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Fuga de cérebros: Brasil está perdendo talentos em inteligência artificial para exterior, diz ranking

ARQUIVO PESSOAL/TALMO PEREIRA

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No ramo da inteligência artificial (IA), o Brasil se sai bem quando o assunto é “talentos”. Porém muitos dos melhores profissionais brasileiros trabalham hoje para empresas e governos estrangeiros.

“É um cenário parecido com o de países como a Índia”, comenta o historiador Joe White, cientista de dados da Tortoise, grupo de mídia inglês, em entrevista à BBC News Brasil. “Nosso levantamento aponta que o talento criado em um país muitas vezes não é retido. Há uma fuga de cérebros, com êxodo para nações mais ricas.”

Essas são conclusões do The Global AI Index, pesquisa da Tortoise coordenada por White e por sua colega Serena Cesareo, também cientista de dados. O estudo avalia o cenário de 62 países no mercado de inteligência artificial, em torno de três pilares principais: investimento, inovação e implementação. O Brasil está no meio do ranking, em 35º lugar.

Os tópicos do ranking são divididos em sete categorias, respectivamente sob cada um desses três pilares: talento, infraestrutura e ambiente de operações (investimento); pesquisa e desenvolvimento (inovação); estratégia governamental e comércio (implementação).

“Nossa principal base de pesquisa para identificar talentos locais foi o Linkedin”, comenta Serena Cesareo. “Ficou evidente como o Brasil possui um grande número de profissionais no campo, tanto em termos absolutos quanto em proporcionais, em relação ao tamanho da população.”

BBC