Centenas de manifestantes saíram às ruas de Bucareste no domingo, 9 de março de 2025, para protestar contra a rejeição da candidatura do ultradireitista Calin Georgescu à eleição presidencial marcada para maio. A decisão, tomada pelo Departamento Central das Eleições (BEC) da Romênia, impediu o político de 62 anos de concorrer ao pleito suplementar, após sua vitória no primeiro turno em novembro de 2024 ser anulada pelo Tribunal Constitucional devido a alegações de interferência russa.
Georgescu, que alcançara 23% dos votos na votação cancelada, reagiu com indignação, chamando a medida de “um golpe direto no coração da democracia mundial”. Em uma postagem no X, ele alertou: “Se a democracia na Romênia cair, o mundo democrático inteiro cairá. Isso é só o começo. A Europa agora é uma ditadura, a Romênia está sob tirania.” Seus apoiadores ecoaram o discurso, gritando “Liberdade” e “Ladrões” em frente à sede do BEC, com tentativas de romper o cordão policial sendo contidas pelas forças de segurança.
A anulação do pleito original, em dezembro de 2024, veio após documentos do Conselho de Segurança Nacional apontarem manipulação digital, incluindo uma campanha no TikTok que impulsionou Georgescu de 5% nas pesquisas para a liderança no primeiro turno. O governo romeno acusou a Rússia de orquestrar a interferência, o que Moscou negou. A nova eleição foi remarcada para 4 de maio, com eventual segundo turno em 18 de maio, mas a exclusão de Georgescu reacendeu tensões políticas.