A Reserva Indígena de Dourados recebeu, nesta segunda-feira (23), dois caminhões-pipa destinados ao abastecimento emergencial das comunidades das aldeias Jaguapiru e Bororó, que há anos enfrentam uma grave crise de falta d’água. A entrega, que ocorreu graças a agilidade da Prefeitura de Dourados em buscar solução para o problema, foi realizada durante solenidade na Escola Guateka, na aldeia Jaguapiru, com a presença de autoridades estaduais, municipais e lideranças indígenas.
Os veículos foram adquiridos com recursos do Governo do Estado, em parceria com emenda parlamentar federal, e ficarão sob responsabilidade do Dsei-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul), que fará o abastecimento com água potável para atender residências sem acesso. Juntas, as duas aldeias somam aproximadamente 20 mil habitantes, mais do que 46 dos 79 municípios do Estado.
Durante o evento, o prefeito Marçal Filho destacou o esforço conjunto entre os poderes para viabilizar a aquisição. “É disso que precisamos, de um trabalho em conjunto, de soma de forças para avançar em todas as frentes”, disse o prefeito, que destacou recurso destinado pelo Governo do Estado e pelo deputado federal Geraldo Resende para aquisição dos dois caminhões-pipa.
Marçal Filho também lembrou que a Prefeitura de Dourados tem atuado em outras demandas, como o cascalhamento de estradas internas da Reserva e a construção da base do Samu Indígena na Jaguapiru, com previsão de início de atividades no início do próximo semestre.
Já o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, ressaltou que a entrega dos caminhões-pipa é uma medida emergencial, mas que soluções definitivas estão em andamento. “A implantação de um sistema de água encanada nas aldeias depende de um investimento de R$ 53 milhões, já previstos por meio de emendas parlamentares e articulações entre os governos”, explicou.
Capitães das comunidades indígenas, como Ramão Fernandes (Jaguapiru) e Reinaldo Arévalo (Bororó), agradeceram a ação e reforçaram a esperança em mudanças concretas. “Acredito que agora as coisas vão mudar, porque estão acontecendo várias ações integradas envolvendo diferentes esferas do poder público”, disse Arévalo.
