Os Estados Unidos emitiram uma condenação veemente contra os “terroristas islamistas radicais, incluindo jihadistas estrangeiros”, responsáveis por uma onda de assassinatos no oeste da Síria entre 6 e 8 de março de 2025. Em comunicado divulgado no domingo, 9 de março, o Secretário de Estado Marco Rubio destacou que os ataques, que deixaram mais de mil mortos em apenas 48 horas segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), visaram comunidades vulneráveis, incluindo as minorias religiosas e étnicas do país.
Rubio afirmou que os EUA “estão ao lado das comunidades cristã, drusa, alauíta e curda”, oferecendo condolências às vítimas e suas famílias. Ele instou as autoridades interinas da Síria, lideradas por Ahmed al-Sharaa do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), a responsabilizar os perpetradores desses atos, descritos como “massacres” contra civis. A violência, concentrada em áreas como Latakia e Tartus, foi desencadeada por um ataque de milícias pró-Assad contra forças de segurança, seguido por uma resposta brutal do HTS e seus aliados, resultando em execuções sumárias e atrocidades contra os alauítas, historicamente ligados ao regime de Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024.
O posicionamento americano reflete uma mudança de tom após a queda de Assad, antes saudada por alguns líderes ocidentais, mas agora marcada por preocupações com a escalada sectária. A ausência de uma força policial estruturada sob o governo interino dificulta a contenção dos grupos armados, enquanto protestos em Damasco contra os assassinatos foram reprimidos com disparos. O apoio declarado às minorias sinaliza um esforço dos EUA para proteger esses grupos em meio ao vácuo de poder na Síria, enquanto o HTS busca legitimidade internacional.