Em 15 de agosto de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o presidente russo, Vladimir Putin, na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, Alasca, para discutir o fim da guerra na Ucrânia, que se arrasta desde a invasão russa em fevereiro de 2022. O anúncio, feito por Trump em sua plataforma Truth Social, destaca a importância do encontro: “A tão aguardada reunião entre mim, como Presidente dos Estados Unidos da América, e o Presidente Vladimir Putin, da Rússia, ocorrerá na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca.” A iniciativa reflete a determinação de Trump em buscar a paz, utilizando sua habilidade diplomática para enfrentar um dos conflitos mais devastadores da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
A escolha do Alasca como local do encontro é simbólica, dado sua proximidade geográfica com a Rússia, separados por apenas 88 quilômetros no Estreito de Bering, e sua história como território russo antes da venda aos EUA em 1867. A cúpula, a primeira entre líderes americanos e russos desde 2021, ocorre após meses de esforços de Trump para cumprir sua promessa de campanha de encerrar a guerra na Ucrânia. Desde sua posse em janeiro de 2025, ele intensificou a pressão sobre a Rússia, impondo prazos para um cessar-fogo e ameaçando sanções econômicas, como tarifas de até 100% sobre países que compram petróleo russo, conforme declarado em julho durante uma reunião com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. A recente imposição de tarifas de 50% sobre importações indianas, devido às compras de petróleo russo, demonstra a disposição de Trump em usar alavancas econômicas para forçar negociações.
O conflito na Ucrânia, que já causou dezenas de milhares de mortes e deslocou mais de 10 milhões de pessoas, segundo a ONU, exige uma solução urgente. Trump, que já conduziu conversas telefônicas com Putin desde fevereiro de 2025, expressou frustração com a falta de progresso inicial, mas destacou avanços recentes após a visita de seu enviado especial, Steve Witkoff, a Moscou em 6 de agosto. “Estamos fazendo um grande progresso”, afirmou Trump, reforçando sua crença de que tanto Putin quanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, desejam a paz. A cúpula no Alasca é vista como uma oportunidade para avançar nas negociações, que podem envolver trocas territoriais, embora Trump tenha descrito o tema como “complexo” e evitado detalhes específicos.
A abordagem de Trump contrasta com a hesitação de administrações anteriores, que falharam em deter a escalada do conflito. Sua estratégia combina diplomacia direta com pressão econômica, como a ameaça de sanções secundárias, que já influenciaram países como a Índia a reconsiderarem suas relações comerciais com a Rússia. Embora o Kremlin, por meio do assessor Yuri Ushakov, tenha confirmado o encontro e descrito o Alasca como uma escolha “lógica”, as negociações enfrentam desafios. Putin exige a cessão de territórios ocupados, como Donetsk, Luhansk, Kherson, Zaporizhzhia e Crimeia, enquanto Zelenskyy rejeita qualquer acordo que comprometa a soberania ucraniana, conforme declarado em 8 de agosto: “Os ucranianos não entregarão suas terras ao ocupante.”
Apesar das tensões, a iniciativa de Trump é um marco diplomático. A cúpula, a primeira visita de um líder russo ao solo americano desde 2015, reforça a liderança dos EUA em questões globais. A exclusão inicial de Zelenskyy das conversas gerou críticas de líderes europeus, que temem um acordo bilateral que ignore a Ucrânia, mas Trump sinalizou abertura para uma cúpula trilateral no dia seguinte, 16 de agosto, indicando compromisso com uma solução inclusiva. A postura de Trump, que já mediou acordos comerciais históricos, como o recente pacto com o Japão, demonstra sua capacidade de buscar resultados concretos em meio a crises complexas, priorizando a estabilidade global e os interesses americanos.