O governo federal, por meio do Ministério da Defesa, anunciou uma licitação no valor de R$ 180 milhões destinada ao fornecimento de alimentação para imigrantes venezuelanos. O objetivo é contratar uma empresa responsável pela distribuição de refeições aos beneficiários da Força-Tarefa Logística Humanitária, vinculada à Operação Acolhida, que atua nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima.
A iniciativa ocorre em um momento delicado, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspender o financiamento da Organização Internacional para as Migrações (OIM), órgão da ONU que apoia a Operação Acolhida. Em resposta, o governo brasileiro está adotando medidas emergenciais, como a realocação de servidores das áreas de saúde, assistência social, Polícia Federal e Defesa, para garantir a continuidade das atividades essenciais.
Atualmente, o serviço de alimentação é prestado pela empresa Paladar Nutri, com um contrato firmado em 2023 no valor de R$ 102 milhões. Com as modificações no edital, o valor total dos itens licitados deverá alcançar aproximadamente R$ 180 milhões, representando um aumento de 76%. A Paladar Nutri solicitou a suspensão do processo licitatório, alegando que as alterações no edital comprometem avanços e práticas estabelecidas, podendo prejudicar a qualidade da alimentação fornecida aos refugiados.
Em 2024, outro processo licitatório da Operação Acolhida foi suspenso pela Justiça Federal do Amazonas devido a suspeitas de irregularidades.
