Na terça-feira, 4 de março de 2025, o presidente Donald Trump anunciou uma série de medidas duras contra universidades e escolas que permitirem o que ele classificou como “protestos ilegais”. Durante um discurso em Mar-a-Lago, Flórida, transmitido ao vivo e amplamente discutido em plataformas como o X, Trump prometeu cortar todo o financiamento federal para instituições de ensino que não controlarem tais manifestações. “Vamos zerar o financiamento federal para qualquer escola ou universidade que permita protestos ilegais em seus campi”, declarou, segundo a Reuters. Ele também afirmou que “agitadores” — termo que não foi definido com precisão — enfrentariam prisão, deportação ou expulsão, dependendo de sua nacionalidade e da gravidade do ato.
A declaração ocorre em um contexto de crescente polarização nos campi americanos, especialmente após protestos pró-Palestina em 2024, que levaram a confrontos e prisões em universidades como Columbia e UCLA. Trump, que já havia sinalizado uma agenda conservadora em relação à educação, também anunciou a proibição do uso de máscaras em protestos, uma medida que, segundo ele, facilitará a identificação de “indivíduos envolvidos em atividades ilegais”. A ordem executiva, que deve ser detalhada nos próximos dias, é vista como uma extensão de políticas de segurança pública promovidas por seu governo, mas já enfrenta críticas de grupos de direitos civis, como a ACLU, que a classificou como uma “violação da Primeira Emenda”.
O impacto potencial é significativo. Universidades dependem de bilhões em verbas federais, incluindo bolsas, pesquisa e programas educacionais, conforme dados do Departamento de Educação dos EUA. A ameaça de corte pode atingir instituições públicas e privadas, com especialistas, como o presidente da American Association of University Professors, estimando que dezenas de campi poderiam ser afetados.