Na quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025, Elon Musk usou sua conta no X para criticar duramente a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), acusando-a de interferir em governos estrangeiros e promover políticas “radicais de esquerda” que, segundo ele, são contrárias aos interesses americanos. Em uma série de posts, Musk afirmou: “A USAID está infiltrada por ideologias que gastam bilhões em projetos antiamericanos, como apoiar movimentos de esquerda em países vulneráveis. É hora de acabar com isso.” A declaração, que rapidamente viralizou, gerou debate nas redes sociais e foi amplamente noticiada por veículos como Reuters e Politico.
A USAID, criada em 1961, é a principal agência americana de ajuda externa, responsável por projetos de desenvolvimento, combate à pobreza e apoio a reformas democráticas em mais de 100 países. No entanto, desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, a agência tem enfrentado críticas crescentes de conservadores, que a acusam de ser um “braço ideológico” da esquerda. Musk, que agora integra o conselho do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) ao lado de Vivek Ramaswamy, reforçou sua posição ao postar: “Eles estão financiando agendas que minam governos aliados e empurram narrativas culturais que ninguém pediu.” Ele não forneceu detalhes específicos, mas citou exemplos genéricos, como “programas de gênero” e “ONGs progressistas”, que, segundo ele, desvirtuam a missão original da agência.
As acusações de Musk ecoam críticas anteriores feitas por Trump e aliados, que, em 2024, ameaçaram fechar a USAID por considerá-la “politicamente parcial”. Em outubro de 2024, o presidente havia sugerido que a agência poderia ser substituída por uma estrutura mais alinhada à sua visão, conforme reportado pelo Washington Post. A declaração de Musk ganhou tração após uma audiência no Congresso, em fevereiro de 2025, onde legisladores republicanos questionaram o uso de US$ 58 bilhões anuais da USAID, exigindo maior transparência. Um relatório interno, vazado ao Fox News no mesmo mês, revelou que 15% do orçamento da agência foi alocado para projetos de “inclusão social”, como direitos LGBTQ+ e igualdade de gênero, o que alimentou as críticas de conservadores.