O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 2 de julho de 2025 um novo acordo comercial com o Vietnã, descrito como um marco de cooperação entre as duas nações. O pacto estabelece uma tarifa de 20% sobre todos os bens vietnamitas importados pelos EUA, uma redução significativa em relação aos 46% inicialmente propostos em abril, e impõe uma tarifa de 40% sobre produtos transbordo, que são mercadorias originadas em outros países, como a China, e redirecionadas através do Vietnã para evitar taxas mais altas. Em contrapartida, o Vietnã comprometeu-se a abrir completamente seu mercado aos produtos americanos, eliminando tarifas sobre exportações dos EUA, uma concessão sem precedentes que beneficia diretamente empresas e trabalhadores americanos. A iniciativa de Trump, anunciada em sua plataforma Truth Social após conversas com o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, To Lam, reflete sua estratégia de priorizar os interesses econômicos dos EUA. O acordo é um passo firme para corrigir desequilíbrios comerciais, considerando que o Vietnã, sexto maior exportador para os EUA, registrou um superávit comercial de US$ 123,5 bilhões em 2024, segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA. A redução da tarifa de 46% para 20% demonstra a habilidade negocial de Trump, que conseguiu um compromisso favorável sem alienar um parceiro comercial importante. A tarifa de 40% sobre transbordo também aborda preocupações de longa data sobre práticas comerciais desleais, como a relocalização de produtos chineses para contornar tarifas americanas, uma medida que reforça a soberania econômica dos EUA. O acordo beneficia setores americanos como agricultura, tecnologia e automotivo, com destaque para a exportação de veículos SUV e de grande porte, que Trump descreveu como uma “adição maravilhosa” ao mercado vietnamita. A isenção de tarifas para produtos americanos no Vietnã cria oportunidades para empresas como Boeing, que já tem acordos para vender 50 aeronaves ao país, e para exportadores de carne bovina, suína e de aves, que agora terão acesso privilegiado a um mercado em crescimento. Além disso, a decisão de Trump de suspender temporariamente as tarifas de 46% em abril, dando 90 dias para negociações, mostra uma abordagem pragmática que equilibra firmeza com diplomacia, resultando em um acordo que fortalece a economia americana sem escalar tensões comerciais. A resposta do mercado ao anúncio foi positiva, com ações de empresas como Nike, que produz metade de seus calçados no Vietnã, subindo 4,1%, e a Apple, que tem fábricas no país, registrando ganhos de 2,2%. O índice S&P 500 também atingiu uma máxima intradiária, refletindo otimismo com a estabilidade trazida pelo acordo. A redução das tarifas de importação vietnamitas para zero é vista como um estímulo para as exportações americanas, que cresceram apenas 30% desde 2018, atingindo US$ 13,1 bilhões em 2024, enquanto as importações do Vietnã para os EUA quase triplicaram no mesmo período, alcançando US$ 136,6 bilhões. Essa assimetria comercial, agora abordada, destaca a determinação de Trump em proteger os interesses americanos e promover o crescimento interno. Embora detalhes sobre a implementação das tarifas de transbordo ainda estejam sendo definidos, o acordo sinaliza um compromisso do Vietnã em combater práticas comerciais questionáveis, como o reetiquetamento de produtos chineses. Essa medida alivia preocupações de autoridades americanas, como o conselheiro comercial Peter Navarro, que já descreveu o Vietnã como um ponto de passagem para produtos chineses. A liderança de Trump na negociação reforça sua promessa de campanha de nivelar o campo de jogo para os trabalhadores e indústrias dos EUA, ao mesmo tempo em que mantém canais abertos para parcerias estratégicas no Indo-Pacífico, onde o Vietnã é um aliado importante contra a influência regional da China.
Lucros Industriais da China Caem 9,1% em Meio a Desafios Econômicos e Tarifas dos EUA
Os lucros das empresas industriais da China registraram uma queda acentuada de 9,1% em maio de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior, marcando o maior declínio desde outubro de 2024, quando os lucros despencaram 10%. Dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS) apontam que a combinação de deflação persistente, demanda doméstica insuficiente e preços baixos de produtos industriais, intensificados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, está exercendo forte pressão sobre o setor industrial do país. Essa retração interrompeu uma sequência de dois meses de crescimento nos lucros, evidenciando as dificuldades enfrentadas pela segunda maior economia do mundo. No acumulado dos primeiros cinco meses de 2025, os lucros das principais empresas industriais caíram 1,1% em relação ao mesmo período de 2024, revertendo o aumento de 1,4% registrado entre janeiro e abril. O setor de mineração foi particularmente afetado, com uma queda de 29% nos lucros no mesmo período, enquanto as indústrias de manufatura e serviços públicos apresentaram ganhos modestos. O setor automotivo, por exemplo, viu seus lucros diminuírem 11,9%, impactado por uma competição feroz e guerras de preços que levaram as autoridades chinesas a pedirem o fim dessas práticas. Empresas estatais registraram uma queda de 7,4% nos lucros, enquanto as empresas não estatais sofreram uma redução de 1,5%. Já as empresas estrangeiras, incluindo aquelas com investimentos de Hong Kong, Macau e Taiwan, apresentaram um leve aumento de 0,3% nos lucros. A deflação na porta das fábricas, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (PPI), aprofundou-se em maio, com uma queda de 3,3% em relação ao ano anterior, a maior em 22 meses. Em junho, o PPI caiu ainda mais, registrando uma redução de 3,6%, a pior desde julho de 2023. Esse cenário reflete a pressão de preços decorrente de uma oferta de bens que supera a demanda, agravada por uma prolongada crise no setor imobiliário e pela insegurança no mercado de trabalho, que limitam o consumo interno. A inflação ao consumidor (CPI) também permaneceu fraca, com uma queda de 0,1% em maio, marcando o quarto mês consecutivo de declínio, embora tenha registrado um leve aumento de 0,1% em junho. As tarifas impostas pelos Estados Unidos, que atingiram níveis de até 145% antes de um acordo temporário de 90 dias em maio, reduzindo-as para 51,1%, têm impactado significativamente as exportações chinesas. Em maio, as exportações para os EUA caíram 34,5% em valor, o maior declínio desde fevereiro de 2020, apesar de um crescimento geral de 4,8% nas exportações chinesas, impulsionado por envios para países do Sudeste Asiático. A tentativa de redirecionar produtos destinados aos EUA para o mercado interno tem intensificado as guerras de preços, especialmente no setor automotivo, onde a sobreoferta levou a margens de lucro reduzidas e até ao fechamento de algumas concessionárias. O governo chinês implementou medidas de estímulo, como a redução de taxas de juros pelo Banco Popular da China em maio e a expansão de programas de subsídios para trocas de bens de consumo, como eletrodomésticos e veículos. No entanto, analistas apontam que essas iniciativas não foram suficientes para reverter a fraqueza na demanda doméstica. Economistas, como Tianchen Xu, da Economist Intelligence Unit, sugerem que as autoridades chinesas podem estar esperando sinais mais claros de deterioração econômica antes de intensificar os estímulos, enquanto outros, como Larry Hu, da Macquarie, alertam que a deflação persistente pode se agravar sem políticas mais robustas. A resiliência do setor industrial chinês é testada em um momento de incertezas globais, com tensões comerciais contínuas e a possibilidade de novas tarifas americanas. A estratégia de Pequim de priorizar o consumo interno, como destacado pelo primeiro-ministro Li Qiang em seu relatório anual, enfrenta desafios estruturais, incluindo o desemprego urbano de 5,4% e uma taxa de 16,9% entre jovens de 16 a 24 anos, excluindo estudantes. A combinação desses fatores sugere que a economia chinesa precisa de medidas mais assertivas para evitar uma espiral deflacionária mais profunda e sustentar sua meta de crescimento de cerca de 5% para 2025.
Senado dos EUA Garante Autonomia do Presidente Trump em Ações Militares Contra o Irã
Em uma votação recente, o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma resolução proposta pelos democratas que buscava limitar a capacidade do presidente Donald Trump de ordenar ações militares contra o Irã sem a aprovação prévia do Congresso. A decisão, que seguiu majoritariamente as linhas partidárias, reforça a autoridade do Executivo em questões de segurança nacional, permitindo que o presidente tome medidas rápidas e decisivas, como os recentes ataques a instalações nucleares iranianas, em resposta a ameaças iminentes. A resolução, liderada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia, invocava a Lei dos Poderes de Guerra de 1973, exigindo que qualquer nova ação militar contra o Irã, exceto em casos de legítima defesa ou perigo imediato, fosse previamente aprovada pelo Congresso. A proposta foi derrotada por 53 votos a 47, com a maioria republicana no Senado, que detém 53 das 100 cadeiras, mantendo seu apoio à liderança de Trump. O senador Rand Paul, republicano, foi uma exceção notável ao votar com os democratas, enquanto o democrata John Fetterman se posicionou contra a resolução, destacando divisões internas em ambos os partidos. A decisão do Senado ocorre em um contexto de alta tensão no Oriente Médio, após ataques precisos dos EUA a três instalações nucleares iranianas, incluindo Fordow, Natanz e Isfahan, em 21 de junho de 2025. Esses bombardeios, realizados com bombas anti-bunker e mísseis Tomahawk, foram descritos pelo presidente Trump como um “sucesso militar espetacular” em pronunciamento na Casa Branca. Autoridades americanas afirmaram que os ataques causaram “danos graves” às capacidades nucleares do Irã, reforçando a posição dos EUA como um ator central na contenção de ameaças à segurança global. Os defensores da decisão do Senado argumentam que a autonomia presidencial é essencial em um cenário de rápidas mudanças geopolíticas. O senador republicano Bill Hagerty, do Tennessee, destacou que restringir o presidente durante uma crise poderia comprometer a segurança de vidas americanas, afirmando: “Não devemos algemar o presidente no meio de uma crise quando há vidas em risco.” A Casa Branca, por sua vez, tem sustentado que as ações contra o Irã são justificadas por autorizações legislativas anteriores, como as de 2001 e 2002, que permitem ao Executivo combater ameaças terroristas e proteger interesses nacionais. O debate no Senado reacendeu discussões sobre o equilíbrio de poderes nos EUA, com críticos da resolução argumentando que a necessidade de agilidade em decisões militares supera os processos legislativos, muitas vezes lentos e politizados. A capacidade de Trump de responder rapidamente a provocações iranianas, como as ameaças do aiatolá Ali Khamenei e os ataques retaliatórios a bases americanas no Catar, é vista como um trunfo para manter a dissuasão e proteger aliados, como Israel, que também conduziu ataques contra o Irã. A coordenação com o governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, foi destacada como um fator crucial para o sucesso das operações. Embora a resolução tenha sido rejeitada, a Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, pode apresentar sua própria proposta para limitar os poderes de guerra de Trump após o feriado de 4 de julho. No entanto, a falta de apoio bipartidário e a maioria republicana no Senado tornam improvável que tais medidas avancem, consolidando a autoridade do presidente em questões de defesa nacional.
Trump Anuncia Avanço Diplomático com Cessar-Fogo de 60 Dias em Gaza Aceito por Israel
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 1º de julho de 2025 um marco significativo na busca pela paz no Oriente Médio, ao afirmar que Israel concordou com as condições para um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza. A iniciativa, mediada pelos Estados Unidos, Catar e Egito, visa criar uma janela para negociações que possam levar ao fim definitivo do conflito entre Israel e o Hamas, que já dura mais de 20 meses. Em uma postagem no Truth Social, Trump destacou a disposição de Israel em avançar com a proposta, enfatizando que o acordo é uma oportunidade para salvar vidas e restaurar a estabilidade na região. A decisão de Israel de aceitar os termos do cessar-fogo reflete um compromisso com a segurança e a busca por soluções diplomáticas, mesmo diante de desafios impostos pelo Hamas, grupo classificado como terrorista por diversos países. O conflito, iniciado com o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e resultou na captura de 250 reféns, levou a uma resposta militar israelense que buscou desmantelar a infraestrutura do grupo em Gaza. O cessar-fogo proposto inclui a libertação de reféns israelenses, a troca por prisioneiros palestinos e um aumento significativo na entrada de ajuda humanitária em Gaza, medidas que demonstram a intenção de Israel de priorizar a vida de seus cidadãos e aliviar a crise humanitária. Trump, que tem se destacado como um mediador firme na região, celebrou o progresso após reuniões em Washington com o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, e outros altos funcionários. Ele alertou o Hamas que a proposta é a melhor oportunidade para um acordo, afirmando: “Espero, pelo bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite este acordo, porque não ficará melhor – SÓ PIORARÁ.” A postura de Trump reflete sua abordagem pragmática, que já rendeu resultados, como o cessar-fogo entre Israel e Irã em junho de 2025, após 12 dias de confrontos. Sua determinação em pressionar ambas as partes para um entendimento demonstra um compromisso com a paz duradoura. O plano de 60 dias prevê a libertação inicial de cerca de 10 reféns vivos e a entrega de corpos de reféns falecidos, com negociações para um cessar-fogo permanente durante o período. Israel também concordou em permitir a entrada de ajuda humanitária por canais tradicionais da ONU, abandonando temporariamente o controverso sistema da Gaza Humanitarian Foundation. Essa concessão reflete a flexibilidade de Israel em buscar soluções que atendam às necessidades humanitárias sem comprometer sua segurança, especialmente diante das demandas do Hamas por uma retirada completa das forças israelenses de Gaza e a manutenção de seu controle político, condições que Israel considera inaceitáveis. A liderança de Trump e o apoio de Israel à proposta têm sido elogiados por aliados internacionais, que veem no acordo uma chance de reduzir as tensões e evitar uma escalada ainda maior. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se reunirá com Trump em Washington na próxima semana, expressou otimismo sobre as negociações, reforçando que Israel busca a libertação de todos os reféns e a eliminação da ameaça representada pelo Hamas. A determinação de Israel em proteger seus cidadãos, combinada com a pressão diplomática de Trump, sinaliza um momento de esperança para a resolução de um conflito que já causou milhares de mortes, incluindo mais de 56.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Enquanto o Catar e o Egito preparam-se para entregar a proposta final ao Hamas, a comunidade internacional observa com atenção. A aceitação do cessar-fogo por Israel demonstra sua disposição de buscar a paz, mesmo após anos de ataques do Hamas. A liderança de Trump, com sua habilidade de unir partes em conflito, pode ser um divisor de águas, oferecendo uma chance para que a região avance em direção à estabilidade e à prosperidade.
Texas Reforça Segurança Nacional com Lei que Restringe Compra de Terras por Nações Adversárias
O estado do Texas deu um passo significativo para proteger seus recursos e soberania ao aprovar a Senate Bill 17 (SB 17), assinada pelo governador Greg Abbott em 20 de junho de 2025. A legislação, que entra em vigor em 1º de setembro de 2025, proíbe indivíduos, empresas e entidades governamentais de China, Rússia, Irã e Coreia do Norte de adquirir terras ou propriedades no estado. A medida, que abrange terras agrícolas, residências, propriedades comerciais, industriais, minerais e direitos hídricos, foi justificada como uma resposta a preocupações crescentes com a segurança nacional, especialmente diante de tentativas de aquisição de terras próximas a bases militares por parte de nações consideradas adversárias. A SB 17 é fundamentada no Relatório Anual de Avaliação de Ameaças de 2025 da Comunidade de Inteligência dos EUA, que identifica China, Rússia, Irã e Coreia do Norte como ameaças à segurança nacional. O governador Abbott, ao sancionar a lei, destacou sua importância: “Assinei a SB 17, a proibição mais rigorosa dos EUA para impedir a venda de nossas terras e propriedades a indivíduos e empresas de China, Irã, Coreia do Norte e Rússia. Trata-se de defender o Texas – nossa soberania, nossa segurança e nosso modo de vida.” A medida reflete uma postura firme em proteger os interesses do estado contra potenciais riscos de espionagem ou influência estrangeira, especialmente em áreas estratégicas como energia, agricultura e infraestrutura. A legislação inclui isenções específicas para cidadãos americanos, residentes permanentes legais e indivíduos com vistos válidos que desejem adquirir uma residência principal. Além disso, arrendamentos de curto prazo, com duração inferior a um ano, também são permitidos. Essas exceções buscam equilibrar a proteção da segurança com o respeito aos direitos de indivíduos que vivem legalmente nos EUA. O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, foi autorizado a investigar violações, que serão tratadas como crimes estaduais, com multas civis de até US$ 250 mil ou 50% do valor de mercado da propriedade, o que for maior. A iniciativa do Texas não é isolada. Pelo menos 25 estados americanos implementaram restrições semelhantes à propriedade de terras por entidades estrangeiras entre 2023 e 2024, segundo o Congressional Research Service. No Texas, a preocupação ganhou força após relatos de compras de terras por empresas chinesas próximas a bases militares, além de incidentes como a tentativa de dois cidadãos chineses de contrabandear patógenos biológicos para os EUA. “Quando países que se opõem à América possuem terras em nosso quintal, eles podem espionar, roubar segredos e se estabelecer bem debaixo de nossos narizes”, afirmou Michael Lucci, CEO da State Armor Action, em apoio à lei. Embora a medida tenha recebido amplo apoio entre legisladores republicanos, como o representante Cole Hefner, que destacou a proteção dos recursos naturais do Texas, críticos levantaram preocupações sobre possíveis discriminações. O deputado democrata Gene Wu alertou que a lei pode gerar um “efeito inibidor” contra asiáticos em geral, devido à dificuldade de distinguir nacionalidades ou status migratórios. Apesar disso, a SB 17 foi cuidadosamente redigida para basear as restrições no país de residência, e não na origem nacional, visando cumprir as leis federais de direitos civis. A clareza da legislação e suas isenções reforçam a intenção de proteger o estado sem prejudicar residentes legais ou cidadãos americanos. O Texas, que possui a maior quantidade de terras de propriedade estrangeira nos EUA – cerca de 5,7 milhões de acres, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA –, posiciona-se como líder em medidas de segurança fundiária. A SB 17 reflete uma abordagem proativa para garantir que os recursos estratégicos do estado permaneçam sob controle de quem respeita os valores e a segurança dos Estados Unidos, enviando uma mensagem clara de que a soberania local é inegociável.
Papa Leão XIV Enfatiza a Centralidade de Cristo em Meio a Ideologias Modernas
O Papa Leão XIV, em um discurso recente, afirmou que “Cristo não morreu na cruz para agradar ideologias modernas”, reforçando a missão da Igreja Católica de permanecer fiel aos ensinamentos do Evangelho. A declaração, feita durante uma homilia na Praça de São Pedro em 5 de julho de 2025, ressoou como um chamado à autenticidade cristã em um mundo marcado por polarizações e pressões culturais. O pontífice, cuja eleição em maio de 2025 marcou a ascensão do primeiro papa norte-americano, Robert Francis Prevost, tem se destacado por sua abordagem que combina firmeza doutrinal com um apelo à unidade e à caridade.A fala de Leão XIV veio no contexto de uma reflexão sobre a identidade cristã e o papel da Igreja em um mundo que, segundo ele, frequentemente reduz Jesus a figuras seculares, como um “líder carismático” ou “super-homem”. Ele destacou que a fé cristã não deve se curvar a tendências passageiras ou pressões ideológicas que contrariam os princípios do Evangelho. “Somos chamados a seguir Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida, e não a adaptar Sua mensagem para satisfazer modismos ou agendas contemporâneas”, afirmou o papa, citando João 14:6. A mensagem foi interpretada como um convite à coragem para os fiéis, especialmente em contextos onde a fé é vista como “absurda” ou “ultrapassada”.A escolha do nome Leão XIV, em homenagem a Leão XIII, autor da encíclica Rerum Novarum (1891), sinaliza a intenção do pontífice de equilibrar a defesa da tradição com a atenção às questões sociais. Como Leão XIII, que enfrentou os desafios da Revolução Industrial com uma visão de justiça social enraizada na fé, Leão XIV parece buscar um caminho que rejeite tanto o materialismo quanto ideologias que desviam a Igreja de sua missão espiritual. Sua formação agostiniana, marcada pela ênfase na interioridade e no serviço, reforça essa postura, como ele mesmo destacou ao citar Santo Agostinho: “Convosco sou cristão, para vós sou bispo.”O discurso também abordou a necessidade de a Igreja ser um “farol que ilumina as noites do mundo”, rejeitando a tentação de se conformar a valores como o “poder do prazer” ou o “sucesso a qualquer custo”. Leão XIV exortou os fiéis a viverem a caridade e a construir pontes de diálogo, mas sem comprometer a essência da mensagem cristã. Sua crítica às ideologias modernas foi acompanhada por um apelo à humildade e à fidelidade, valores que ele considera essenciais para enfrentar os desafios de um mundo em crise espiritual e social.A mensagem de Leão XIV tem encontrado eco entre aqueles que valorizam a clareza doutrinal e a resistência às pressões de uma cultura secularizada. Sua ênfase na centralidade de Cristo e na missão evangelizadora da Igreja reflete um compromisso com a preservação da fé em sua forma mais pura, enquanto mantém a porta aberta para o diálogo com o mundo contemporâneo. A escolha por um tom litúrgico e devocional, em vez de político, reforça sua intenção de unificar a Igreja em torno da cruz de Cristo, independentemente das divisões ideológicas que marcam o cenário global.
Reino Unido Reforça Capacidade Nuclear com Aquisição de Caças F-35A
O governo britânico anunciou, em 25 de junho de 2025, a compra de 12 caças F-35A Lightning II, fabricados pela Lockheed Martin, marcando o retorno da Royal Air Force (RAF) à capacidade de lançar armas nucleares a partir do ar, algo não visto desde o fim da Guerra Fria. A decisão, revelada durante a cúpula da OTAN em Haia, insere o Reino Unido na missão nuclear aérea da aliança, utilizando bombas táticas B61-12 armazenadas na Europa. A medida fortalece a dissuasão nuclear britânica em um contexto de crescentes tensões globais, especialmente com a Rússia, e reflete um alinhamento estratégico com aliados como Estados Unidos e França. Os caças F-35A, diferentemente dos F-35B já operados pelo Reino Unido, são projetados para missões nucleares, com capacidade de transportar internamente a bomba termonuclear B61-12, de baixo rendimento. Essa aquisição complementa o sistema de dissuasão nuclear Trident, baseado em submarinos, que atualmente é a única vertente nuclear britânica. O governo destacou que a medida responde à necessidade de se preparar para ameaças diretas ao território britânico, em um cenário global marcado por competição entre potências, agressões autoritárias e modernização de arsenais nucleares por países como Rússia e China. “Pela primeira vez em décadas, devemos nos preparar para a possibilidade de conflito em nosso solo”, afirmou o documento oficial do governo. A decisão também tem implicações econômicas, com a promessa de apoiar cerca de 20 mil empregos no Reino Unido, envolvendo mais de 100 empresas na cadeia de produção dos F-35. As aeronaves serão baseadas em RAF Marham, Norfolk, e integrarão a missão de Aeronaves de Dupla Capacidade (DCA) da OTAN, reforçando o compromisso britânico com a defesa coletiva prevista no Artigo V da aliança. O primeiro-ministro Keir Starmer enfatizou que, em uma era de incertezas, a paz não pode ser dada como garantida, justificando o investimento em defesa. Críticos, no entanto, apontam riscos na expansão nuclear. Alguns analistas, como os do jornal The Guardian, alertam que a presença de armas nucleares em caças aumenta o risco de acidentes aéreos com potencial radioativo, embora incidentes desse tipo nunca tenham causado contaminação significativa. Além disso, a dependência de bombas americanas B61, que exigem autorização conjunta dos EUA e do Reino Unido para uso, levanta questões sobre a autonomia estratégica britânica. A aquisição também ocorre em um momento de tensões diplomáticas, com especulações de que a compra visa fortalecer laços com os EUA, especialmente após declarações do presidente Donald Trump questionando o compromisso americano com a OTAN. O Reino Unido se junta a sete outros membros da OTAN, como Alemanha e Itália, que já operam aeronaves com capacidade nuclear. A decisão alinha o país com a França, que mantém capacidades nucleares aéreas, marítimas e terrestres, e reflete uma resposta às incertezas sobre o papel dos EUA na segurança europeia. A compra dos F-35A é parte de um plano maior de modernização das forças armadas britânicas, que inclui a renovação dos submarinos nucleares da classe Dreadnought e um aumento nos gastos com defesa para 5% do PIB até 2035, conforme meta da OTAN.
Trump Anuncia Novo Acordo Comercial com a China para Reduzir Tensões e Promover Comércio
Em 26 de junho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a assinatura de um novo acordo comercial com a China, descrito como um passo significativo para aliviar as tensões econômicas entre as duas maiores potências mundiais. O entendimento, finalizado após negociações em Londres, consolida um pacto preliminar alcançado em Genebra, em maio, que reduziu tarifas retaliatórias e estabeleceu um cronograma de 90 dias para negociações mais amplas. Trump celebrou o acordo como uma vitória para os trabalhadores e empresas americanas, destacando que ele garante o fornecimento de minerais de terras raras pela China e mantém o acesso de estudantes chineses às universidades dos EUA, enquanto preserva tarifas estratégicas para proteger a indústria nacional. As negociações, lideradas pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, resultaram em um “acordo-quadro” que reverte medidas punitivas adotadas por ambos os lados desde abril de 2025. A China concordou em suspender restrições à exportação de terras raras, essenciais para indústrias como automotiva, eletrônica e de defesa, enquanto os EUA removeram tarifas adicionais impostas em abril, mantendo, porém, uma tarifa base de 30% sobre produtos chineses, que inclui 25% de tarifas pré-existentes da primeira administração Trump. O acordo também prevê a retomada de compras chinesas de produtos agrícolas americanos e a continuidade do acesso de estudantes chineses às instituições educacionais dos EUA, uma medida que Trump destacou como benéfica para as relações bilaterais. O anúncio veio após meses de uma guerra comercial intensificada, iniciada quando Trump impôs tarifas de até 145% sobre importações chinesas, com a China retaliando com taxas de 125% e restrições a exportações de minerais críticos. O pacto de Genebra, em maio, reduziu essas tarifas para 30% (EUA) e 10% (China), mas a implementação enfrentou obstáculos, com Washington acusando Pequim de atrasar licenças de exportação de terras raras. As negociações em Londres, descritas como intensas por fontes próximas, culminaram em um compromisso mútuo de cumprir o acordado, embora detalhes adicionais dependam da aprovação final de Trump e do presidente chinês, Xi Jinping. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, classificou o acordo como um “avanço prático” para evitar uma ruptura econômica, enquanto o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, enfatizou a necessidade de diálogo baseado em “respeito mútuo”. O acordo tem sido visto como uma tentativa de estabilizar as relações comerciais, que impactam diretamente a economia global. A China, que controla cerca de 80% da produção mundial de terras raras, usou essas exportações como alavanca nas negociações, enquanto os EUA buscaram proteger sua indústria e reduzir o déficit comercial, que atingiu US$ 295,4 bilhões em 2024. Apesar do otimismo de Trump, que descreveu a relação com a China como “excelente”, analistas alertam que o acordo não resolve questões estruturais, como proteção de propriedade intelectual e barreiras não tarifárias, que continuam a desafiar as negociações. A imprensa chinesa, como a agência Xinhua, celebrou o entendimento como uma vitória diplomática, enquanto críticos nos EUA, como a ex-negociadora Wendy Cutler, sugerem que os ganhos são limitados, retornando as relações a um status quo anterior à escalada de tarifas. A iniciativa reflete a abordagem de Trump de usar tarifas como ferramenta de negociação, uma estratégia que, segundo ele, protege os interesses americanos e promove a reindustrialização. O acordo também sinaliza a intenção dos EUA de competir com a influência chinesa em cadeias de suprimento globais, especialmente em setores estratégicos como tecnologia e energia renovável. Enquanto as negociações prosseguem, com uma possível extensão do prazo de 90 dias para países que negociem de boa-fé, o impacto do acordo será avaliado pela sua capacidade de reduzir custos para empresas americanas e garantir estabilidade econômica em meio a um cenário global volátil.
Trump Celebra Acordo de Paz entre Congo e Ruanda como Marco para Estabilidade Global
Em 27 de junho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a assinatura de um acordo de paz mediado pelos EUA entre a República Democrática do Congo (RDC) e Ruanda, um marco para encerrar um conflito de três décadas na região dos Grandes Lagos, que resultou em milhões de mortes e deslocamentos. A cerimônia, realizada no Departamento de Estado em Washington, contou com a presença do secretário de Estado, Marco Rubio, e dos ministros das Relações Exteriores da RDC, Thérèse Kayikwamba Wagner, e de Ruanda, Olivier Nduhungirehe. Trump destacou a conquista como parte de uma série de sucessos diplomáticos, incluindo esforços para apaziguar tensões entre Índia e Paquistão e Israel e Irã, afirmando que “em poucos meses, alcançamos a paz em conflitos que pareciam insolúveis”. O acordo, assinado sob o nome preliminar de “Acordo de Washington”, compromete ambos os países a respeitar a soberania e a integridade territorial um do outro, cessar hostilidades e suspender o apoio a grupos armados, como o M23, acusado pela RDC e pela ONU de receber suporte de Ruanda, uma alegação que Kigali nega. O documento prevê a retirada de tropas ruandesas do leste do Congo em 90 dias e a criação de um mecanismo conjunto de coordenação de segurança em 30 dias, além de um quadro de integração econômica regional para atrair investimentos ocidentais em minerais estratégicos, como cobalto, cobre e lítio, abundantes na RDC. Trump destacou que o acordo beneficia não apenas a região, mas também os Estados Unidos, ao garantir acesso a minerais críticos, essenciais para tecnologias como veículos elétricos e smartphones, em um esforço para contrabalançar a influência chinesa no setor. Durante o evento no Salão Oval, Trump descreveu o tratado como “um triunfo glorioso”, enfatizando que a paz trará “esperança, harmonia e prosperidade” à região, que sofreu com a violência desde o genocídio de Ruanda em 1994. O conflito, que escalou com a ofensiva do M23 em 2025, capturando cidades como Goma e Bukavu, deixou milhares de mortos e deslocou mais de um milhão de pessoas desde janeiro. A ministra congolesa Wagner reforçou a importância do acordo, afirmando que “a paz é uma escolha e uma responsabilidade”, enquanto Nduhungirehe chamou a assinatura de um “ponto de virada”, embora tenha alertado que acordos anteriores não foram implementados. Ambos os lados expressaram compromisso com a desmobilização de grupos armados, incluindo as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), que Ruanda acusa o Congo de tolerar. A mediação dos EUA, apoiada pelo Catar, foi conduzida pelo conselheiro sênior para a África, Massad Boulos, que trabalhou diretamente com os presidentes Félix Tshisekedi, da RDC, e Paul Kagame, de Ruanda. A iniciativa começou em abril de 2025, com a assinatura de uma Declaração de Princípios, e culminou após intensas negociações que superaram impasses, como a exigência inicial do Congo por uma retirada imediata das tropas ruandesas. Trump, que se reuniu com os líderes no Salão Oval, anunciou que Tshisekedi e Kagame visitarão Washington em breve para finalizar o protocolo completo, reforçando o compromisso com a implementação. Ele também prometeu “penalidades severas” para qualquer violação do acordo, embora detalhes sobre a fiscalização permaneçam vagos. A conquista foi elogiada por aliados de Trump, que veem na diplomacia um exemplo de liderança prática e eficaz, priorizando resultados concretos em vez de retórica. O acordo também abre portas para investimentos americanos em uma região rica em recursos naturais, promovendo parcerias que, segundo Rubio, beneficiarão tanto os países africanos quanto os EUA. Apesar de críticas de analistas, como Denis Mukwege, que questionam a ausência de menções a justiça e reparações, a iniciativa é vista como um passo ousado para estabilizar uma área marcada por violência, corrupção e exploração de recursos, oferecendo uma chance de reconstrução econômica e social.










