O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou que seu governo não renovará o “memorando de entendimento” com a China, marcando uma reorientação na política externa do país. A decisão foi comunicada logo após uma reunião com o senador norte-americano Marco Rubio, um dos principais defensores de uma postura mais firme contra a influência chinesa na América Latina.
Mudança de rumo nas relações internacionais
O Panamá, que nos últimos anos aprofundou laços com Pequim, agora sinaliza um distanciamento estratégico. O memorando de entendimento, assinado em administrações anteriores, visava fomentar investimentos chineses em infraestrutura e comércio, mas vinha sendo alvo de críticas por parlamentares e analistas que alertavam para os riscos da dependência econômica de Pequim.
Pressões e influência dos EUA
A decisão de Mulino ocorre em um momento em que os Estados Unidos reforçam sua influência na região, buscando conter a expansão chinesa. Marco Rubio, conhecido por sua posição dura contra o Partido Comunista Chinês, celebrou a postura do Panamá, destacando a importância da aliança entre Washington e países estratégicos da América Latina.
Impacto para o Panamá
O rompimento do acordo pode impactar projetos de infraestrutura e comércio, mas Mulino argumenta que a soberania nacional e os interesses do país devem estar acima de qualquer dependência estrangeira. Além disso, especialistas apontam que o Panamá pode estreitar ainda mais suas relações com os EUA, garantindo investimentos e parcerias alternativas.
China reage com descontentamento
A decisão do Panamá certamente não passará despercebida por Pequim. O governo chinês, que tem buscado expandir sua influência na América Latina por meio da Iniciativa do Cinturão e Rota, pode adotar medidas retaliatórias, como a redução de investimentos ou restrições comerciais. No entanto, a sinalização do Panamá reflete um realinhamento geopolítico que fortalece os laços do país com o Ocidente.