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Trump Nega Envolvimento dos EUA em Ataques ao Irã e Veta Plano Israelense contra Líder Supremo

O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, afirmou categoricamente que os EUA “não tiveram nada a ver” com os recentes ataques realizados por Israel contra o Irã, que intensificaram as tensões no Oriente Médio. Em meio a uma escalada de conflitos, com trocas de ataques de mísseis entre os dois países, Trump também vetou uma proposta israelense de assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, considerando-a uma ação que poderia inflamar ainda mais a região. Além disso, o presidente emitiu um alerta severo a Teerã, prometendo uma resposta militar “em níveis nunca vistos” caso o Irã ataque alvos americanos. A postura de Trump reflete um equilíbrio entre apoio a Israel, busca por desescalada e defesa resoluta dos interesses nacionais dos EUA, em linha com uma visão que prioriza a estabilidade e a soberania americana.

Os confrontos entre Israel e Irã, iniciados em 13 de junho de 2025, entraram em seu terceiro dia, com ataques israelenses visando instalações nucleares, depósitos de petróleo e alvos militares iranianos, enquanto o Irã respondeu com mísseis contra cidades como Tel Aviv e Haifa. Segundo autoridades iranianas, ao menos 224 pessoas morreram, majoritariamente civis, enquanto Israel reportou 14 mortes. As Forças de Defesa de Israel (IDF) descreveram suas ações como uma “ofensiva precisa e preventiva” contra o programa nuclear iraniano, considerado uma ameaça existencial. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que os ataques continuarão “pelo tempo necessário para eliminar a ameaça”, enquanto um porta-voz do governo iraniano prometeu uma resposta “decisiva e proporcional”.

Em um desenvolvimento significativo, Israel informou a Casa Branca sobre um plano “crível” para assassinar o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã e figura central do regime teocrático. Segundo fontes americanas, Trump rejeitou a proposta, argumentando que tal ação poderia desencadear uma guerra regional de proporções catastróficas. Um alto funcionário dos EUA destacou que “os iranianos ainda não mataram um americano”, sugerindo que atacar lideranças políticas seria desproporcional enquanto não houver agressões diretas contra os EUA. A decisão de Trump foi motivada pelo desejo de evitar um conflito mais amplo, especialmente após o cancelamento de negociações nucleares previstas para ocorrer em Omã. Apesar do veto, o governo americano mantém contato regular com Israel, oferecendo suporte defensivo contra os ataques iranianos, mas sem participar diretamente das operações ofensivas.

Em um post na plataforma Truth Social, Trump reiterou que os EUA não estão envolvidos nos ataques israelenses e emitiu um aviso direto ao Irã: “Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, a força total do Exército dos EUA será usada em níveis nunca vistos.” A declaração reforça a posição de Trump de proteger os interesses americanos, enquanto ele simultaneamente expressa otimismo sobre uma possível solução diplomática, afirmando que “Irã e Israel devem fazer um acordo e farão um acordo em breve”. Ele comparou a situação a supostas mediações bem-sucedidas entre Índia e Paquistão, embora tais alegações sejam contestadas por Nova Délhi. A postura de Trump combina firmeza contra ameaças com um apelo por negociações, refletindo sua promessa de campanha de ser um “presidente da paz”.

O conflito tem gerado preocupação global. Líderes do G7, reunidos no Canadá, discutem medidas para evitar uma escalada, enquanto o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, defendeu a diplomacia como a única forma de conter a ameaça nuclear iraniana. No Irã, Khamenei condenou os ataques israelenses, prometendo “não mostrar misericórdia” e alertando que qualquer agressão dos EUA seria respondida com um “forte golpe”. Apesar das tensões, o governo iraniano sinalizou, por meio de mediadores no Qatar e em Omã, que só negociará um cessar-fogo após completar sua resposta aos ataques israelenses. A situação permanece volátil, com o risco de um conflito mais amplo pairando sobre a região.

A abordagem de Trump, ao vetar o plano de assassinato e emitir advertências claras, demonstra uma estratégia que busca proteger os interesses dos EUA enquanto evita um envolvimento direto em um conflito potencialmente desastroso. Para leitores atentos, a mensagem implícita é de uma liderança que valoriza a força, mas também a prudência, priorizando a segurança nacional e a estabilidade global sem ceder a pressões para ações precipitadas que poderiam desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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