Jake Paul, o controverso youtuber que virou boxeador, jogou uma bomba no colo dos fãs ao afirmar que Mike Tyson desistiu da luta entre eles por causa de Parkinson, mas voltou ao ringue depois de “fumar um sapo” que teria “curado” a doença. A declaração, feita em um stream com Adin Ross, deixou muita gente de queixo caído — afinal, Parkinson é uma condição neurodegenerativa sem cura conhecida. Seria isso loucura ou apenas mais um exagero de Paul? Para os conservadores brasileiros, desconfiados de narrativas mirabolantes, vale investigar o que há por trás disso.
Primeiro, os fatos: Parkinson não tem cura, ponto final. A medicina oferece tratamentos para controlar sintomas, como tremores e rigidez, mas a doença segue sendo progressiva. A história do “sapo” parece remeter ao veneno do sapo do deserto de Sonora, que contém 5-MeO-DMT, uma substância psicodélica. Tyson já falou abertamente sobre usar esse composto, dizendo em 2024, antes da luta de novembro com Paul, que o “sapo” o ajudou a sair da aposentadoria ao aliviar dores e trazer clareza mental. Ele descreveu a experiência como transformadora, mas nunca mencionou Parkinson.
A confusão começou quando Paul disse: “O sapo curou o Parkinson de Tyson para ele poder lutar”. Após a repercussão, ele recuou no X, admitindo que errou feio: “Mike Tyson não tinha Parkinson, que droga. Eu me expressei mal. Quis dizer que ele usou o sapo para aliviar a dor”. A equipe de Tyson também negou qualquer diagnóstico de Parkinson, afirmando ao TMZ que “Mike está feliz e perfeitamente saudável”. O que realmente aconteceu foi uma emergência médica em maio de 2024, quando Tyson teve um problema de úlcera, adiando a luta de julho para novembro — nada a ver com Parkinson.
Para a direita conservadora, o caso cheira a sensacionalismo barato. Paul, conhecido por suas bravatas, pode ter exagerado uma história que Tyson já contara — o uso de psicodélicos para fins pessoais — e transformado em um conto absurdo de “cura milagrosa”. Estudos sobre 5-MeO-DMT sugerem benefícios psicológicos, como redução de ansiedade, mas nada próximo de curar doenças neurológicas. A narrativa de Paul parece mais um golpe de marketing do que fato, algo que muitos brasileiros alinhados à visão crítica da mídia já esperam de figuras como ele.