Mercado de Ações da China Sofre Tombo Histórico com Pior Queda Diária Desde 2008

O mercado de ações da China enfrentou uma queda dramática em 7 de abril de 2025, registrando sua pior perda diária desde a crise financeira global de 2008. O índice Shanghai Composite despencou 7,34%, fechando a 3.096,58 pontos, enquanto o Shenzhen Composite, que abrange empresas menores, caiu 10,79%, encerrando em 1.777,37 pontos. O CSI 1000, focado em small caps, sofreu um tombo ainda mais acentuado, recuando 11,39%. Esse colapso foi impulsionado pela intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos, após o “tarifaço” de Donald Trump, anunciado em 2 de abril, que impôs uma taxa base de 10% e uma sobretaxa de 44% às exportações chinesas, totalizando 54%.

A reação chinesa veio na sexta-feira, 4 de abril – quando os mercados locais estavam fechados por feriado –, com Pequim retaliando com tarifas de 34% sobre importações americanas. O impacto se fez sentir plenamente na reabertura, com volumes de negociação recordes refletindo o pânico dos investidores. O índice Hang Seng, de Hong Kong, também liderou as perdas na Ásia, caindo 13,22% para 19.828,30 pontos, o maior recuo diário desde a crise asiática de 1997. Posts no X corroboraram o sentimento de choque, com usuários descrevendo a queda como um marco histórico, enquanto o Diário do Grande ABC e o Estadão reportaram que o governo chinês prepara “esforços extraordinários” para mitigar os danos, incluindo possíveis cortes nas taxas de juros pelo Banco Popular da China (PBoC).

A turbulência reflete temores de uma recessão global, com o mercado chinês, já fragilizado por um crescimento vacilante, enfrentando agora o peso de uma guerra comercial em larga escala. A Central Huijin, fundo soberano estatal, interveio comprando ações para estabilizar o CSI 300, que ainda assim caiu 7,05%. Especialistas, como Tao Wang, do UBS, alertam que o impacto será “significativo”, especialmente em um momento em que Pequim luta para atingir suas metas de crescimento de 5% para 2025. Enquanto isso, o Ministério do Comércio chinês tenta tranquilizar empresas americanas como Tesla e Medtronic, prometendo apoio contínuo, mas a incerteza persiste diante da ausência de sinais de recuo por parte dos EUA. O tombo histórico de 7 de abril marca um divisor de águas, expondo a vulnerabilidade da economia chinesa em um cenário de tensões globais crescentes.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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