O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 1º de agosto de 2025 o reposicionamento de dois submarinos nucleares para “regiões estratégicas” em resposta a declarações provocativas de Dmitry Medvedev, vice-chairman do Conselho de Segurança da Rússia. Medvedev mencionou o sistema nuclear russo “Dead Hand” – um mecanismo da Guerra Fria projetado para disparar um contra-ataque nuclear automático – após Trump reduzir de 50 para 10 dias o prazo para a Rússia negociar um cessar-fogo na Ucrânia, sob ameaça de sanções a países como China, Índia e Brasil, que mantêm comércio com Moscou. A decisão de Trump reflete uma abordagem resoluta para proteger os interesses americanos e pressionar por uma resolução rápida do conflito, que já dura mais de três anos e gerou instabilidade global.
Em postagem na plataforma Truth Social, Trump destacou a necessidade de cautela diante das palavras de Medvedev, afirmando: “Ordenei o reposicionamento de dois submarinos nucleares como precaução. Palavras importam, e espero que isso seja apenas retórica.” A medida reforça a postura de Trump de responder com firmeza a ameaças, mantendo a segurança nacional como prioridade. Ele também criticou os ataques russos na Ucrânia como “desumanos” e reiterou o compromisso de evitar uma escalada global, enquanto pressiona por negociações que favoreçam a estabilidade e os interesses dos EUA. A redução do prazo para o cessar-fogo acompanha a ameaça de sanções secundárias a nações que compram petróleo e gás russos, uma estratégia para isolar economicamente a Rússia.
Os submarinos, provavelmente da classe Ohio, equipados com mísseis balísticos Trident II, são parte da frota nuclear americana, que inclui 14 submarinos com capacidade de atingir alvos a mais de 7.000 km. Embora os EUA mantenham submarinos em patrulha constante, o anúncio público de Trump é um gesto raro, sinalizando determinação diante de provocações russas. Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, a frota submarina é um pilar da dissuasão nuclear, garantindo a capacidade de resposta em cenários extremos. A manobra foi interpretada por analistas como uma mensagem clara ao Kremlin, especialmente após Medvedev sugerir que a Rússia poderia recorrer a medidas drásticas caso pressionada.
O contexto da decisão é agravado pelo aumento das tensões geopolíticas. Dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que a China adquiriu 30% do petróleo russo exportado em 2024, enquanto a Índia aumentou suas importações em 22%. O Brasil, embora em menor escala, depende de fertilizantes russos, que representam 25% de suas importações no setor. A ameaça de sanções a esses países reflete a estratégia de Trump de usar o peso econômico dos EUA para forçar um desfecho na Ucrânia, enquanto contrabalança a influência russa no cenário global. A abordagem, embora arriscada, é vista por apoiadores como um sinal de liderança forte, que prioriza a segurança e a soberania americana.
A Rússia, por meio de figuras como o parlamentar Viktor Vodolatsky, tentou minimizar a ação, alegando que seus submarinos nucleares superam os americanos, uma afirmação sem respaldo técnico verificável. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que “não há escalada nuclear” e que a Rússia mantém sua postura defensiva. No entanto, a retórica de Medvedev, que também chamou Trump de “nervoso”, intensificou o clima de confronto verbal. Enquanto isso, o posicionamento de Trump é percebido como uma resposta calculada, que busca evitar a guerra, mas demonstra prontidão para proteger os interesses dos EUA e seus aliados.
A iniciativa reforça a imagem de Trump como um líder que não recua diante de desafios externos, mantendo a segurança nacional como foco central. Em um mundo marcado por incertezas, sua decisão de reposicionar submarinos nucleares e pressionar por um cessar-fogo na Ucrânia reflete um compromisso com a proteção dos valores americanos e a busca por uma ordem global estável, sem ceder a provocações de adversários.