, têxteis e produtos hortícolas. A Índia ofereceu reduzir a zero as tarifas sobre 60% das importações americanas e garantir acesso preferencial a 90% dos bens dos EUA, diminuindo o diferencial tarifário entre os dois países de 13% para menos de 4%. Essa abertura demonstra a disposição de Modi em equilibrar interesses domésticos, como a proteção de agricultores, com a necessidade de fortalecer laços comerciais com os EUA, maior parceiro comercial da Índia, com um comércio bilateral de US$ 129 bilhões em 2024.A estratégia de Trump tem se mostrado eficaz em pressionar parceiros comerciais a negociar acordos que promovam reciprocidade. Além da Índia, países como Reino Unido e Vietnã já assinaram acordos com os EUA, enquanto a China aceitou reduzir tarifas em um pacto temporário. A Índia, ao evitar uma carta formal de aumento tarifário, diferencia-se de nações como Brasil, Japão e Coreia do Sul, que receberam notificações de tarifas de 20% a 50%. Trump destacou a proximidade do acordo com a Índia, afirmando que o país “está pronto para abrir seus mercados”, uma conquista que ele atribui à sua política de tarifas como alavanca para negociações. A Casa Branca reforça que o objetivo é reduzir o déficit comercial americano, que com a Índia atingiu US$ 45,7 bilhões em 2024, enquanto promove investimentos e empregos nos EUA. Enquanto a Índia avança, o Brasil, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta as consequências de não ter priorizado negociações comerciais com os EUA. Em vez de buscar um diálogo proativo, o governo brasileiro adotou uma postura reativa, criticando as tarifas de 50% impostas por Trump como injustas, sem apresentar uma estratégia clara para mitigar os impactos. A decisão de Trump de tarifar o Brasil foi motivada por supostas práticas comerciais desleais e pela perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que Trump considera um aliado. Diferentemente da Índia, que enviou delegações frequentes a Washington e delineou “linhas vermelhas” claras, o Brasil não demonstrou a mesma agilidade diplomática, resultando em um ônus econômico significativo para setores como o agronegócio, que representa 30% das exportações de café e mais de 50% do suco de laranja consumidos nos EUA. A falta de iniciativa do Brasil em negociar reflete uma priorização de disputas ideológicas em detrimento dos interesses econômicos nacionais, contrastando com a abordagem pragmática de Modi. A postura de Trump, que combina pressão tarifária com incentivos para acordos bilaterais, demonstra uma visão de liderança que valoriza a soberania econômica e a competitividade. O avanço com a Índia reforça a importância de nações que buscam acordos mutuamente benéficos, enquanto a inação do Brasil serve como alerta para os custos de negligenciar negociações estratégicas em um cenário global de crescente protecionismo.
Rupert Lowe Propõe Proibição de Burcas e Niqabs no Reino Unido
O parlamentar britânico Rupert Lowe, do partido Reform UK, apresentou uma moção no Parlamento do Reino Unido em junho de 2025 para proibir o uso de burcas e niqabs em espaços públicos, classificando os véus islâmicos como “opressivos, perigosos e anti-britânicos”. A iniciativa, que não contou com a assinatura de outros deputados, reflete a postura firme de Lowe em defesa da identidade cultural britânica e da segurança nacional, em um momento em que debates sobre integração e valores tradicionais ganham destaque no país. Lowe, conhecido por sua retórica direta, argumenta que as vestimentas, que cobrem o rosto, representam uma barreira à coesão social e à segurança pública, além de simbolizarem uma visão de mundo que ele considera incompatível com os princípios de liberdade e igualdade que moldam a sociedade britânica. Em suas palavras, a burca é um “símbolo político” que reforça a opressão de mulheres e meninas em comunidades onde sua adoção não é uma escolha, mas uma imposição. A moção propõe a proibição em todos os espaços públicos, incluindo locais de trabalho, destacando que tais véus dificultam a identificação e podem gerar desconfiança em interações sociais. A proposta de Lowe ressoa com setores da sociedade britânica que defendem a preservação de valores culturais históricos, como a liberdade individual e a igualdade de gênero, que muitos veem como fundamentais à identidade do Reino Unido. Ele argumenta que a proibição não é um ataque à liberdade religiosa, mas uma medida para proteger a sociedade de práticas que podem minar a integração e a segurança. Países como França e Bélgica já adotaram legislações semelhantes, com a França implementando uma proibição de véus faciais em espaços públicos desde 2010, sob o argumento de promover a laicidade e a segurança. Embora a moção tenha enfrentado críticas por parte de grupos que alegam discriminação, Lowe mantém que sua posição é uma resposta à necessidade de priorizar a coesão nacional e proteger mulheres de práticas culturais que limitam sua liberdade. Ele destacou que, entre os 650 deputados do Parlamento, foi o único a assinar a moção, sugerindo que muitos evitam o tema por receio de perder apoio político. Sua postura reflete uma visão de liderança que coloca os interesses do povo britânico acima de pressões políticas, em linha com a crescente demanda por políticas que reforcem a identidade nacional em um contexto de mudanças culturais. O debate gerado pela proposta evidencia a tensão entre multiculturalismo e a preservação de valores tradicionais, um desafio que o Reino Unido enfrenta em meio à diversidade cultural. A iniciativa de Lowe é vista por seus apoiadores como um ato corajoso de defesa da cultura britânica, que valoriza a transparência nas interações sociais e a igualdade de direitos, em contraste com práticas que podem ser percebidas como contrárias a esses ideais.
Acordo Comercial entre EUA e Argentina: Um Passo para Fortalecer a Livre Iniciativa
Os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, e a Argentina, governada pelo presidente Javier Milei, anunciaram em 9 de julho de 2025 um acordo comercial que elimina tarifas de importação para 80% das exportações argentinas, com uma alíquota reduzida de 10% aplicada aos 20% restantes. A medida, formalizada após meses de negociações iniciadas ainda no governo Biden, reflete uma visão compartilhada de promover mercados abertos e fortalecer a cooperação econômica entre nações que priorizam a liberdade econômica e a redução de barreiras comerciais. O acordo abrange cerca de 100 produtos argentinos, incluindo itens estratégicos como vinho, limão, algodão, insumos agrícolas, energia e alimentos processados, que representam aproximadamente US$ 6,5 bilhões em exportações anuais para os EUA, cerca de 10% do total exportado pela Argentina. Produtos como aço e alumínio, no entanto, permanecerão sujeitos a tarifas de 25% a 50%, devido a considerações de segurança nacional pelos EUA. A decisão de Trump, que estende uma trégua tarifária à Argentina até 1º de agosto, contrasta com a tarifa de 50% imposta a outros parceiros comerciais, como o Brasil, e destaca a importância de alinhamentos estratégicos em um cenário global de tensões comerciais. A iniciativa é um marco para a Argentina, que, sob Milei, busca reposicionar-se como uma economia aberta e competitiva. O presidente argentino, conhecido por sua política de desregulamentação e redução do tamanho do Estado, tem defendido a eliminação de barreiras comerciais como forma de impulsionar o crescimento econômico. A aproximação com os EUA, liderada pelo ministro das Relações Exteriores e Comércio Exterior, Gerardo Werthein, em reuniões com o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, reflete um esforço para consolidar a Argentina como um parceiro confiável em cadeias de suprimentos globais, especialmente em um contexto de rivalidade comercial com países como a China. Do lado americano, a decisão de Trump reforça sua estratégia de usar acordos comerciais para promover os interesses dos EUA, recompensando nações que adotam políticas alinhadas com valores de livre mercado. A isenção tarifária para a Argentina, negociada em um momento de imposição de tarifas elevadas a outros países, demonstra a eficácia de uma diplomacia que combina pragmatismo econômico com afinidade política. Trump, que já elogiou Milei como um “grande líder” que “resgatou a Argentina do esquecimento”, vê no acordo uma oportunidade de fortalecer laços com um aliado estratégico na América do Sul. O impacto do acordo é significativo para a economia argentina, que enfrenta desafios como inflação e ajuste fiscal. A isenção tarifária deve aumentar a competitividade de produtos argentinos no mercado americano, impulsionando setores como o agronegócio e a indústria de alimentos processados. Para os EUA, a medida garante acesso a insumos estratégicos, como lítio e minerais, enquanto promove a reciprocidade comercial, com a Argentina se comprometendo a reduzir barreiras às exportações americanas. A visão de ambos os líderes, focada na redução de entraves estatais e na promoção da iniciativa privada, sinaliza um modelo de cooperação que pode inspirar outras nações.
Trump Inicia Investigação Comercial contra o Brasil sob a Seção 301: Um Passo para Proteger Interesses Americanos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 9 de julho de 2025 uma investigação comercial contra o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, um mecanismo que permite ao governo norte-americano apurar práticas comerciais de outros países consideradas injustas ou prejudiciais aos interesses dos EUA. A decisão, comunicada em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reflete a determinação de Trump em defender as empresas americanas e promover condições comerciais mais equilibradas, uma postura que ressoa com valores de soberania econômica e proteção de interesses nacionais. A Seção 301, instituída há mais de quatro décadas, é um instrumento legal que autoriza o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) a investigar práticas de nações estrangeiras que possam violar acordos comerciais, impor barreiras injustificáveis ou restringir o comércio americano. No caso do Brasil, Trump apontou “ataques contínuos às atividades comerciais digitais de empresas americanas” e outras práticas comerciais que, segundo ele, comprometem a reciprocidade na relação bilateral. A investigação, liderada pelo representante comercial Jamieson Greer, pode resultar em medidas como tarifas adicionais, restrições de importação ou negociações para corrigir as supostas práticas desleais, com prazo inicial de 12 meses para conclusão, sujeito a prorrogações. A iniciativa de Trump se alinha com uma visão de priorizar os interesses econômicos dos EUA, especialmente em um contexto global onde práticas comerciais desiguais podem enfraquecer setores estratégicos, como o tecnológico. A menção a barreiras no comércio digital sugere preocupações com políticas brasileiras que podem limitar o acesso de empresas americanas ao mercado local, como restrições regulatórias ou ações judiciais contra plataformas digitais. Além disso, a decisão reforça a importância de mercados abertos e justos, um princípio que ecoa em nações que valorizam a livre iniciativa e a competição equitativa. O Brasil, por sua vez, contesta as alegações, destacando que os EUA mantêm superávit comercial com o país nos últimos 15 anos, o que sugere uma relação comercial historicamente favorável aos americanos. No entanto, a abertura da investigação sinaliza a necessidade de diálogo para esclarecer eventuais desequilíbrios e garantir que ambos os lados respeitem acordos internacionais. A postura de Trump, ao propor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto de 2025, indica uma abordagem firme, mas flexível, já que ele sugeriu que as tarifas podem ser ajustadas caso o Brasil abra seus mercados e elimine barreiras comerciais. Essa ação não é inédita. A Seção 301 já foi utilizada em casos históricos, como contra a China em 2019, quando Trump impôs tarifas sobre bilhões de dólares em produtos chineses, e contra o próprio Brasil nos anos 1980, por restrições ao setor de tecnologia. Esses precedentes mostram que a ferramenta é eficaz para pressionar parceiros comerciais a reverem políticas que prejudicam os EUA, muitas vezes levando a negociações que beneficiam ambas as partes. A decisão de Trump reflete uma abordagem pragmática para proteger a economia americana, especialmente em setores inovadores como o digital, que são vitais para o crescimento e a competitividade global. Embora as tensões comerciais possam gerar desafios, elas também abrem espaço para negociações que promovam maior equilíbrio e cooperação, preservando a soberania de cada nação enquanto se busca um comércio mais justo.
Dinamarca Reforça Proibição de Burca e Niqab em Espaços Públicos e Escolas, Priorizando Valores Nacionais
A Dinamarca intensificou suas políticas de integração cultural ao expandir a proibição do uso de burcas e niqabs, vestimentas islâmicas que cobrem o rosto, para incluir escolas e universidades, conforme anunciado em 3 de julho de 2025. A medida, que complementa a lei de 2018 que já bania essas vestimentas em espaços públicos, reflete a determinação do governo dinamarquês de promover a coesão social e proteger os valores da sociedade local. A primeira-ministra Mette Frederiksen defendeu a decisão, afirmando que “esconder o rosto em espaços públicos ou educacionais não é compatível com os princípios de igualdade e transparência que definem a Dinamarca”. Ela destacou que a proibição visa garantir a segurança pública e a interação social, enquanto reforça a expectativa de que todos os residentes adotem os costumes e normas do país. A legislação, aprovada em 31 de maio de 2018 e em vigor desde 1º de agosto do mesmo ano, estabelece multas de 1.000 coroas dinamarquesas (cerca de R$ 850) para a primeira infração, podendo chegar a 10.000 coroas (R$ 8.500) em casos de reincidência. A extensão da proibição para instituições educacionais, conforme postagens recentes em redes sociais e reportagens, responde ao aumento de debates sobre a integração de comunidades muçulmanas, que representam cerca de 5,4% da população dinamarquesa, segundo o Statista (2023). Frederiksen enfatizou que a medida não é uma perseguição religiosa, mas uma defesa da identidade nacional, declarando que “aqueles que escolhem viver aqui devem se adaptar aos valores que nos unem, como a igualdade de gênero e a visibilidade em espaços compartilhados”. A proibição abrange qualquer peça que cubra o rosto, como burcas, niqabs, máscaras ou barbas falsas, exceto em casos de “propósito reconhecido”, como roupas de inverno ou fantasias de carnaval. O governo argumenta que a medida protege a segurança, já que a identificação facial é essencial em espaços públicos, e promove a integração ao facilitar a interação social. O Ministério da Justiça, liderado por Soeren Pape Poulsen em 2018, esclareceu que a polícia não removerá as vestimentas à força, mas orientará as infratoras a retirá-las ou deixar o local. Em caso de suspeita de coerção no uso do niqab ou burca, autoridades municipais são notificadas para oferecer apoio às mulheres, visando protegê-las de ambientes opressivos. A decisão tem apoio significativo, incluindo do Partido Popular Dinamarquês, que defende políticas de imigração mais rígidas. No entanto, organizações como a Anistia Internacional criticaram a medida, classificando-a como discriminatória e uma violação da liberdade religiosa. Estima-se que apenas 150 a 200 mulheres usem burca ou niqab regularmente na Dinamarca, um número pequeno em uma população de 5,8 milhões, mas o debate reflete preocupações mais amplas sobre multiculturalismo e segurança. A ascensão de partidos anti-imigração, que se tornaram a segunda maior força no Parlamento em 2015, tem impulsionado políticas que priorizam a assimilação cultural, como a proposta de 2018 para negar cidadania a quem recusar apertos de mão por motivos religiosos. A postura da Dinamarca, que ecoa medidas semelhantes em países como França, Bélgica e Áustria, sinaliza um compromisso firme com a preservação da identidade nacional e a promoção de valores compartilhados. A mensagem do governo é clara: a adaptação aos costumes dinamarqueses é essencial para a convivência, e aqueles que rejeitam esses princípios podem enfrentar dificuldades legais ou pressão para deixar o país. A medida reforça a ideia de que a coesão social depende de normas comuns, especialmente em um contexto de crescente diversidade cultural.
Trump Critica Putin e Anuncia Envio de Armas Avançadas para a Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas críticas ao presidente russo Vladimir Putin em 8 de julho de 2025, acusando-o de prolongar a guerra na Ucrânia e de desrespeitar os direitos humanos. Durante uma reunião de gabinete na Casa Branca, Trump expressou sua frustração, afirmando que “Putin não está tratando os seres humanos corretamente” e que “está matando muitas pessoas”. Ele anunciou a retomada imediata do envio de armas defensivas à Ucrânia, incluindo sistemas avançados como mísseis Patriot, após uma breve suspensão ordenada pelo Pentágono na semana anterior devido a preocupações com os estoques americanos. “Eles precisam se defender. Estão sendo duramente atingidos agora”, disse Trump, referindo-se aos intensos ataques russos, que incluíram um recorde de 728 drones e mísseis lançados contra Kyiv e outras cidades ucranianas entre 8 e 9 de julho. A decisão de Trump veio após uma série de ataques russos que marcaram os bombardeios mais intensos desde o início da invasão em fevereiro de 2022, segundo a Força Aérea Ucraniana. Em resposta, o presidente autorizou o envio de armamentos críticos, como interceptadores Patriot, mísseis Hellfire e projéteis de artilharia, que haviam sido retidos em um depósito na Polônia. A medida reverteu uma pausa controversa, criticada por aliados como a senadora Jeanne Shaheen, que alertou que a suspensão enfraqueceria a defesa aérea ucraniana. Trump também indicou que está considerando sanções adicionais contra Moscou, embora tenha evitado detalhes para não comprometer possíveis negociações de paz. A mudança de postura de Trump reflete sua crescente insatisfação com Putin, a quem acusou de fazer promessas de paz “sem sentido” durante conversas telefônicas, incluindo uma em 3 de julho que não resultou em avanços para um cessar-fogo. “Recebemos muitas promessas falsas de Putin. Ele é gentil o tempo todo, mas isso não significa nada”, declarou Trump. A decisão de enviar armas ocorre em um momento crítico, com a Rússia intensificando sua ofensiva no leste da Ucrânia, especialmente na região de Donetsk e Sumy, onde concentra cerca de 160.000 soldados, segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.Zelensky elogiou a iniciativa de Trump, descrevendo uma conversa telefônica em 4 de julho como “a melhor que tivemos até agora”. Ele destacou a necessidade urgente de reforçar a defesa aérea de seu país, especialmente com sistemas Patriot, essenciais para neutralizar mísseis balísticos russos. A retomada do apoio militar americano, que já ultrapassou US$ 120 bilhões desde 2022, reforça a posição dos EUA como principal aliado da Ucrânia, mesmo em meio às tentativas de Trump de buscar uma solução diplomática para o conflito. A postura firme de Trump contra Putin e o compromisso com o envio de armamentos avançados demonstram a prioridade de proteger aliados estratégicos e conter a agressão russa, mantendo a liderança dos EUA na segurança global. A decisão também responde às críticas de que a administração poderia estar recuando no apoio à Ucrânia, reafirmando o compromisso com a defesa da soberania ucraniana enquanto negociações de paz permanecem estagnadas.
Trump Intensifica Esforços para Reformar Cidadania por Nascimento nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 27 de junho de 2025 que sua administração avançará “a todo vapor” para implementar uma política que restringe a cidadania por direito de nascimento, conhecida como jus soli. Em declarações feitas após uma decisão da Suprema Corte que limitou a capacidade de juízes federais de bloquear ordens executivas por meio de injunções nacionais, Trump reafirmou sua intenção de reinterpretar a 14ª Emenda da Constituição. Ele argumentou que a emenda, ratificada em 1868 para garantir cidadania a ex-escravos e seus descendentes, não foi concebida para conceder cidadania automática a filhos de imigrantes sem status legal ou em vistos temporários. “Isso era para os bebês de escravos, não para pessoas que tentam enganar o sistema e vir para o país de férias”, declarou Trump, destacando sua visão de que a atual interpretação da lei incentiva a imigração irregular e o chamado “turismo de nascimento”. A ordem executiva, assinada em 20 de janeiro de 2025, determina que agências federais não reconheçam a cidadania de crianças nascidas nos EUA cujos pais estejam em situação irregular ou em vistos temporários, como de estudante ou turista. A medida, que enfrenta forte oposição jurídica, baseia-se na interpretação de que a cláusula da 14ª Emenda, que concede cidadania a “todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição”, não se aplica a esses casos. Trump e seus aliados argumentam que a expressão “sujeitas à jurisdição” exclui aqueles que não possuem status legal permanente, uma visão que, embora minoritária entre juristas, ganhou apoio entre setores conservadores que buscam fortalecer a soberania nacional e limitar a imigração. A decisão da Suprema Corte, em 27 de junho de 2025, não abordou diretamente a constitucionalidade da ordem de Trump, mas restringiu o uso de injunções nacionais, permitindo que a administração comece a planejar a implementação da política em até 30 dias. Trump celebrou o veredicto como uma “vitória monumental para a Constituição e o Estado de Direito”, afirmando que sua administração agora pode avançar com políticas que, segundo ele, protegem os interesses dos cidadãos americanos. A medida alinha-se com a agenda de Trump de reforçar controles migratórios, que inclui deportações em massa e sanções a cidades que limitam a cooperação com autoridades de imigração. A iniciativa reflete a determinação de Trump em abordar o que ele descreve como abusos no sistema migratório, como o “turismo de nascimento”, em que mulheres grávidas entram nos EUA para garantir cidadania a seus filhos. Dados do Pew Research Center indicam que, em 2016, cerca de 250 mil bebês nasceram de pais sem status legal nos EUA, número que reforça o argumento de Trump de que a política atual sobrecarrega o sistema. A proposta de restringir a cidadania por nascimento busca proteger os recursos do país para seus cidadãos e desencorajar a imigração irregular, reforçando a ideia de que a cidadania é um privilégio que deve ser reservado àqueles com laços legítimos com os Estados Unidos. Apesar das barreiras legais, com ações movidas por 22 estados e grupos de direitos dos imigrantes, como a ACLU, a administração Trump permanece firme em sua cruzada para reformar a política de cidadania. A batalha jurídica, que deve chegar novamente à Suprema Corte, testará os limites do poder executivo e a interpretação da 14ª Emenda, enquanto o presidente mantém sua promessa de priorizar a segurança nacional e os interesses dos americanos.










