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Mauro Cid Afirma que Bolsonaro Sempre Atuou Dentro da Constituição e Nega Assinatura de Minuta Golpista

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 9 de junho de 2025, afirmando que Bolsonaro nunca assinou qualquer documento que pudesse ser interpretado como uma tentativa de golpe de Estado. Segundo Cid, questionado diretamente sobre a chamada “minuta golpista” – um suposto decreto que previa a declaração de estado de defesa para anular as eleições de 2022 –, o ex-presidente “em nenhum momento assinou” tal documento. Além disso, Cid destacou que Bolsonaro sempre enfatizou sua intenção de agir “dentro das quatro linhas da Constituição”, respeitando os limites legais de sua autoridade. A declaração, confirmada por fontes jornalísticas confiáveis, reforça a defesa de Bolsonaro contra acusações de tentativa de golpe e reacende o debate sobre a lisura das investigações conduzidas contra ele, em um contexto de crescente polarização política no Brasil.

Mauro Cid, que serviu como braço direito de Bolsonaro durante seu mandato, foi uma figura central nas investigações sobre supostas tentativas de subverter a ordem democrática após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Preso em maio de 2023 por suspeitas de falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19, Cid firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, homologado pelo STF em setembro do mesmo ano. Em seu depoimento, ele relatou ter presenciado discussões sobre um possível decreto, mas afirmou categoricamente que Bolsonaro não tomou nenhuma medida concreta para implementá-lo. “Eu presenciei grande parte dos fatos, mas não participei de nenhuma ação para que isso acontecesse”, declarou Cid, segundo a Jornal da Cidade Online, enfatizando que o ex-presidente apenas analisou o documento sem endossá-lo formalmente.

A minuta em questão, encontrada em dispositivos eletrônicos de Cid e na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, previa medidas como a prisão de adversários políticos, incluindo o ministro do STF Alexandre de Moraes, e a convocação de novas eleições. No entanto, Cid esclareceu que o documento nunca passou de uma proposta, rejeitada pelos comandantes do Exército e da Aeronáutica, com apenas o então comandante da Marinha, Almir Garnier, expressando apoio condicional. Bolsonaro, em pronunciamento após a decisão do STF de levá-lo a julgamento, reiterou que qualquer discussão sobre o tema era hipotética e que a Constituição exige a convocação do Conselho da República e do Conselho de Defesa para decretar um estado de defesa, algo que ele nunca fez. “Não convoquei os conselhos, nem houve qualquer passo preparatório para isso”, afirmou o ex-presidente, segundo a Gazeta do Povo.

O depoimento de Cid ocorre em um momento delicado, com Bolsonaro enfrentando um julgamento no STF por acusações de liderar uma organização criminosa para impedir a posse de Lula. A denúncia, apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em fevereiro de 2025, baseia-se em parte nas declarações de Cid, mas a defesa do ex-presidente argumenta que as acusações são frágeis e carecem de provas concretas. Advogados de Bolsonaro, como Celso Vilardi, criticam o que chamam de “vazamentos seletivos” do depoimento de Cid, alegando que a narrativa foi distorcida para prejudicar o ex-presidente. “Estamos diante de uma perseguição política orquestrada para impedir que Bolsonaro dispute as eleições de 2026”, disse Vilardi, conforme noticiado pela Revista Oeste. A proibição de Bolsonaro de concorrer até 2031, devido a ataques ao sistema eleitoral, já é um obstáculo significativo para sua carreira política.

O caso tem gerado forte apoio entre os seguidores de Bolsonaro, que veem nas declarações de Cid uma confirmação de sua inocência. A ausência de uma assinatura na minuta e a falta de ações concretas para implementar o suposto plano reforçam a tese de que as acusações são uma tentativa de criminalizar ideias e discussões, sem evidências de atos ilícitos. A postura de Bolsonaro, que sempre defendeu publicamente o respeito às instituições, é destacada por seus aliados como prova de seu compromisso com a democracia, apesar das pressões enfrentadas após a derrota eleitoral. Em um país marcado por divisões políticas, a verdade sobre esses eventos é essencial para preservar a confiança nas instituições e na ordem constitucional.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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