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EUA Reforçam Presença Militar em Diego Garcia com Bombardeiros B-2 Spirit

Os Estados Unidos intensificaram sua presença militar no Oceano Índico ao deslocar aproximadamente sete bombardeiros stealth B-2 Spirit para a base aérea de Diego Garcia, um território britânico estratégico que abriga uma instalação militar conjunta com os EUA. Acompanhando os bombardeiros, um amplo suporte aéreo, incluindo aviões de reabastecimento e transporte, foi mobilizado, colocando o Iêmen e o Irã dentro do raio operacional dessas aeronaves. Além disso, dois grupos de porta-aviões já estão posicionados na região, ampliando a capacidade de projeção de força americana.

Diego Garcia, localizada a cerca de 3.600 quilômetros do Iêmen e 3.800 quilômetros do Irã, é um ponto-chave para operações de longo alcance. Os B-2 Spirit, únicos no arsenal dos EUA por sua capacidade de penetrar defesas aéreas avançadas com tecnologia furtiva, têm um alcance de aproximadamente 11.000 quilômetros sem reabastecimento, podendo ser estendido com apoio de tankers. Esses bombardeiros são capazes de carregar até 18 toneladas de munições, incluindo o Massive Ordnance Penetrator (MOP) de 13,6 toneladas, projetado para destruir alvos fortificados e subterrâneos, como instalações nucleares ou bunkers.

A movimentação coincide com o aumento das tensões no Oriente Médio. No Iêmen, os EUA têm conduzido ataques contra os Houthis, grupo apoiado pelo Irã que intensificou suas ações contra navios no Mar Vermelho e lançou mísseis contra Israel. Em outubro de 2024, B-2s já foram utilizados para atingir depósitos de armas subterrâneos dos Houthis, demonstrando sua eficácia em operações precisas. Enquanto isso, o Irã enfrenta pressões renovadas do governo Trump, que emitiu alertas sobre seu programa nuclear e apoio a milícias regionais. A presença de dois grupos de porta-aviões – possivelmente incluindo o USS Harry S. Truman e o USS Carl Vinson, conforme reportado por fontes militares – reforça a capacidade de resposta rápida e sustentada.

A base em Diego Garcia oferece uma vantagem estratégica significativa: sua localização remota a coloca fora do alcance dos mísseis balísticos iranianos, estimados em até 2.000 quilômetros, e dos drones Houthis, tornando-a um ponto de lançamento seguro. Imagens de satélite recentes, analisadas por especialistas em inteligência de código aberto, confirmaram a chegada de pelo menos três B-2s, com especulações de que outros quatro possam estar em hangares climatizados na ilha. Junto aos bombardeiros, foram observados aviões de transporte C-17 Globemaster III e pelo menos sete KC-135 Stratotankers, essenciais para missões de longa distância.

Esse posicionamento reflete uma postura de dissuasão e prontidão. A combinação de B-2s com porta-aviões sugere que os EUA estão preparados para uma gama de cenários, desde ataques cirúrgicos contra alvos específicos até operações mais amplas. Embora não haja confirmação oficial de planos iminentes contra o Irã ou uma escalada no Iêmen, a concentração de forças sinaliza uma mensagem clara de capacidade militar. O Departamento de Defesa dos EUA mantém silêncio sobre os objetivos exatos, mas a escala dessa mobilização é vista como incomum, mesmo em comparação com operações anteriores na região, como as campanhas no Afeganistão e no Iraque, que também usaram Diego Garcia como base.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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