Em 6 de agosto de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a Apple, liderada pelo CEO Tim Cook, comprometeu-se a investir mais US$ 100 bilhões no país, elevando seu total de investimentos nos EUA para US$ 600 bilhões nos próximos quatro anos. O anúncio, feito no Salão Oval da Casa Branca com a presença de Cook, marca um avanço significativo na agenda econômica de Trump, que prioriza a retomada da manufatura americana e a criação de empregos domésticos. A iniciativa, que inclui o lançamento do Programa Americano de Manufatura (American Manufacturing Program – AMP), é vista como um passo estratégico para fortalecer a cadeia de suprimentos dos EUA e reduzir a dependência de importações, especialmente em meio às políticas de tarifas de Trump.
O novo compromisso da Apple, que soma US$ 100 bilhões aos US$ 500 bilhões anunciados em fevereiro, abrange investimentos em manufatura avançada, pesquisa e desenvolvimento, e infraestrutura de inteligência artificial. A empresa planeja expandir parcerias com fornecedores americanos, como Corning, Texas Instruments, e TSMC, para produzir componentes críticos, como vidro para iPhones e Apple Watches em Kentucky e chips semicondutores em Arizona. O programa AMP incentivará empresas globais a fabricar mais nos EUA, criando cerca de 20 mil empregos diretos e milhares de outros em fornecedores, como Samsung e Broadcom. Além disso, a Apple construirá uma fábrica de servidores de 250 mil pés quadrados em Houston, Texas, programada para iniciar produção em 2026, e expandirá data centers em estados como Carolina do Norte, Iowa e Oregon.
A iniciativa reflete o impacto da política de Trump de pressionar empresas a repatriar a produção por meio de tarifas, como a de 25% sobre iPhones fabricados fora dos EUA, anunciada em maio de 2025. Trump destacou que, para empresas como a Apple que investem domesticamente, “não haverá cobrança” de tarifas, um incentivo claro à manufatura local. “Estamos trazendo a Apple de volta para casa”, declarou Trump, enfatizando que o investimento é o maior já feito pela empresa nos EUA. A medida é celebrada como uma vitória para a economia americana, reforçando a segurança econômica e nacional ao trazer de volta a produção de componentes essenciais, como os 19 bilhões de chips que a Apple planeja fabricar em 24 fábricas em 12 estados em 2025.
A parceria com a Corning, que produzirá todo o vidro de cobertura para iPhones e Apple Watches em uma fábrica em Harrodsburg, Kentucky, destaca o compromisso com a inovação americana. Outros acordos incluem a produção de ímãs de terras raras pela MP Materials em Fort Worth, Texas, e wafers de silício pela GlobalWafers America, reforçando uma cadeia de suprimentos de silício de ponta a ponta nos EUA. A Apple também abrirá uma Academia de Manufatura em Detroit, Michigan, em 19 de agosto, para capacitar pequenas e médias empresas em tecnologias avançadas e inteligência artificial.
O anúncio ocorre em um contexto de tensões comerciais, com tarifas de 50% impostas a importações da Índia, onde a Apple produz a maioria de seus iPhones vendidos nos EUA. Cook reconheceu a pressão de Trump, afirmando que a empresa “levou o desafio a sério” e está comprometida em otimizar sua cadeia de suprimentos para fortalecer a manufatura americana. A Casa Branca, por meio do porta-voz Taylor Rogers, destacou que o investimento “protegerá a segurança econômica e nacional dos EUA” ao trazer de volta a produção de componentes críticos. A bolsa reagiu positivamente, com as ações da Apple subindo 5% no dia do anúncio, refletindo a confiança do mercado na estratégia.
A liderança de Trump em atrair investimentos de gigantes tecnológicas demonstra um enfoque pragmático em revitalizar a indústria americana, incentivando a inovação e a criação de empregos. A colaboração com a Apple não apenas reforça a economia, mas também sinaliza um futuro onde os EUA lideram a produção de tecnologias de ponta, beneficiando trabalhadores e comunidades em todo o país.