O governo britânico implementou novas diretrizes que impedem migrantes que ingressam ilegalmente no país, especialmente por meio de pequenos barcos ou escondidos em veículos, de obter a cidadania britânica. A medida, anunciada pelo Ministério do Interior, visa desencorajar travessias perigosas e ilegais, afetando cerca de 70 mil refugiados que anteriormente poderiam solicitar a cidadania após dez anos de residência.
Críticos, incluindo parlamentares e organizações de caridade, condenam a política por criar uma classe de “cidadãos de segunda classe” e por potencialmente violar convenções internacionais de refugiados. A deputada Stella Creasy destacou a injustiça da medida, enquanto líderes religiosos e sindicais expressaram preocupações sobre o impacto social e a coesão comunitária.
O Ministério do Interior defende a mudança como parte de uma estratégia mais ampla para combater a imigração ilegal e reforçar a integridade das fronteiras do Reino Unido. No entanto, especialistas alertam que a medida pode exacerbar divisões sociais e não aborda as causas subjacentes das travessias perigosas.