Novilhos Precoces Representam 40% dos Abates de Bovinos em Mato Grosso do Sul: Um Marco para a Pecuária de Alta Qualidade

O estado de Mato Grosso do Sul se consolida como referência nacional na produção de carne de alta qualidade, com 40% dos mais de 3,5 milhões de bovinos abatidos em 2023 sendo novilhos precoces. Isso significa que 1,3 milhão de cabeças abatidas foram de animais jovens, com melhor acabamento de carcaça, resultado direto da constante evolução da pecuária local e do uso de tecnologias de ponta pelos produtores.

O Sucesso do Programa Precoce MS

Parte desse sucesso deve-se ao Programa Precoce MS, desenvolvido pelo Governo do Estado através da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O programa oferece bonificações aos pecuaristas com base no acabamento dos animais e no processo produtivo, incentivando práticas sustentáveis e modernas dentro das propriedades.

Após uma reformulação em abril de 2024, o programa passou a dar o mesmo peso tanto ao acabamento dos animais quanto às iniciativas sustentáveis dentro das fazendas. Até agora, 521 técnicos habilitados já vistoriaram 2.250 propriedades rurais, resultando no abate de 657.224 animais em 26 frigoríficos, com um repasse total de R$ 43,1 milhões em incentivos aos produtores.

Reconhecimento Internacional e Futuro Promissor

Mato Grosso do Sul, conhecido por produzir a melhor proteína do Brasil, agora também se prepara para conquistar o título de excelência no processo produtivo. Durante o Fórum Precoce MS, realizado para atualizar os responsáveis técnicos sobre as novas regras do programa, Rafael Gratão, presidente da Associação Novilho Precoce MS, destacou que o programa está transformando a pecuária estadual.

“A eficiência da nossa pecuária está nos abrindo portas para mercados mais lucrativos, como o europeu, onde tudo é certificado e comprovado”, enfatizou Gratão.

Avanços Tecnológicos e Sustentabilidade

O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, destacou os avanços notáveis do setor, incluindo a redução do tempo médio de abate em 17 meses e o aumento do peso médio dos animais. Para Verruck, a pecuária sul-mato-grossense demonstrou um progresso tecnológico inquestionável, mesmo com a redução de 4 milhões de hectares dedicados à atividade nos últimos anos. “Estamos produzindo mais carne de qualidade com menos hectares, o que comprova a importância da pecuária no desenvolvimento econômico do estado”, afirmou.

No evento, Frederico Stella, diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, elogiou a credibilidade do programa e alertou para a necessidade de ajustes na reforma tributária, sem os quais o Precoce MS corre o risco de ser descontinuado até 2032.

Aperfeiçoamento Contínuo

A gestora do Programa Precoce MS, Gladys Espindola, apresentou dados impressionantes: desde o início do programa em 2017, mais de R$ 600 milhões foram repassados aos produtores que criaram novilhos precoces. Além disso, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável, Rogério Beretta, reforçou a importância de aprimorar constantemente o trabalho dos técnicos e produtores para aumentar a eficiência da produção pecuária.

O Precoce MS continua a ser um pilar essencial no desenvolvimento do setor agropecuário do estado, posicionando Mato Grosso do Sul na vanguarda da pecuária nacional, com a sustentabilidade e a tecnologia como pilares fundamentais.

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