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Juiz nega pedido de policial para bloquear R$ 769 mil do prefeito “mais louco” do Brasil

O juiz Rodrigo Barbosa Sanches, da 1ª Vara de Ivinhema, negou liminar na ação em que policial militar pediu bloqueio de bens de R$ 769.200 contra o prefeito Juliano Barros Donato, o Juliano Ferro (PSDB), que se gaba na rede social, onde tem 1 milhão de seguidores, de ser “o mais louco do Brasil”. A quantia era para assegurar ressarcimento de danos morais e materiais.

“No caso em apreço, dentro de um juízo superficial e, portanto, sem adentrar ao mérito da demanda, tem-se que ausentes os requisitos legais supracitados. A probabilidade do direito não restou de plano evidenciada, tampouco o perigo de dano, não havendo qualquer prova de que a parte requerida esteja ocultando bens a fim de obstar a quitação da suposta dívida, de modo que o pretendido arresto seria totalmente temerário”.

 No pano de fundo da ação movida pelo policial Rodrigo Ferreira da Silva está a venda de uma caminhonete Dodge Ram 2500 Laramie, que acabou apreendida na Operação Contrafação, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em outubro de 2024. Quando soube do processo, o prefeito publicou vídeo reclamando de chantagem.

O policial militar relatou nos autos que, em 12 de janeiro de 2023, celebrou um contrato de compra e venda da caminhonete com Juliano Ferro, mas o veículo estava em processo de inventário, e o negócio teve de esperar alguns meses para ser concluído pelo valor de R$ 366 mil.

 Algum tempo depois da aquisição, Rodrigo vendeu a Dodge Ram por R$ 300 mil ao empresário Luan Vinicius da Silva Matosa, mas registrada em nome de uma empresa familiar. O trato, porém, teve de ser desfeito após a operação do Gaeco.

Com a apreensão da caminhonete, Rodrigo teve de devolver R$ 120 mil e uma Chevrolet S10 LT, avaliada em R$ 180 mil, a Luan Vinicius Matos, representante da empresa Matos & Silva LTDA. Além do prejuízo, o policial militar também ficou sem a Dodge Ram 2500 Laramie, que segue apreendida e vai a leilão.

O negócio de R$ 366 mil entre Rodrigo da Silva e Juliano Ferro foi realizado com o pagamento de R$ 66 mil de entrada, complementado por uma Volkswagen Amarok avaliada em R$ 150 mil; os R$ 150 mil restantes deveria ser quitado no período de até um ano, somente após o encerramento do inventário.

“Além disso, constatou-se que, ao afirmar que o inventário havia sido concluído, o requerido [Juliano Ferro] teria, supostamente, falsificado o documento de transferência, considerando que a data do óbito do proprietário original era anterior à transferência realizada”, informa o PM.

A ação anulatória cobra 20% do valor negociado devido à quebra de cláusula do contrato, que resulta em R$ 73,2 mil; mais R$ 300 mil de prejuízo material e R$ 30 mil de danos morais; além da devolução dos R$ 366 mil do negócio, resultando no total de R$ R$ 769.200.

Em vídeo divulgado na rede social, Juliano Ferro conta que se sentiu chantageado porque, antes de Rodrigo entrar na Justiça cobrando R$ 769 mil, o policial disse que pegaria mal para prefeito, uma figura pública, ser alvo de processo e queria o pagamento de meio milhão de reais.

““Eles queriam me tomar meio milhão aqui dentro da minha casa, com chantagem, porque eu sou uma pessoa pública, uma figura pública, e se eu não desse R$ 500 mil, eles iam entrar com uma ação contra mim”.

O Jacaré

José Ricardo

Escritor

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