Neste sábado, 1º de março de 2025, o presidente Donald Trump deve assinar um decreto executivo que estabelece o inglês como o idioma oficial dos Estados Unidos, marcando a primeira vez em quase 250 anos de história que o país terá uma língua reconhecida em nível federal. A informação, confirmada por fontes da Casa Branca e amplamente discutida em plataformas como o X, reflete uma das promessas de campanha de Trump para promover a unidade nacional e reforçar sua agenda de assimilação cultural. O ato, previsto para ocorrer ao longo do dia, já provoca reações intensas tanto de apoiadores quanto de críticos.
O decreto revoga uma ordem do ex-presidente Bill Clinton, de 2000, que obrigava agências federais e organizações que recebem financiamento público a oferecer assistência linguística a não falantes de inglês. Segundo um esboço obtido pelo The Washington Post, a nova medida dá às agências a liberdade de decidir se continuam oferecendo serviços em outros idiomas, mas incentiva a adoção do inglês como “um caminho para o engajamento cívico”. A Casa Branca argumenta que oficializar o inglês “promove a coesão nacional e eficiência governamental”, uma visão compartilhada por grupos como o U.S. English, que há décadas defende essa mudança.
A decisão alinha-se com a retórica de Trump, que durante anos criticou a diversidade linguística trazida pela imigração. Em 2024, no Conservative Political Action Conference, ele afirmou: “Temos idiomas entrando no país que ninguém aqui jamais ouviu falar. É algo terrível”. O vice-presidente JD Vance, coautor do English Language Unity Act em 2023, também celebrou a medida, chamando-a de “bom senso” para reconhecer o inglês como “a língua deste país”. Nos EUA, onde mais de 350 idiomas são falados, segundo o Censo, o inglês já é dominante, mas a ausência de uma língua oficial sempre foi vista como um reflexo de sua herança multicultural — algo que Trump busca agora reverter.
A assinatura do decreto, embora simbólica para muitos, já acende debates acalorados. Manifestações estão previstas em cidades como Nova York e Los Angeles, onde ativistas prometem protestar contra o que chamam de “exclusão cultural”. Enquanto isso, nas redes, apoiadores de Trump comemoram o fim de políticas multilíngues, como os menus telefônicos “aperte 1 para inglês, 2 para espanhol”. O impacto prático ainda é incerto, mas o gesto reforça a visão de um governo que prioriza a identidade americana tradicional em meio a um cenário global cada vez mais dividido.