O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol foi libertado da prisão em 7 de março de 2025, após cerca de sete semanas detido, marcando um momento significativo na turbulenta crise política do país. A decisão do Tribunal Central de Seul cancelou o mandado de prisão de Yoon, permitindo que ele enfrente seu julgamento por acusações de insurreição sem estar fisicamente detido. A soltura é vista como uma vitória para os apoiadores do movimento “Stop the Steal” — ecoando slogans usados por conservadores nos EUA — e um revés para aqueles que seus seguidores acusam de serem influenciados por elementos pró-China na política sul-coreana.
Yoon foi preso em 15 de janeiro de 2025, após uma operação dramática envolvendo mais de mil policiais que escalaram muros e cortaram arames para entrar em sua residência oficial em Seul. A detenção decorreu de sua breve imposição de lei marcial em 3 de dezembro de 2024, um ato que ele justificou como necessário para combater “forças antiestado”, mas que o levou a ser impeachmentado pelo parlamento em 14 de dezembro. O tribunal justificou a liberação apontando irregularidades no processo de detenção, incluindo o fato de a indictment ter ocorrido após o prazo inicial de prisão expirar, além de questionar a legalidade da investigação conduzida por duas agências distintas.
A libertação de Yoon energizou seus apoiadores, muitos dos quais adotaram a retórica “Stop the Steal”, alegando, sem evidências concretas, que as eleições parlamentares de abril de 2024 foram fraudadas. Esse movimento, que reflete laços simbólicos com o conservadorismo americano — com bandeiras dos EUA e chapéus inspirados no MAGA aparecendo em protestos —, ganhou força durante os sete meses de crise política. Enquanto estava detido, Yoon enfrentava acusações graves de rebelião e abuso de poder, que poderiam resultar em prisão perpétua ou até pena de morte, embora a Coreia do Sul não execute ninguém há quase 30 anos.
A decisão judicial não anula as acusações criminais nem interfere no processo de impeachment, ainda em julgamento no Tribunal Constitucional, que decidirá se Yoon será permanentemente removido ou reintegrado. Sites conservadores, como o National Review, sugerem que a soltura reflete uma rejeição às táticas agressivas da oposição, enquanto posts no X indicam um crescente apoio ao Partido do Poder Popular (PPP) de Yoon, que viu sua popularidade subir em meio ao caos. A narrativa de uma suposta influência pró-China, levantada por apoiadores, carece de provas verificáveis, mas alimenta o discurso de soberania nacional que ressoa entre os conservadores sul-coreanos.