A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) alocou aproximadamente R$ 1,5 milhão de suas emendas parlamentares para a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong). A Abong presta serviços de assessoria à Frente Parlamentar Mista LGBT+, criada e presidida pela própria deputada.
Os recursos foram distribuídos em três áreas principais:
- Empoderamento e capacitação da comunidade LGBTQIA+: R$ 638,6 mil destinados a iniciativas de formação política e promoção da cidadania.
- Fortalecimento das paradas LGBTQIA+: R$ 522,1 mil para apoiar eventos que simbolizam a resistência e visibilidade da comunidade.
- Advocacy e colaboração com a Frente Parlamentar LGBTQIA+: R$ 319,2 mil para campanhas de conscientização e lobby legislativo.
O primeiro repasse, de R$ 493,3 mil, ocorreu em janeiro de 2025, com parcelas subsequentes previstas para abril e agosto do mesmo ano. Esses fundos cobrem despesas administrativas, operacionais, hospedagens, passagens e produção de materiais educativos.
A destinação de emendas para organizações que prestam serviços diretos ao parlamentar levanta questões sobre possíveis conflitos de interesse. O vereador Lucas Pavanato apresentou uma denúncia ao Ministério Público, argumentando que tal prática pode violar os princípios de impessoalidade e moralidade na administração pública.