A cidade de Mulhouse, na França, foi cenário de mais um ataque terrorista no sábado, 22 de fevereiro de 2025, perpetrado por Brahim Abdessemed, um argelino de 37 anos com histórico de radicalização islâmica. Armado com uma faca e um tournevis, ele invadiu um mercado lotado próximo ao Canal Coberto, gritando “Allahu Akbar” enquanto esfaqueava indiscriminadamente, matando um civil e ferindo cinco policiais municipais. Entre as vítimas fatais, um português de 69 anos destacou-se por sua bravura: ele tentou deter o terrorista e proteger os agentes, sacrificando sua vida no confronto.
Abdessemed, nascido na Argélia, estava na lista de prevenção ao terrorismo (FSPRT) desde 2015 e já havia sido condenado em 2023 por apologia ao terrorismo, após postar vídeos incitando Jihad. Apesar de uma ordem de deportação (OQTF) emitida contra ele, a Argélia recusou recebê-lo em dez ocasiões, deixando-o em prisão domiciliar sob supervisão judicial. No dia do ataque, ele deveria assinar um controle policial, mas recusou e iniciou a carnificina, expondo a fragilidade do sistema francês diante de criminosos conhecidos. Conservadores apontam isso como um exemplo claro do fracasso das políticas migratórias e da leniência com radicais.
Os policiais municipais foram alvos diretos da fúria de Abdessemed. Um sofreu um golpe grave na carótida, outro no tórax, ambos em estado crítico, enquanto três outros tiveram ferimentos leves. A polícia agiu rapidamente para prender o terrorista, que foi detido vivo e agora está sob custódia, enquanto o Ministério Público Antiterrorista (PNAT) investiga o caso como assassinato e tentativa de assassinato ligados a uma empreitada terrorista. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, visitou o local e culpou a imigração descontrolada, mas a resposta tardia do governo deixa a população em alerta.
O herói da tragédia, um português de 69 anos ainda não identificado publicamente, entrou para a história como símbolo de coragem. Testemunhas relatam que ele se colocou entre o argelino e os policiais feridos, enfrentando o atacante para salvar vidas. Sua morte é lamentada como uma perda trágica, mas também como um grito de revolta contra a insegurança que assola a Europa. Para muitos, seu sacrifício evidencia a falência de um sistema que não protege nem seus cidadãos, nem seus bravos aliados.