A nova embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Elise Stefanik, fez uma declaração contundente que está ecoando no cenário internacional: “O presidente Trump já ordenou a suspensão do financiamento à UNRWA. Mas não se engane, não vamos apenas cortar os fundos da UNRWA, vamos desmantelá-la por completo.” A afirmação, que reflete a política linha-dura da administração Trump, sinaliza uma guinada radical contra a agência da ONU responsável por assistência aos refugiados palestinos, vista por muitos conservadores como um entrave à segurança e aos interesses ocidentais.
A UNRWA, criada em 1949 para atender milhões de palestinos deslocados, tem sido alvo de críticas ferozes, especialmente de Israel e seus aliados, que a acusam de perpetuar o conflito ao manter o status de refugiado por gerações e, mais recentemente, de ter ligações com grupos terroristas como o Hamas. Trump já havia cortado o financiamento americano à agência durante seu primeiro mandato, uma medida revertida por Joe Biden, mas agora a promessa vai além: Stefanik e Trump querem o fim definitivo da organização. A decisão vem na esteira de denúncias de que funcionários da UNRWA teriam participado do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, o que intensificou a pressão para sua extinção.
Para os conservadores, esse é um passo monumental. A UNRWA, que recebia entre 300 e 400 milhões de dólares anuais dos EUA, é vista como um símbolo de políticas globais falidas que favorecem narrativas anti-Israel e antiamericanas. A postura de Stefanik reforça a visão de que a ONU, em suas atuais estruturas, não serve aos interesses da soberania nacional americana, especialmente com a influência de nações hostis no Conselho de Direitos Humanos. Enquanto isso, a polícia de discurso progressista pode gritar “crise humanitária”, mas muitos veem nisso uma chance de realinhar a ajuda palestina sob critérios mais alinhados aos valores ocidentais.