O deputado republicano Rich McCormick, da Geórgia, colocou fogo no debate político internacional ao pedir formalmente ao presidente Donald Trump que cancele o visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em uma carta enviada à Casa Branca na segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025, McCormick não mediu palavras: “Moraes também é uma ameaça aos EUA”, escreveu, acusando o magistrado brasileiro de usar o Judiciário para “esmagar a oposição” e “fraudar as eleições de 2026”. Ele foi além, solicitando sanções da Lei Magnitsky, proibições de visto e penalidades econômicas contra o ministro.
A ofensiva de McCormick vem na esteira da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe em 2022 — um processo conduzido por Moraes. Segundo o deputado, essas ações são “perseguição política” disfarçada de justiça, mirando eliminar Bolsonaro da disputa futura. Para os conservadores brasileiros, que veem paralelos entre Trump e Bolsonaro, o pedido ressoa como um grito contra o que chamam de “ditadura judicial” no Brasil, liderada por Moraes.
O deputado também criticou ordens judiciais de Moraes contra plataformas americanas como X e Rumble, classificando-as como “censura” que ameaça a soberania digital dos EUA. “Peço ao governo Trump e ao Congresso que imponham sanções Magnitsky, proibições de visto e penalidades econômicas”, declarou McCormick, ecoando um sentimento crescente entre republicanos alinhados a Trump. A Lei Magnitsky, se aplicada, poderia congelar ativos de Moraes e bani-lo de transações financeiras internacionais — uma “pena de morte financeira”, nas palavras de alguns analistas.