Entre 2020 e 2024, o Valor da Produção Mineral (VPM) de Mato Grosso do Sul somou R$ 11,8 bilhões, consolidando a mineração como um setor estratégico para a economia do estado.
Em 2024, o estado foi o 10º maior arrecadador de royalties de mineração no Brasil, com R$ 69,1 milhões — uma queda de 16,3% em relação ao ano anterior, causada pela escassez hídrica na hidrovia do Rio Paraguai, que impactou o escoamento de minérios.
O município de Corumbá se destacou, com a produção mineral de R$ 1,43 bilhão e o pagamento de R$ 46,2 milhões em royalties em 2024. A região se tornou um importante polo de produção de ferro, manganês, calcários e outros minerais.
O secretário Jaime Verruck destacou o compromisso do estado com investimentos robustos e práticas sustentáveis na mineração, e enfatizou que a escassez hídrica afetou a navegação, sobrecarregando a BR-262, rodovia que tem sido essencial para o escoamento de minérios.
Investimentos Importantes:
- O Grupo J & F (Lhg Mining) investiu R$ 5,5 bilhões nas cidades de Corumbá e Ladário para expandir a mineração de ferro e manganês.
- A Mineradora Vetorial, em Corumbá, tornou-se a primeira no Centro-Oeste a produzir gusa verde, uma forma de ferro-gusa com baixo impacto ambiental.
Desafios e Sustentabilidade: Apesar do crescimento, a infraestrutura da BR-262 enfrenta desafios, com mais de 700 caminhões transportando minério diariamente, o que preocupa o governo estadual. Além disso, o governo, em parceria com a Agência Nacional de Mineração, tem realizado vistorias para garantir a segurança das barragens e medidas de combate a incêndios nas mineradoras.
O coordenador de Mineração da Semadesc, Eduardo Pereira, reforçou a importância de um crescimento sustentável no setor e a necessidade de investimento na hidrovia do Rio Paraguai para o escoamento adequado dos minérios e o desenvolvimento da região.