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Trabalhador Britânico Demitido por Condenar Hamas Choca o Reino Unido

No Reino Unido, um caso envolvendo liberdade de expressão e políticas corporativas ganhou destaque e provocou indignação. Damon Joshua, funcionário da Severn Trent Water, uma das maiores empresas de água e esgoto da Inglaterra e do País de Gales, foi demitido após publicar uma mensagem no site interno da companhia condenando o Hamas pelo massacre de 7 de outubro de 2023. O episódio, relatado pelo jornal The Telegraph no último domingo, ocorreu no aniversário de um ano do ataque, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns em Israel, segundo dados oficiais. Joshua, que trabalhava na manutenção do sistema de esgoto, foi suspenso imediatamente após a postagem e, posteriormente, dispensado sem aviso prévio por “má conduta grave” após uma audiência disciplinar.

Na mensagem, Joshua escreveu: “Há um ano, nossos valiosos parceiros e amigos, Israel, foram horrivelmente atacados por um grupo de terroristas violentos e repugnantes. Posso dizer com confiança que a grande maioria dos funcionários da Severn Trent Water está solidária com nossos colegas judeus, israelenses e sionistas contra o mal do terror islamista”, acompanhando o texto com uma imagem da bandeira de Israel. A publicação foi removida em poucas horas após reclamações internas de que as palavras usadas eram “muito depreciativas” e o conteúdo “unilateral”. Três funcionários, incluindo alguns com perspectivas muçulmanas ou palestinas, alegaram que o texto causou “ofensa significativa”, segundo documentos obtidos pelo The Telegraph. A empresa justificou a demissão afirmando que a postagem violou políticas internas de inclusão e diversidade, além de sugerir apoio a uma postura geopolítica específica.

O caso gerou reações intensas. Joshua, que desde então encontrou outro emprego, descreveu a experiência como “extremamente estressante” e destacou a distinção que tentou fazer entre terrorismo islamista e a religião islâmica, enfatizando que o Hamas, classificado como organização terrorista pelo governo britânico, não representa todos os muçulmanos. A Severn Trent Water, por sua vez, declarou que o incidente não é isolado, citando um histórico de Joshua postando conteúdos sensíveis sobre temas como gênero, sexualidade e raça em um fórum interno supostamente apolítico, apesar de advertências anteriores. A empresa negou veementemente apoiar qualquer lado em conflitos geopolíticos e reforçou seu compromisso com uma cultura inclusiva.

A demissão reacendeu debates sobre os limites da liberdade de expressão no ambiente de trabalho. O Free Speech Union, que representou Joshua, classificou o caso como um dos mais graves exemplos de “cultura do cancelamento” entre os 3.500 que já analisou, questionando como condenar uma organização terrorista reconhecida pode resultar em punição. Dados do governo britânico confirmam que o Hamas é oficialmente listado como grupo terrorista desde 2001, o que torna a decisão da empresa ainda mais controversa aos olhos de críticos. Enquanto isso, o episódio expõe uma crescente tensão no Reino Unido entre políticas corporativas de diversidade e o direito dos indivíduos de expressar opiniões sobre eventos globais.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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