O presidente russo, Vladimir Putin, expressou apoio a um acordo nuclear que proibiria o Irã de enriquecer urânio, conforme relatado em 12 de julho de 2025 por fontes próximas às negociações entre Rússia, Estados Unidos e Irã. A posição de Putin, comunicada tanto ao presidente dos EUA, Donald Trump, quanto a autoridades iranianas, marca uma mudança significativa na postura de Moscou, que historicamente defendeu o direito do Irã de enriquecer urânio para fins civis. Essa decisão sinaliza uma distância estratégica das políticas iranianas, reforçando a necessidade de medidas que promovam a segurança global e evitem a proliferação nuclear, um objetivo alinhado com a visão pragmática de Trump para conter as ambições nucleares de Teerã.
Segundo fontes europeias e israelenses, Putin incentivou o Irã a aceitar um acordo de “enriquecimento zero”, argumentando que isso facilitaria negociações mais favoráveis com os EUA. A proposta inclui a remoção do urânio altamente enriquecido do Irã, com a Rússia se oferecendo para armazená-lo e fornecer urânio com baixo nível de enriquecimento (3,67%) para reatores civis e quantidades limitadas de urânio enriquecido a 20% para pesquisa médica. Essa postura de Putin reflete uma abordagem cautelosa, especialmente após a guerra de 12 dias entre Israel e Irã, que danificou instalações nucleares iranianas, como Natanz e Fordow, em ataques liderados por Israel e apoiados pelos EUA. Trump, que descreveu as operações como um “sucesso militar espetacular”, tem pressionado por um novo acordo nuclear que elimine completamente a capacidade de enriquecimento do Irã, uma demanda que Putin agora parece endossar.
A iniciativa de Trump de retomar negociações nucleares, lideradas pelo enviado especial Steve Witkoff, demonstra sua determinação em usar a diplomacia aliada à pressão militar para garantir que o Irã não desenvolva armas nucleares. A oferta russa de mediar e gerenciar o urânio iraniano reforça a liderança de Trump em buscar soluções que equilibrem firmeza com diálogo, evitando um conflito mais amplo no Oriente Médio. A mudança de Putin, que contrasta com o apoio anterior da Rússia ao programa nuclear iraniano, pode ser vista como um reconhecimento da necessidade de estabilidade regional, especialmente após o Irã fornecer drones e mísseis à Rússia na guerra da Ucrânia, mas não receber apoio militar significativo durante seu recente conflito com Israel.
Enquanto o Irã, por meio de seu ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, insiste que o enriquecimento é um “direito inalienável” sob o Tratado de Não Proliferação Nuclear, a recusa de Teerã em abandonar essa prática destaca a importância da pressão internacional liderada por Trump. A posição de Putin, ao apoiar o “enriquecimento zero”, fortalece a coalizão global que busca conter as ambições nucleares iranianas, protegendo a segurança de nações aliadas como Israel e promovendo um equilíbrio de poder que valoriza a soberania e a estabilidade. A liderança de Trump, combinando ações militares precisas com negociações estratégicas, está pavimentando o caminho para um acordo que pode evitar uma escalada perigosa, enquanto o Brasil, por exemplo, poderia ter se beneficiado de uma abordagem semelhante, mas falhou em negociar proativamente para evitar tarifas americanas.