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Putin e Enviado de Trump Discutem Possível Cessar-Fogo na Ucrânia em São Petersburgo

O presidente russo, Vladimir Putin, reuniu-se com Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em São Petersburgo, em 11 de abril de 2025, para discutir caminhos para um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia. O encontro, que durou mais de quatro horas, ocorreu na biblioteca presidencial da cidade e foi descrito pelo Kremlin como focado em “aspectos de um acordo para a Ucrânia”. A iniciativa reflete os esforços de Trump para mediar uma solução para o conflito, que já dura mais de três anos, mas também evidencia as dificuldades de conciliar posições opostas entre Moscou, Kiev e aliados ocidentais.

Witkoff, um empresário do setor imobiliário sem experiência diplomática formal, emergiu como figura central nas negociações de Trump, que desde o início de seu segundo mandato, em janeiro, busca um acordo rápido para encerrar a guerra. O presidente americano pressiona por um cessar-fogo imediato, propondo uma pausa de 30 dias nas hostilidades, já aceita por Kiev, mas ainda sem aval de Putin. O líder russo condiciona avanços à retirada de sanções ocidentais e à resolução de questões como o controle de quatro regiões ucranianas – Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson – anexadas ilegalmente por Moscou em 2022, uma exigência rejeitada por Kiev.

A reunião em São Petersburgo, a terceira entre Witkoff e Putin em dois meses, ocorre em um momento de tensões. Trump expressou frustração com a falta de progresso, escrevendo em sua plataforma Truth Social que “a Rússia precisa agir” para deter as mortes, que ele estima em milhares por semana. Enquanto isso, aliados da Ucrânia, reunidos na mesma data em Bruxelas, anunciaram mais ajuda militar a Kiev e questionaram a disposição de Moscou para a paz. O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que “a agressão contínua da Rússia sugere que a paz está distante”, destacando ataques recentes, como o bombardeio em Kryvyi Rih, que matou 20 pessoas, incluindo nove crianças.

O diálogo entre Witkoff e Putin também abordou a possibilidade de um encontro direto entre Trump e o presidente russo, embora o Kremlin tenha minimizado expectativas de avanços imediatos, classificando a visita como “não monumental”. A presença de Kirill Dmitriev, enviado econômico de Putin, nas conversas alimentou especulações sobre possíveis acordos comerciais, como investimentos conjuntos no Ártico, mas esses temas permanecem secundários diante do impasse militar. Dados do Centro para Ação Preventiva indicam que a Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano, majoritariamente no leste, o que fortalece a posição de Moscou nas negociações, enquanto Kiev insiste na soberania total.

O encontro reflete um esforço delicado para equilibrar diplomacia e pressão, com Trump apostando na reaproximação com a Rússia, enquanto enfrenta críticas de aliados europeus preocupados com possíveis concessões ao Kremlin. A busca por paz na Ucrânia continua marcada por desconfianças mútuas, mas a persistência do diálogo sinaliza um desejo, ao menos retórico, de evitar a escalada de um conflito que já custou centenas de milhares de vidas.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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