O presidente Donald Trump planeja assinar uma ordem executiva em 21 de março de 2025, reativando e expandindo o controverso “travel ban” de seu primeiro mandato, segundo informações do The New York Times. A medida, detalhada em um rascunho obtido por fontes do jornal, barraria a entrada de cidadãos de Irã, Líbia, Coreia do Norte, Síria, Venezuela, Iêmen e Afeganistão nos Estados Unidos, com possibilidade de inclusão de Cuba, Somália e Paquistão na chamada “lista vermelha”. O status do Sudão permanece incerto, podendo integrar a lista ou ficar de fora, dependendo de avaliações finais.
A ordem executiva, intitulada “Protegendo os Estados Unidos de Terroristas Estrangeiros e Outras Ameaças à Segurança Nacional e Pública”, foi assinada em 20 de janeiro de 2025, primeiro dia do novo mandato de Trump. Ela instruiu os secretários de Estado e Segurança Interna, o procurador-geral e o diretor de Inteligência Nacional a apresentarem, até 21 de março, uma lista de países com “vetos e informações de triagem deficientes”, justificando suspensões parciais ou totais de entrada sob a seção 212(f) da Lei de Imigração e Nacionalidade. A proposta atual reflete a versão ampliada do ban de 2017-2020, que enfrentou batalhas judiciais, mas foi mantida pela Suprema Corte em 2018.
O rascunho sugere um sistema de três níveis: países “vermelhos” com proibição total, “laranjas” com restrições parciais e “amarelos” com 60 dias para corrigir falhas antes de sanções. Além dos sete países originais (Irã, Líbia, Coreia do Norte, Síria, Venezuela, Iêmen e Somália), a inclusão de Afeganistão e Paquistão é destacada devido a preocupações com segurança e vetos insuficientes, impactando potencialmente dezenas de milhares de afegãos com vistos especiais de imigração (SIVs) ou em processo de reassentamento. Cuba retornaria à lista, enquanto o Sudão, removido em versões anteriores, é uma incógnita.