O ator e comediante norte-americano Rob Schneider, conhecido por papéis em filmes como Gente Grande, Garota Veneno e Gigolô por Acidente, causou repercussão ao publicar, em 22 de julho de 2025, a mensagem “FREE BRAZIL” em sua conta no X, endossando uma carta do deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que critica o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A manifestação de Schneider reflete um sentimento crescente entre setores conservadores, tanto no Brasil quanto no exterior, que veem nas ações de Moraes e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma ameaça à liberdade de expressão e aos valores democráticos. A carta de Eduardo, apoiada por Schneider, acusa Moraes de conduzir uma perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta um julgamento por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.Schneider, que já havia se pronunciado contra Moraes em outras ocasiões, como em 31 de agosto de 2024, quando o chamou de “novo ditador” no X, reiterou seu apoio ao povo brasileiro e à luta por liberdade. Em sua publicação mais recente, ele destacou a carta de Eduardo Bolsonaro, que descreve Moraes como um “gângster de toga” que utiliza o STF como “arma pessoal” para silenciar opositores. A mensagem do ator ecoa a indignação de apoiadores de Jair Bolsonaro, que enfrenta restrições judiciais severas, incluindo o uso de uma tornozeleira eletrônica, toque de recolher noturno e proibição de contato com aliados, como seu filho Eduardo, impostas por Moraes em 18 de julho de 2025. Essas medidas, segundo a defesa de Bolsonaro, são uma “humilhação suprema” e um exemplo de abuso de poder.
A carta de Eduardo Bolsonaro, publicada no X, também aponta que as ações do STF, sob a liderança de Moraes, representam uma tentativa de criminalizar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem defendido publicamente Jair Bolsonaro. Trump, que anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, classificou o julgamento de Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e exigiu sua interrupção imediata, em uma carta compartilhada em sua plataforma Truth Social em 17 de julho. A intervenção de Trump, apoiada por figuras como o secretário de Estado Marco Rubio, incluiu a revogação de vistos americanos de Moraes e outros ministros do STF, como Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes, em 19 de julho. Esses movimentos reforçam a narrativa de que o Brasil vive um momento de crise democrática, com o STF extrapolando suas funções constitucionais.
A manifestação de Schneider, que alcançou grande visibilidade nas redes sociais, reflete a percepção de que o governo Lula e o STF, liderado por Moraes, promovem uma agenda que sufoca vozes dissidentes e desrespeita a soberania popular. A proximidade de Eduardo Bolsonaro com a administração Trump, evidenciada por suas frequentes visitas à Casa Branca, conforme relatado pelo The Washington Post em 17 de julho, tem sido um ponto central na mobilização de apoio internacional contra as ações do STF. Críticos, incluindo Schneider, argumentam que a judicialização da política no Brasil, sob o pretexto de combater desinformação, resulta em censura e perseguição de figuras conservadoras, como jornalistas e influenciadores ligados a Bolsonaro.
A situação ganhou ainda mais destaque com a indignação de brasileiros nas redes sociais, que veem nas medidas do STF uma tentativa de consolidar o poder do governo Lula, acusado de práticas autoritárias. A popularidade de Lula, que vinha em declínio, teve uma leve recuperação devido à narrativa nacionalista contra as tarifas de Trump, segundo pesquisa da Quaest publicada em 16 de julho. No entanto, a mobilização de figuras como Schneider e Eduardo Bolsonaro mantém viva a resistência de setores que defendem valores tradicionais e a liberdade de expressão, alinhando-se à visão de Trump de que o Brasil precisa ser “libertado” de um sistema judicial que, na visão deles, opera contra os interesses do povo.