Em 17 de março de 2025, durante a nona edição da Conferência de Bruxelas, intitulada “Apoio à Síria: Atendendo às Necessidades para uma Transição Bem-Sucedida”, países da União Europeia (UE) e outros doadores internacionais prometeram €5,8 bilhões em ajuda à Síria e aos países vizinhos que acolhem refugiados sírios. O anúncio, liderado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, incluiu uma contribuição direta da UE de €2,5 bilhões para 2025 e 2026, destinada a apoiar a transição política, a recuperação socioeconômica e as necessidades humanitárias no país e na região. A conferência, realizada em Bruxelas, marcou a primeira participação de um representante oficial do governo interino sírio, o ministro das Relações Exteriores Asaad Hassan al-Shibani, após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024.
A promessa de ajuda ocorre em um momento de controvérsia, logo após relatos de perseguições contra minorias religiosas e étnicas na Síria. Desde o início de março, grupos armados ligados ao Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que assumiu o poder, têm sido acusados de ataques sectários, especialmente contra alauítas e cristãos. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos reportou que confrontos na costa mediterrânea síria resultaram em cerca de 1.500 mortes de civis, muitos deles alauítas, entre 8 e 12 de março, desencadeados por uma emboscada de milícias pró-Assad contra forças do novo governo. Em Damasco, caminhões com alto-falantes teriam circulado por bairros cristãos, como Bab Sharqi, pedindo conversão ao Islã e tocando hinos jihadistas, segundo testemunhas citadas por outlets como o Shafaq News.