Recentemente, diversas contas nas redes sociais que haviam sido bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram reativadas. Entre os perfis restabelecidos estão os do empresário Luciano Hang, do jornalista Guilherme Fiuza e do influenciador Bernardo Küster. Essas liberações ocorreram poucos dias antes da chegada da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil, prevista para o período de 9 a 14 de fevereiro, com o objetivo de avaliar a situação da liberdade de expressão no país.
A proximidade temporal entre a reativação dos perfis e a visita da CIDH gerou especulações sobre as motivações por trás das decisões judiciais. Críticos sugerem que as liberações podem ser uma tentativa de suavizar a imagem do STF perante a comissão internacional. O advogado André Marsiglia, especialista em liberdade de expressão, comentou que “não há nada a comemorar” com essas ações, indicando que podem ser meramente estratégicas.
A visita da CIDH ao Brasil ocorre em um momento de intenso debate sobre os limites da liberdade de expressão e o papel do Judiciário na regulação de conteúdos nas plataformas digitais. A reativação desses perfis adiciona uma camada adicional de complexidade às discussões em andamento.