Campanha de vacinação contra paralisia infantil começa nesta segunda-feira

Vacinação contra poliomielite pode ser em gotas ou injetável (Foto: Jefferson Peixoto/Secom)

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, para crianças de dois meses até cinco anos de idade, começa na próxima segunda-feira (27). Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, a ação para intensificar a cobertura vacinal contra a paralisia infantil deve seguir até o dia 14 de junho, com o segundo sábado do mês, dia 8, escolhido como o Dia D de mobilização nacional.

Apesar da doença estar erradicada do país desde 1994, sendo que o último caso foi registrado cinco anos antes, o Brasil foi classificado como de alto risco para reintrodução do poliovírus selvagem pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC).

Em Dourados, a Sems (Secretaria Municipal de Saúde) segue as datas sugeridas, com vacinação acontecendo nas 34 Unidades Básicas de Saúde do município, na zona urbana e distritos. De acordo com Edvan Marcelo Marques, gerente do Núcleo de Imunização, a campanha é seletiva. “Isso significa que as crianças são avaliadas pelos profissionais de saúde da unidade para aplicar a vacina de gotinha ou a injetável, de acordo com a necessidade”, explica.

Segundo Edvan, toda a campanha de vacinação contra a poliomielite vai ser direcionada pelas equipes de estratégia de saúde da família. “Os postos de saúde estarão abastecidos e preparados para receber as crianças, inclusive no Dia D, 8 de junho”, completa.

Depois de um período de quedas na cobertura vacinal, o Brasil vem apresentando recuperação nos últimos dois anos, segundo dados apresentados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no fim de abril. Em 2022, das 2.561.922 crianças nascidas vivas no Brasil, 243.008 estavam sem a primeira dose da vacina que protege contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. No ano passado, de 2.423.597 crianças nascidas vivas, 152.521 crianças estavam sem a dose – uma redução de mais de 90 mil no total de crianças sem a imunização.

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