Elon Musk, CEO da Tesla, voltou a gerar polêmica ao acusar o magnata George Soros e outros bilionários de esquerda de orquestrarem ataques contra sua empresa por meio da plataforma de arrecadação de fundos ActBlue, ligada ao Partido Democrata dos EUA. Em uma postagem no X em 8 de março de 2025, Musk afirmou que uma investigação revelou cinco grupos financiados pela ActBlue — Troublemakers, Disruption Project, Rise & Resist, Indivisible Project e Democratic Socialists of America — como responsáveis por protestos contra a Tesla, que incluem atos de vandalismo e manifestações em mais de 50 locais nos EUA.
Segundo Musk, a ActBlue, que ele descreve como “uma plataforma de arrecadação do Partido Democrata financiada por Soros e outros bilionários de esquerda”, estaria canalizando recursos de doadores como Soros, Reid Hoffman (cofundador do LinkedIn), Herbert Sandler, Patricia Bauman e Leah Hunt-Hendrix para essas ações. Ele também destacou que a plataforma enfrenta uma investigação por supostamente aceitar doações ilegais estrangeiras, o que culminou na renúncia de sete altos funcionários, incluindo o conselheiro jurídico associado, na semana passada.
Os protestos, que intensificaram-se em 2025, envolvem desde piquetes pacíficos em concessionárias Tesla até ataques como o incêndio de sete estações de carregamento em Massachusetts e de Cybertrucks em Seattle. Os manifestantes, muitos ligados a movimentos de esquerda, criticam a influência de Musk no governo Trump, especialmente após sua nomeação para liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), e veem a Tesla como uma extensão de seu poder econômico e político.
Soros, por meio da Open Society Foundations, teria doado mais de US$ 7,6 milhões a grupos associados a essas ações, segundo fontes próximas a Musk, embora a fundação negue envolvimento direto nos protestos. Reid Hoffman, por sua vez, rejeitou as acusações, chamando-as de “mais uma alegação falsa” de Musk e apontando que a raiva pública contra o bilionário é reflexo de suas próprias ações. Não há, até o momento, evidências independentes que confirmem as conexões exatas alegadas por Musk.
O embate reflete a polarização crescente em torno de Musk, cuja proximidade com Trump e críticas a políticas progressistas têm irritado setores da esquerda americana, enquanto sua empresa enfrenta boicotes e queda de 25% no valor das ações desde o início dos protestos.