A região central de São Paulo, marcada por décadas pela presença da Cracolândia – uma área conhecida pelo consumo aberto de drogas, especialmente crack, e pela concentração de pessoas em situação de vulnerabilidade – vive um momento de transformação. Sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas, iniciada em 2023, uma série de ações coordenadas entre o governo estadual e a prefeitura da capital resultou na significativa redução do fluxo de usuários na Rua dos Protestantes, ponto central da Cracolândia, que amanheceu praticamente vazia em 13 de maio de 2025. Embora o governador e o vice-governador Felicio Ramuth evitem declarar o fim definitivo da Cracolândia, as iniciativas implementadas, que combinam repressão ao crime organizado, assistência social e revitalização urbana, são apontadas como um avanço na abordagem de um problema social complexo, refletindo o compromisso com a segurança e a dignidade, valores essenciais para uma sociedade que busca ordem e prosperidade.
As ações começaram a ganhar força em 2024, com a Operação Saúde e Dignidade, coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Em agosto de 2024, 45 estabelecimentos comerciais, como hotéis, bares e ferros-velhos, foram fechados por integrarem o “ecossistema criminoso” ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que lucrava com o tráfico e atividades ilícitas na região, segundo o promotor Lincoln Gakiya em entrevista ao UOL News. A operação, que lacrou cerca de 100 imóveis, desarticulou a economia que sustentava o fluxo, reduzindo o número de usuários de cerca de 1.000 para aproximadamente 53 em períodos de pico, conforme dados do MP-SP. Tarcísio, em entrevista à rádio Massa FM em 12 de maio de 2025, destacou que sua gestão “fez o que ninguém teve coragem de fazer”, reforçando o compromisso de atacar as raízes do problema, como a especulação imobiliária e o crime organizado.
A abordagem de Tarcísio, que combina segurança, assistência e urbanização, reflete uma tentativa de enfrentar o problema em suas múltiplas dimensões, buscando restaurar a dignidade de uma região historicamente marcada pela exclusão e pela violência.