Mohammed Asaduzzaman, nascido em Bangladesh e prefeito de Brighton e Hove desde maio de 2024, está no centro de um debate que agita sentimentos conservadores na Europa. Eleito por unanimidade para o cargo cerimonial na Brighton & Hove City Council, Asaduzzaman é o primeiro muçulmano de origem sul-asiática a ocupar a posição, após 30 anos vivendo na cidade inglesa. Antes de entrar na política, trabalhou com o ministro de irrigação em Bangladesh e se formou em ciência política, mas sua trajetória tem gerado controvérsias, especialmente entre críticos europeus que questionam seu domínio do inglês e o futuro do Reino Unido.
A crítica ao seu inglês “pouco claro” ganhou força em posts no X e em círculos conservadores, embora não haja evidências concretas de que isso tenha sido um problema oficial em seu mandato. Um vídeo de 2017, destacado por usuários como
@fratotolo2, mostra Asaduzzaman falando fluentemente, o que contradiz algumas acusações. Ainda assim, figuras como Patrick Christys, da GB News, usaram sua eleição para sugerir que o Reino Unido está cedendo poder a outsiders, com Christys questionando em julho de 2024 se “queremos mais poder nas mãos de pessoas como ele”, após exibir um clipe errado que não o mostrava. A emissora foi criticada e o caso levado ao Ofcom por Adrian Hart, residente de Brighton, mas o incidente alimentou narrativas anti-imigração.
Conservadores alinham essas críticas a preocupações maiores sobre soberania e identidade nacional. Ted Cruz, senador americano, comentou indiretamente no X sobre líderes imigrantes em contextos europeus, enquanto na Polônia manifestantes ecoam rejeição a políticas migratórias da UE. Na Itália, Giorgia Meloni já alertou sobre a erosão da autoridade estatal por decisões pró-migrantes. Aqui, Asaduzzaman é alvo por simbolizar, para alguns, uma mudança indesejada no Reino Unido, apesar de seu papel ser cerimonial, sem poder executivo direto, como confirmado pelo site da prefeitura.