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Aviso dos EUA para Israel: A necessidade de uma abordagem mais direcionada para evitar a crise humanitária

Somchai

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Os Estados Unidos estão emitindo um aviso a Israel para que lute de forma mais direcionada, a fim de evitar o deslocamento de mais palestinos e agravar a crise humanitária, segundo altos funcionários da administração. O governo americano alertou que, se ocorrer um deslocamento semelhante ao que ocorreu no norte de Gaza, mas no sul, onde as forças israelenses estão agora em solo, isso causaria uma crise além da capacidade de qualquer rede de apoio humanitário existente, afirmou um oficial em uma ligação com vários outros oficiais e repórteres na segunda-feira à noite, acrescentando que seria “extremamente disruptivo”.

O atual cessar-fogo foi negociado para possibilitar a libertação de algumas das mais de 200 pessoas feitas reféns durante o ataque surpresa do Hamas a Israel em 7 de outubro, em troca da libertação de palestinos detidos em prisões israelenses. No entanto, é crucial que não ocorra um deslocamento em larga escala como o que aconteceu no norte, no sul.

De acordo com o oficial sênior da administração, “não pode haver um deslocamento semelhante ao que aconteceu no norte replicado no sul”. Portanto, a campanha militar israelense deve ser cuidadosamente planejada para minimizar ao máximo a consequência de um deslocamento significativo adicional. Nesse sentido, os EUA têm insistido com Israel sobre a necessidade de restringir suas operações militares e evitar a produção de um deslocamento em larga escala de civis.

A administração Biden tem apoiado firmemente o direito de Israel de se defender e sua missão declarada de erradicar os terroristas do Hamas em resposta ao ataque de 7 de outubro. No entanto, diante das críticas crescentes à crise humanitária em Gaza provocada pela ofensiva israelense, os EUA têm aumentado suas advertências aos funcionários israelenses sobre a necessidade de reavaliar suas operações militares. As declarações mais recentes dos oficiais americanos representam alguns dos avisos mais contundentes até o momento.

Embora os Estados Unidos continuem a apoiar Israel, eles também têm enfatizado a importância de proteger a vida civil, permitir a passagem de ajuda humanitária e considerar como quaisquer ações podem afetar as centenas de reféns que, segundo autoridades israelenses, foram sequestrados pelo Hamas após os ataques de 7 de outubro.

Israel havia instruído anteriormente os moradores de Gaza a evacuarem do norte, onde a maioria dos combates tem ocorrido, para o sul, a fim de minimizar as baixas civis. Os EUA reforçaram essa orientação ao governo de Israel, ressaltando a importância de conduzir a campanha militar no sul de forma a evitar um deslocamento significativo de pessoas.

Segundo o oficial sênior da administração, Israel parece estar “receptivo” às conversas com os EUA, reconhecendo a necessidade de adotar uma abordagem diferente no sul em comparação com o norte. Ao retomar a guerra com “força total” após o fim do cessar-fogo, Israel deve considerar cuidadosamente a forma como conduzirá suas operações militares para evitar uma crise humanitária ainda maior.

Os Estados Unidos também deixaram claro para Israel que esperam que a quantidade aumentada de ajuda humanitária que entra em Gaza continue mesmo quando os combates forem retomados. O aumento da ajuda não está condicionado à libertação dos reféns. O oficial afirmou que a campanha militar israelense não deve afetar a capacidade da ajuda de chegar a Gaza, nem as operações de hospitais ou abrigos apoiados pela ONU em todo o sul e centro de Gaza.

No entanto, a situação humanitária em Gaza continua preocupante. Embora cerca de 800 caminhões tenham entrado em Gaza nos primeiros dias do cessar-fogo, segundo autoridades, algumas comunidades no norte de Gaza estão sem acesso à ajuda há semanas. O atual fluxo de ajuda ainda é insuficiente diante das enormes necessidades de 1,7 milhão de pessoas deslocadas.

A crise humanitária em Gaza está se agravando a cada dia, de acordo com o porta-voz do secretário-geral da ONU. A comunidade internacional está acompanhando de perto a situação e as discussões em andamento.

O diretor da CIA, Bill Burns, visitou o Catar para reuniões com autoridades qatarianas, bem como seus colegas israelenses e egípcios. As conversas incluíram discussões sobre os reféns. O secretário de Estado, Antony Blinken, também fará sua quarta viagem à região desde os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro, embora detalhes específicos sobre essas viagens não tenham sido divulgados.

Os Estados Unidos continuam a afirmar que Israel tem o direito de se defender, mas também têm enfatizado a necessidade de proteger vidas civis, garantir a passagem de ajuda humanitária e levar em consideração a situação dos reféns. Embora as relações entre os dois países sejam fortes, os EUA estão fazendo pressão para que Israel adote uma abordagem mais direcionada em suas operações militares.

A situação em Gaza continua a exigir uma ação coordenada e esforços para mitigar a crise humanitária. Os esforços diplomáticos e a pressão internacional podem desempenhar um papel fundamental no sentido de encontrar uma solução pacífica e duradoura para a região. No entanto, a complexidade do conflito e os desafios em curso exigem uma abordagem cuidadosa e multilateral.

À medida que a situação evolui, é fundamental que as partes envolvidas trabalhem em conjunto para evitar um agravamento ainda maior da crise humanitária. O foco no bem-estar dos civis, na entrega de ajuda humanitária e na busca de uma solução política é essencial para promover a paz e a estabilidade na região.

A crise humanitária em Gaza continua a se agravar, e os Estados Unidos estão intensificando seus avisos a Israel para que adote uma abordagem mais direcionada em suas operações militares. O deslocamento em larga escala de palestinos no sul de Gaza deve ser evitado para não agravar ainda mais a crise humanitária. Os EUA também estão pressionando para que a ajuda humanitária continue a fluir para Gaza, independentemente do reinício dos combates. A situação em Gaza requer uma resposta coordenada e esforços diplomáticos contínuos para encontrar uma solução pacífica e duradoura para a região.