O ex-vereador e influenciador Gabriel Monteiro, figura conhecida no meio conservador brasileiro, foi inocentado das acusações de assédio sexual em novembro de 2024, após dois longos anos em prisão preventiva. A decisão da Justiça, tomada em 7 de novembro, marca uma reviravolta no caso que o colocou na mira do sistema judiciário desde 2022, quando foi detido por suspeita de estupro e outras denúncias. Mesmo com a absolvição no processo de assédio, Monteiro segue preso, enfrentando acusações ainda pendentes, como estupro e abuso de poder, o que levanta suspeitas de uma perseguição política contra o ex-policial militar alinhado ao bolsonarismo.
A saga começou em novembro de 2022, com a prisão preventiva baseada em uma denúncia de estupro contra uma jovem de 23 anos, em um caso que envolveu alegações de violência e uso de arma. Paralelamente, Monteiro foi alvo de outras acusações, como assédio moral e sexual, além de abuso de autoridade por invadir hospitais e abrigos para gravar vídeos durante a pandemia — ações que culminaram em uma condenação em dezembro de 2024 a um ano de detenção, convertida em serviços comunitários. Conservadores apontam que a absolvição no caso de assédio, após anos de detenção sem julgamento final, expõe um Judiciário enviesado, disposto a manter vozes de direita silenciadas com base em denúncias frágeis.
A família de Monteiro alega que ele ainda é mantido preso por acusações infundadas, como a suposta transmissão de uma doença que ele não teria, enquanto o processo de estupro segue sem resolução definitiva. Para os apoiadores, o caso é emblemático de uma justiça que opera com dois pesos e duas medidas, punindo figuras como Monteiro enquanto ignora crimes de aliados do establishment progressista. A demora na soltura, mesmo após a inocência em uma das frentes, só reforça a narrativa de que o sistema busca desgastar e criminalizar quem desafia a ordem dominante.