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Daniel Noboa Solicita Apoio de Exércitos dos EUA, Europa e Brasil Contra Gangues no Equador

Em entrevista à BBC publicada em 18 de março de 2025, o presidente do Equador, Daniel Noboa, expressou seu desejo de contar com o apoio dos exércitos dos Estados Unidos, de países europeus e do Brasil para enfrentar a crescente onda de violência ligada ao crime organizado em seu país. Noboa, que assumiu o cargo em novembro de 2023 e busca a reeleição no segundo turno das eleições presidenciais em 13 de abril, destacou a gravidade da situação ao afirmar que “70% da cocaína do mundo sai pelo Equador”, enfatizando a necessidade de forças internacionais para combater o narcotráfico. Ele propõe a criação de uma força militar estrangeira para apoiar as ações da polícia e do Exército equatoriano, que enfrentam grupos como Los Choneros, Los Lobos e até o Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme relatório da Iniciativa Global Contra o Crime Transnacional Organizado de 2024.

A declaração ocorre em meio a uma crise de segurança sem precedentes no Equador, que registrou 1.300 homicídios nos primeiros 50 dias de 2025 — uma média de um assassinato por hora —, segundo a polícia local. Noboa, que declarou um “conflito armado interno” em janeiro de 2024 contra 22 organizações criminosas reclassificadas como terroristas, também pediu ao presidente americano, Donald Trump, que designe essas gangues como terroristas internacionais, a exemplo de cartéis mexicanos. Ele ordenou que o Ministério das Relações Exteriores equatoriano busque acordos de cooperação com “nações aliadas” e defendeu uma reforma constitucional para permitir bases militares estrangeiras, atualmente proibidas pela Constituição do país.

Fontes do Exército brasileiro, consultadas pelo Estadão, consideraram improvável o envio de tropas, destacando que a intervenção de forças estrangeiras é um recurso extremo, geralmente coordenado pela ONU, como em missões de paz — um modelo diferente do que Noboa parece propor. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Exército afirmaram que, até 19 de março, nenhum pedido oficial foi recebido do governo equatoriano. Críticos, incluindo analistas de segurança entrevistados pela BBC, sugerem que a proposta tem um caráter eleitoral, capitalizando a preocupação dos equatorianos com a violência, tema dominante nas pesquisas. No primeiro turno, Noboa obteve 44,1% dos votos, ligeiramente à frente de Luisa González (43,9%), do Movimento pela Revolução Cidadã.

A iniciativa reflete a pressão sobre Noboa para mostrar resultados em um país que, em 2024, alcançou a maior taxa de homicídios da América Latina, com 38 por 100 mil habitantes, impulsionada pelo narcotráfico e pela disputa territorial entre facções. Apesar de esforços como a militarização das ruas e prisões, a violência persiste, desafiando a capacidade das instituições locais e alimentando o apelo por ajuda externa.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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