Rumores recentes sugerem que o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, estaria considerando o envio de soldados portugueses à Ucrânia, uma possibilidade que tem gerado intensa discussão tanto em Portugal quanto no cenário internacional. A especulação ganhou força após postagens no X em 6 e 7 de março de 2025, afirmando que tal decisão seria interpretada pelo presidente russo, Vladimir Putin, como uma “declaração de guerra” contra a Rússia, dado que Portugal é membro da OTAN. Até o momento, porém, não há confirmação oficial de tal plano por parte do governo português, o que torna a informação incerta e dependente de verificação.
A origem dessa narrativa parece estar ligada a debates mais amplos na Europa sobre o envolvimento militar na Ucrânia, especialmente após declarações de líderes como o presidente francês Emmanuel Macron, que não descartou o envio de tropas ocidentais ao conflito. Putin, por sua vez, tem reiterado que a presença de forças da OTAN em solo ucraniano seria vista como uma escalada direta, prometendo respostas severas. Em um discurso em 6 de março de 2025, ele alertou que qualquer intervenção militar de países da aliança atlântica seria tratada como um ato hostil contra a Rússia, conforme amplamente reportado por fontes como o Daily Mail.
No caso de Portugal, o país tem se limitado historicamente a oferecer apoio à Ucrânia por meio de ajuda humanitária, financeira e militar não letal, além de equipamentos como os tanques Leopard 2A6 enviados em 2023. Em maio de 2024, Montenegro assinou um acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, comprometendo-se com 126 milhões de euros em assistência para 2024, mas sem menção a tropas em solo. A ideia de enviar soldados seria um desvio significativo dessa postura, algo que analistas consideram improvável dado o tamanho das Forças Armadas portuguesas — cerca de 30 mil efetivos — e os riscos de confronto direto com a Rússia.
A reação nas redes sociais, especialmente no X, reflete o temor de uma escalada. Usuários apontam que tal movimento poderia arrastar Portugal, e por extensão a OTAN, para um conflito aberto com Moscou. No entanto, sem uma declaração oficial do governo ou cobertura de meios confiáveis como CNN Portugal ou Público, a alegação permanece no campo da especulação. A cautela histórica de Portugal em missões de combate direto, preferindo atuações em forças de paz da ONU ou OTAN, também sugere que qualquer plano desse tipo seria cuidadosamente avaliado no Conselho Superior de Defesa Nacional.
Enquanto isso, o Kremlin mantém sua retórica agressiva, com Putin reforçando que a Rússia não tolerará o que chama de “interferência ocidental” na Ucrânia. A ameaça de represálias, incluindo o uso de armas nucleares como dissuasão, continua a pairar sobre o conflito, intensificando a gravidade de qualquer decisão de envio de tropas por um país da OTAN. Por ora, o suposto plano de Montenegro carece de evidências concretas, mas serve como um alerta para os riscos de uma guerra mais ampla.