A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em colapso, e os números não mentem. Uma pesquisa recente da Genial/Quaest, realizada entre 19 e 23 de fevereiro de 2025, revela um cenário alarmante para o governo petista: a desaprovação ao seu terceiro mandato disparou em oito estados-chave, que juntos representam 62% do eleitorado nacional. Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, 69% dos entrevistados rejeitam a gestão atual. No Rio de Janeiro, 64% dizem “não” ao desempenho do presidente, enquanto em Minas Gerais o índice chega a 63%. Até mesmo na Bahia e em Pernambuco, tradicionais redutos de apoio ao PT, a desaprovação ultrapassou a aprovação pela primeira vez, alcançando 51% e 50%, respectivamente.
O quadro não melhora em outras regiões. No Paraná, 68% dos eleitores desaprovam Lula, e no Rio Grande do Sul o número é de 66%. Goiás lidera a lista com impressionantes 70% de rejeição, consolidando uma onda de insatisfação que atravessa o Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Esses dados, coletados com mais de 6 mil entrevistados em oito estados — Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo —, mostram que o descontentamento não é isolado, mas um reflexo de uma crise de confiança crescente.
Por trás desses números está a percepção de promessas não cumpridas. A esperança que Lula vendeu em 2022 parece ter se transformado em frustração. A economia, marcada por alta nos preços dos alimentos e estagnação, pesa contra o governo. Em estados como São Paulo e Goiás, mais de 90% dos entrevistados afirmaram que os custos de vida subiram no último mês, um golpe direto no bolso do cidadão comum. Além disso, decisões polêmicas e a sensação de que o Brasil está na “direção errada” — opinião de 67% em São Paulo e 68% em Goiás — amplificam o desgaste.
A base histórica de Lula no Nordeste também dá sinais de erosão. Na Bahia, a aprovação caiu 19 pontos desde dezembro de 2024, enquanto em Pernambuco despencou 16 pontos. Para muitos, isso é um alerta de que o governo perdeu conexão com o povo que o elegeu. Enquanto isso, a oposição observa o cenário com atenção, sabendo que a insatisfação popular pode abrir caminho para mudanças drásticas em 2026.