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Pais São Presos no Reino Unido Após Críticas à Escola em Grupo de WhatsApp

No Reino Unido, um caso recente chamou a atenção por seu impacto na liberdade de expressão e no uso da força policial. Maxie Allen e Rosalind Levine, pais de uma menina de nove anos, foram detidos por oito horas em uma cela após expressarem críticas à liderança da escola primária Cowley Hill, em Borehamwood, Hertfordshire, em um grupo privado de WhatsApp. O incidente, que ocorreu em 29 de janeiro de 2025, envolveu a chegada de seis policiais uniformados à residência do casal, que foi algemado diante de sua filha, gerando um debate acalorado sobre os limites da comunicação entre pais e instituições educacionais.

Tudo começou em maio de 2024, quando Maxie Allen, ex-membro do conselho da escola, questionou por que o processo de recrutamento para um novo diretor não havia sido iniciado, meses após o anúncio da aposentadoria do antigo titular. Suas perguntas, enviadas por e-mail aos governadores da escola, não foram respondidas. Em vez disso, Jackie Spriggs, presidente do conselho, emitiu uma carta aos pais alertando que a escola tomaria medidas contra quem causasse “desarmonia”. Allen e Levine, então, usaram o grupo de WhatsApp para desabafar sobre o que consideraram uma reação exagerada, incluindo um comentário de Levine sugerindo que a diretora interina, Louise Thomas, estava sensível demais a críticas nas redes sociais.

A escola, sentindo-se incomodada com o volume de e-mails — cerca de 45 trocas em seis meses — e com os comentários no WhatsApp, buscou orientação policial. A polícia de Hertfordshire agiu, acusando o casal de suspeita de assédio, comunicações maliciosas e perturbação na propriedade escolar, apesar de os dois estarem proibidos de entrar no local desde julho do ano anterior. Após 11 horas na delegacia de Stevenage, incluindo interrogatórios, eles foram liberados à meia-noite sem acusações formais, mas o trauma permaneceu. Allen descreveu a ação como “um pesadelo” e uma tentativa de “silenciar pais inconvenientes”, enquanto Levine relatou o choque de ver seis policiais em sua porta, temendo inicialmente pela segurança de sua filha.

A investigação, que durou cinco semanas, concluiu que não havia caso a ser respondido, mas o incidente levanta questões sobre o uso de recursos policiais e a proteção da liberdade de crítica. A escola justificou sua ação alegando que a correspondência e os posts públicos estavam “perturbando” funcionários e governadores. Dados oficiais mostram que Hertfordshire registrou mais de 3.000 casos de comunicações maliciosas em 2023, mas poucos escalam para prisões tão dramáticas, sugerindo que este caso pode ter sido tratado com rigor incomum.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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